Hoje, dia 5 de agosto de 2015, faz exatamente 5 anos que um acontecimento histórico na mineração emocionou o mundo inteiro. Após 70 dias soterrados a 800 metros abaixo da superfície – cumprimento equivalente ao maior prédio do globo, localizado em Dubai – 33 trabalhadores foram resgatados com vida!
Mas como seria possível um ser humano sobreviver por tanto tempo no limite de suas condições físicas, sem água potável, sem comida, em um ambiente abafado e extremamente úmido?
Em entrevista concedida ao programa Fantástico, um dos sobreviventes relata como foi viver essa experiência extrema, que marcou não somente a vida de todos ali presentes, como também de seus familiares e comoveu toda a população mundial.
O entrevistado Omar Reygadas, atualmente com 61 anos, finaliza a reportagem muito emocionado e diz: “Prefiro ficar lá dentro. Lá, eu estava tranquilo. Lá, a gente estava mais perto do lado bom do ser humano”. Esse desabafo nos leva a reflexões muito sérias no que se refere a essência do indivíduo.
Grandes Lições dos Mineradores Soterrados
Os mineradores salvos do soterramento tiveram a oportunidade de viverem novamente, e a partir desse ocorrido levamos grandes aprendizados. Vamos refletir.
Foco no Positivo
Em uma situação tão delicada como esta, o comum é que eles se dessem por vencidos, no entanto, o que ocorreu foi justamente o contrário, eles buscaram superar a adversidade. Omar conta que, durante os 70 dias de tensão, os 33 homens soterrados se hidratavam com água suja das máquinas e comiam apenas 2 colheres de atum no intervalo de 2 dias, depois a cada 3 dias. Alimento este, levado com os trabalhadores para suprir apenas 1 dia de trabalho.
“Nos primeiros dias, ficamos mortos de fome. Depois, a gente esqueceu da comida”, disse Dário Segovia, outro sobrevivente entrevistado. Ou seja, todos se colocaram focados na solução e não no problema, condicionaram-se psicologicamente para se manterem tranquilos, mesmo diante das circunstâncias em que se encontravam e continuaram convictos de que teriam uma 2ª chance para viver e reencontrar suas famílias – principal pilar do ser humano – e todos aqueles que eram importantes para sua vida.
Humanidade
Durante a entrevista, o Omar se expressa da seguinte forma: “Nossa convivência lá dentro da mina era a ideal: nós estávamos mais preocupados com o companheiro ao lado do que com nós mesmos”.
Nesse sentido, percebemos que é principalmente nas grandes dificuldades e desafios da vida, que o indivíduo desperta de maneira potencializada sua autêntica essência. Colocando em prática suas crenças e princípios, com intensidade maior. Nesse caso específico, fica notório a força das relações humanas pautadas em valores verdadeiramente genuínos, como união e companheirismo, por exemplo. Todos ali naquela situação estavam preocupados em dar apoio ao próximo, tanto fisicamente quando psicologicamente, olhando muito mais além de sua própria sobrevivência. Apenas com a intenção positiva de serem o melhor que poderiam ser naquele momento!
Uma verdadeira história de superação!
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