Mesmo estando dentro de uma empresa, acredito que você já tenha se perguntado o que é RH e qual é a principal função deste departamento. Esta é a sigla para o setor de Recursos Humanos, que por sua vez tem como papel: selecionar, contratar, desenvolver, treinar, motivar, engajar, reconhecer, atrair e reter colaboradores. Também tem a tarefa de cuidar de questões relacionadas aos fatores de higiene, à comunicação entre a organização e a equipe, plano de carreira, definição de cargos e salários, cuidar da segurança no trabalho e pagamento de pessoal como também o de gerenciar a qualidade do ambiente organizacional.
Como podemos ver, suas responsabilidades são muitas e sua atuação essencial para que a empresa e os seus funcionários possam trabalhar alinhados dentro da missão, visão, dos valores e cultura pregados e, com isso, conquistar maior eficiência produtiva e maximizar os resultados. Portanto, o RH não se configura apenas como mais um departamento, mas como “o departamento”, pois suas ações visam à integração dos profissionais ao ambiente empresarial e também tem como foco o aumento de seu desempenho e satisfação de forma contínua.
Não por acaso, o RH está sempre presente na vida do funcionário. No processo de seleção e contratação, por exemplo, é ele quem faz a interface entre os candidatos e as vagas. O mesmo acontece quando um novo colaborador é admitido ou demitido, nos processos de treinamento e desenvolvimento, promoção e nas questões relacionadas à remuneração mensal. Assim, é importante ressaltar que embora existam outros subsetores dentro desta área, o departamento de Recursos Humanos é quem gerencia tudo no que tange a relação empresa/trabalhador.
A Evolução e Ascensão do RH
Se hoje vemos empresas cada vez mais humanizadas e atentas aos interesses e necessidades dos seus funcionários, podemos dizer que no passado nem sempre foi assim. Até o início do século XX, influenciada pela Teoria Clássica da Administração, criada por Jules Henri Fayol, engenheiro francês, os profissionais eram vistos apenas como força de trabalho, sem voz e sem vez, e seu único papel era o de atender as demandas produtivas da organização sem nada questionar ou exigir.
Este sistema de gestão, que ficou conhecido como Fayolismo, pregava o total respeito à hierarquia, feita de cima para baixo, com o poder total do líder sobre os liderados, num contexto onde além de não terem seus direitos respeitados, os trabalhadores deveriam apenas aceitar e cumprir as regras. Neste período, embora houvesse setores que eram vistos como o RH da empresa, a sua atuação ainda não estava bem desenhada como hoje. Seu papel, então, era o de fazer um meio de campo entre indústrias e trabalhadores, contratar ou demitir funcionários e promover a máxima eficiência produtividade.
Contudo, na década de 1920 surgiu a Escola das Relações Humanas para começar um importante processo de mudanças nas empresas e que vem reverberando positivamente até os dias atuais. Este movimento defendia a humanização dos trabalhadores e um cuidado maior com sua qualidade de vida no trabalho, como também uma participação maior dos mesmos nas decisões. Mais do que força braçal, os profissionais queriam ser ouvidos, respeitados, reconhecidos e colaborar mais diretamente com ideias que realmente pudessem apoiar a empresa a crescer, prosperar e ajudá-los a evoluir também.
Já na década de 1930, a partir da criação da Teoria das Relações Humanas, que valorizava uma gestão mais humanizada e inclusiva, o RH passou a ganhar mais poder e a defender a importância de uma valorização maior do capital humano. Na prática, isso quer dizer que, ao invés de forçar a equipe a ser produtiva, a empresa deveria cuidar melhor da satisfação dos seus funcionários, pois isso na realidade é o que aumentava ou diminuía a sua produtividade.
Hoje, com tantos progressos e avanços, o departamento de Recursos Humanos ganhou ainda mais força e valor na gestão estratégica das empresas. Seu papel evoluiu drasticamente ao longo do tempo, tomou forma e passou a ser mais valorizado. Tanto é que muitas organizações, inclusive, promoveram seus gestores de RH a seus presidentes também.
Este reconhecimento comprova, na prática, que o capital humano representado por seus profissionais é, na verdade, a maior riqueza de todas as companhias. Como sempre digo – empresas são os resultados de pessoas e, como tal, elas devem ser uma prioridade dentro de suas políticas e estratégias de treinamento, desenvolvimento e expansão. Sem esta valorização, nenhum negócio prospera.
Qual a Função do RH dentro das Organizações?
Como se configura como um setor que oferece suporte a todos os outros no que tange a Gestão de Pessoas, a função do RH dentro das organizações é bem ampla. Neste sentido, vou apresentar algumas de suas principais atribuições e mostrar como seu trabalho funciona na prática. Continue lendo e saiba mais:
Contratação de Pessoas – consiste no processo de atração, seleção, entrevista e contratação de funcionários. Este procedimento pode ser feito tanto internamente, por meio da abertura de vagas e do recrutamento dos seus colaboradores para outras áreas, como externo, quando os profissionais são buscados no mercado e ainda não tem nenhum vínculo empregatício com a empresa.
