Teoria das restrições: principais conceitos e aplicação prática

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Conheça as principais vantagens da Teoria das Restrições.

Também conhecida como TOC (do inglês, Theory of Constraints), a teoria das restrições foi criada pelo físico Eliyahu Goldratt, em 1984, e se tornou mundialmente conhecida a partir da publicação de seu livro “A Meta”, no qual retratava os conceitos dessa ideia de forma lúdica.

Neste artigo, vamos conhecer melhor o que é a teoria das restrições, quais são os seus impactos sobre os ambientes organizacionais e quais são os passos para colocar a teoria em prática. Para saber mais sobre o assunto, é só dar continuidade à leitura a seguir!

O conceito da teoria das restrições

Essa teoria parte do princípio de que a maior parte das dificuldades enfrentadas por uma empresa no dia a dia está ligada a um fator chamado “restrição”. Esse termo se refere a tudo aquilo que dificulta, impede ou atrapalha qualquer organização de conquistar os seus objetivos, metas e resultados diariamente.

O objetivo principal da TOC é potencializar e aumentar os lucros de um negócio por meio de uma boa gestão de todos os recursos que ela possui. Em outras palavras, mapeando todo o sistema é possível identificar falhas, propor melhorias e adequar os recursos à realidade da empresa, até que o problema seja sanado e os resultados sejam satisfatórios.

Nessa teoria, a empresa é vista como um organismo vivo, em que os membros são as diferentes áreas ou setores que devem caminhar rumo a um objetivo comum: alcançar resultados e ganhar dinheiro com a produtividade e o bom desempenho de todos.

Tipos de restrições

Existem dois tipos de restrições: as físicas, que são relacionadas aos recursos palpáveis que uma empresa oferece (como dispositivos, ferramentas, aparelhos etc.) e as não físicas, que diem respeito a tudo o que acontece em uma empresa que não é palpável, como atividades, processos, normas, comportamentos, procedimentos etc.

Também podemos classificar as restrições entre internas e externas. As internas são tudo aquilo que está diretamente sob o controle da empresa (problemas com infraestrutura, colaboradores, regras internas etc.). As restrições externas, também conhecidas como restrições de mercado, por sua vez, envolvem fatores fora do controle da empresa: economia, política, leis, comportamento do consumidor, concorrentes, fornecedores etc.

Quando a empresa identifica quais são essas restrições, é possível aumentar as chances de crescimento e o alcance dos resultados de forma estrutural e contínua. Os princípios básicos da TOC para alcançar essas metas incluem: perguntas estratégicas, foco, relações de causa e efeito, raciocínio lógico, entre outros. Assim, todos os departamentos podem ser beneficiados: marketing, vendas, produção, administração, financeiro, gestão de pessoas, logística etc.

Aplicação da teoria das restrições

Um dos principais conceitos que essa teoria aborda está na reflexão e nas respostas para 4 questões fundamentais:

  1. O que precisa ser mudado?
  2. Por qual motivo mudar?
  3. Como começar essa mudança?
  4. Quais resultados a mudança trará à empresa?

A partir desses questionamentos, é possível colocar a teoria em prática por meio de 5 passos básicos. E quais são eles? Continue a leitura e descubra, nos próximos tópicos, como aplicá-los de maneira eficaz!

1.  Defina a restrição principal

O primeiro passo é descobrir o que impede a empresa de evoluir, ou seja, qual é a raiz do problema: a produtividade de uma equipe, a falta de recursos, os procedimentos lentos, os profissionais incapacitados, as variáveis externas etc.

Identificando a principal restrição de uma empresa, é possível perceber que todos os outros recursos são muito mais fortes do que a limitação diagnosticada. Pode ser que haja várias restrições operando simultaneamente. No entanto, a recomendação é de que sejam resolvidas uma por vez, pois executar várias mudanças ao mesmo tempo pode não trazer bons resultados.

2. Melhore a restrição

Após identificar a principal restrição da empresa, é preciso transformá-la em uma capacidade produtiva capaz de gerar benefícios corporativos. Se o elo mais fraco de uma empresa é um profissional, por exemplo, verifique o que pode ser feito para aumentar a sua habilidade produtiva.

Já se a restrição é um processo mal desenvolvido, por exemplo, procure mudar o sistema, transformá-lo ou mesmo alterar as estratégias. Se a restrição for externa, verifique o que a empresa pode fazer para se adaptar a ela ou ao menos minimizar os seus efeitos negativos.

3. Sujeite todos os outros processos à restrição

Todos os outros sistemas e recursos da empresa devem ser maiores do que a limitação, mas não superiores. Se forem extremamente superiores à restrição, serão desperdiçados, pois, como há um problema, não há como os outros recursos gerarem resultados grandiosos. É preciso, então, adequar a produção da empresa para atingir as metas e objetivos de acordo com a restrição existente.

Por exemplo: se a raiz do problema é a capacidade de um profissional, não adianta todos os outros colaboradores serem altamente produtivos, pois os resultados não serão superiores e o problema persistirá. Em outras palavras, se esse profissional considerado a restrição é o gestor de um departamento, por exemplo, dificilmente a equipe conseguirá bons resultados mesmo que tenha um desempenho alto.

Isso não quer dizer que a equipe tenha que parar de produzir, ela só não deve tentar manter a produtividade altíssima se não houver um gerenciamento no mesmo nível. “Compensar” a restrição não é o melhor meio de resolver o problema.

4. Elimine ou melhore a restrição

Agora que a empresa já descobriu o elo mais fraco, melhorou a sua produtividade e adequou o sistema para que ninguém produza mais do que realmente consegue, é hora de avaliar se ela deve ser eliminada, ou seja, se ela já deixou de ser uma restrição ou se ainda é preciso desenvolvê-la.

Por isso, a cada mudança que a empresa promover, é importante fazer uma nova avaliação para verificar se os resultados melhoraram. É como um paciente que precisa refazer o exame de sangue depois de modificar os seus hábitos alimentares, de modo a verificar se a sua saúde está melhor.

5. Inicie o processo de mapeamento de restrição novamente

Depois que a restrição inicial for eliminada, é possível começar todo o processo novamente para ver se existem novas restrições impedindo a empresa de crescer e alcançar os seus resultados.

A ideia do autor da teoria das restrições é que o processo seja contínuo, ou seja, não tenha um fim. Quando as empresas abraçam essa ideia, conseguem alcançar resultados cada vez melhores, seja pela resolução de problemas, seja pelo aproveitamento das oportunidades detectadas.

Agora, querida pessoa, conte para nós: você já aplicou os conceitos da teoria das restrições na sua empresa ou negócio? Como foram os resultados obtidos? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

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