O processo de realocação interna consiste em aproveitar as competências dos colaboradores já contratados para preencher lacunas. Realocar profissionais permite diminuir as verbas necessárias para processos de contratação.
Além disso, potencializa a motivação da equipe, que passa a ser mais valorizada. O esforço para desempenhar bem as suas atividades pode ser compensado com uma promoção. Continue lendo para saber o que é a realocação interna e como ela deve ser feita para oferecer os melhores resultados.
Afinal, o que é a realocação interna?
A realocação interna nada mais é do que a redistribuição de profissionais já contratados pela companhia em outros projetos e atividades. Os trabalhadores já contratados são reaproveitados em novas funções, não demandando a necessidade de novas contratações.
Os gestores devem ter em mente que não conhecem os colaboradores completamente. Tenha certeza de que muitos possuem habilidades e conhecimentos ainda não expostos. O processo de conhecer mais profundamente os seus contratados é bastante benéfico porque permite aproveitar ao máximo as suas potencialidades.
Benefícios da realocação interna
Confira a seguir os principais benefícios do processo de realocação interna.
1. Retenção de talentos
Se o profissional não enxerga a possibilidade de crescer dentro da empresa em que está, naturalmente buscará por novas oportunidades. Esse é um comportamento que afeta de forma negativa os índices de retenção dentro das empresas. Quando há alta rotatividade, a companhia é obrigada a fazer constantes processos de seleção para preencher as vagas.
A realocação interna de colaboradores funciona como um elemento de motivação e engajamento. Os profissionais percebem que têm a chance de crescer dentro da hierarquia e se esforçam para atender as expectativas.
2. Redução de custos
O processo de recrutamento e contratação de novos colaboradores pode ter altos custos. É necessário dedicar tempo e investir dinheiro no processo de seleção de colaboradores. Além disso, esse processo pode demorar um pouco, deixando por mais tempo as vagas em aberto.
Os demais colaboradores acabam sendo negativamente impactados por ficarem sobrecarregados. Realocar as pessoas que já estão na empresa ajuda a reduzir esse gargalo levando a diminuição de gastos.
3. Otimização de tempo nos projetos
Os profissionais recém-chegados à empresa precisam de um tempo para se ambientar e entender a lógica de trabalho. Os colaboradores realocados já sabem como tudo funciona e levam menos tempo para se inteirar das suas novas funções.
Conhecer os padrões e trâmites internos faz toda a diferença. Uma realocação bem-feita ainda considera a afinidade ou experiência em determinada atividade. Isso ajuda a otimizar os processos.
4. Evita contratações às pressas
Em grande parte dos casos, contratações feitas às pressas acabam não sendo as mais adequadas. Se houver urgência em preencher determinada vaga, a tendência é acelerar o processo seletivo e isso acaba fazendo com que alguns aspectos relevantes sejam ignorados. Uma escolha não acertada pode gerar uma série de estresses e impactar negativamente a companhia.
É possível que você contrate alguém que não possui as habilidades técnicas necessárias e/ou não tenha um perfil pessoal alinhado com a organização. Esse processo mal feito pode levar a uma demissão (pela empresa ou pelo funcionário) ou a uma baixa na qualidade. Com o passar do tempo, isso eleva os custos e prejuízos da empresa.
Realocação interna: como fazer?
O setor de recursos humanos trabalha focado no capital humano, identificando o que cada colaborador tem a oferecer. Dessa forma, o setor contribui para que a empresa alcance melhores resultados produtivos. Uma das ações que podem ser adotadas pelo RH é a realocação interna.
Confira a seguir alguns passos de como esse plano pode ser colocado em prática.
1. Reconhecimento dos talentos de cada pessoa
Como já mencionado, o setor de RH é capaz de identificar as competências de cada colaborador. Avaliações de desempenho e comparações de resultados são ferramentas utilizadas pelo RH para conhecer o potencial dos profissionais. A participação desse setor é imprescindível para que esse processo seja efetivo.
2. Diálogo com os colaboradores
Ter uma comunicação clara e transparente com os colaboradores é determinante para fazer uma transição entre projetos. As intenções devem estar claras, assim como a expectativa de resultados. A mudança precisa ser pontuada e debatida, pois, caso contrário, pode levar à desmotivação ao invés do engajamento. Pode gerar fofocas e desconfianças.
3. Monitoramento da produtividade
Os resultados devem ser acompanhados antes e depois de fazer o processo de realocação interna. É necessário ter um parâmetro de entregas anterior à realocação para entender o quanto a mudança foi benéfica. Ressaltamos que em muitos casos o processo de realocação pode parecer a melhor alternativa, mas na prática não se mostra tão interessante.
4. Analise as habilidades do colaborador
Conhecer os profissionais que compõem a sua empresa é fundamental e vai além de só saber quais são suas habilidades. O gestor deve compreender quais são os impactos das competências dos profissionais no dia a dia da organização. Como essas competências se refletem nos bons resultados?
A cultura do feedback é uma forma bastante interessante de transmitir essas observações a respeito de desempenho. É necessário analisar o processo de adaptação e o quanto a realocação está sendo positiva para a empresa e para o funcionário.
5. Realize reuniões periódicas
Reuniões periódicas são essenciais para monitorar e avaliar os funcionários em suas novas funções. Os encontros ajudam a entender as necessidades das organizações, alinhar as suas demandas e expectativas com o RH e gestores.
Também é uma forma de acompanhar os resultados e pensar sobre os próximos passos a serem dados. Nessas reuniões é possível até mesmo chegar à conclusão de que o melhor é desfazer a equipe.
O diálogo interno claro é crucial para que a realocação seja produtiva. Quando o processo não está sendo positivo para uma ou para as duas partes (empresa e colaborador) se torna desgastante, levando à queda de produtividade.
Com um processo de realocação interna feito corretamente haverá melhor gerenciamento dos talentos. O capital humano é o recurso mais valioso que uma companhia possui e deve ser entendido dessa forma.
Gostou de saber mais sobre o processo de realocação interna? Aproveite para comentar abaixo e compartilhar o conteúdo em suas redes sociais!