Como as pessoas são o principal capital de uma organização, esta é uma das principais e mais importantes demandas do RH, pois quanto melhor e mais assertiva for à contratação, ou seja, quanto mais condizente for o perfil comportamental, os conhecimentos e as experiências do profissional selecionado, maiores também são as chances de a empresa obter bons resultados ao inclui-lo em sua equipe.
Treinamento e Desenvolvimento – representa o planejamento e investimento na evolução continuada dos funcionários por meio de programas de Treinamento e Desenvolvimento. Estes, por sua vez, tem o papel tanto de desenvolver novas habilidades técnicas, emocionais e comportamentais nos funcionários, como o de aperfeiçoar os seus conhecimentos e expandir as suas competências já existentes.
Neste sentido, o RH precisa identificar dentro da equipe e, em seus líderes, quais são os seus principais gaps e o de escolher os treinamentos mais adequados para sanar estas demandas de desenvolvimento. Também tem a responsabilidade de otimizar os recursos que a empesa dispõe para esta finalidade da melhor maneira possível, ou seja, de modo que estes investimentos nas pessoas tragam os resultados esperados em médio, curto e longo prazo.
Alocação dos Profissionais – consiste na definição dos cargos e funções dos profissionais contratados e, em caso de mudanças internas, daqueles que já estão inseridos no quadro da organização. Este trabalho deve ser feito com base no plano de cargos e salários da empresa para cada função e ser condizente com as tarefas desempenhadas. Além disso, a alocação é uma parte das atribuições do RH que tem como objetivo integrar os novos funcionários; apresentar-lhes a cultura, normas, condutas e preceitos da empresa e avaliar a qualidade do desempenho e da produtividade dos colaboradores de modo geral.
Gestão dos Conhecimentos – no caso do RH consiste num banco de dados que guarda todas as informações referentes aos funcionários da empresa. Nele, além de documentação, devem estar armazenados, por exemplo, dados relativos à sua formação profissional e acadêmica, experiências no mercado, nível de escolaridade, proficiência em idiomas e os comprovantes da realização de cursos, como cópias dos seus diplomas.
Ter todos estes dados à mão é essencial para que o setor de Recursos Humanos consiga traçar o perfil dos seus funcionários, identificar seus gaps e competências, bem como para definir e planejar quais serão os cursos e treinamentos oferecidos à equipe, tanto para potencializar seus resultados como para eliminar suas lacunas. Além disso, conhecer bem os colaboradores ajuda no processo de recrutamento interno e também de promoção e alocação de profissionais de uma área para outra.
Retenção de Talentos – esta é uma das funções mais importantes do setor de Recursos Humanos, pois consiste no desenvolvimento de estratégias efetivas para reter os talentos na empresa, bem como para atrair e mantê-los. A perda de um funcionário de alto desempenho pode representar o fortalecimento do concorrente. Para isso, o RH deve criar formas efetivas de atrair, motivar, engajar, incluir, valorizar e reter os talentos da equipe continuamente.
Num mercado tão competitivo e ávido por profissionais talentosos e diferenciados, este, com certeza, é um grande desafio. Contudo, ao incorporar de forma natural boas práticas de gestão é possível manter os funcionários felizes e satisfeitos por fazerem parte da empresa. Para isso, é essencial oferecer pacotes de benefícios atraentes, salários em dia e remuneração compatível com suas funções, bem como um ambiente de trabalho produtivo e positivo onde, inclusive, os seus direitos trabalhistas, como férias e 13º, são reconhecidos e respeitados também.
Benefícios, Cargos e Salários – os benefícios são, sem dúvidas, um dos maiores atrativos profissionais que as empresas podem oferecer, pois além do salário, conferem ao funcionário a oportunidade de terem algo a mais como, por exemplo: um plano de saúde, bolsa de estudos, auxílio alimentar, vale-transporte, vale-cultura, entre outros. Portanto, o RH tem mais uma função essencial na gestão e distribuição destes benefícios aos funcionários.
Cabe ainda ao setor de Recursos Humanos implementar a política de planejamento de carreira, de modo a conduzir os funcionários-chave ao crescimento dentro da organização. Além disso, o departamento deve pesquisar os valores das remunerações e tipos de atribuições de cada função. Na prática, esta ação ajuda a definir, com mais assertividade, o plano de cargos e salários da empresa, de modo que este seja condizente com o praticado no mercado e atrativo para a equipe.
Qual o Perfil Profissional do RH?
Como o setor de Recursos Humanos se relaciona diretamente com as pessoas, fazendo a interface entre a empresa e os colaboradores e vice-versa, é essencial que o profissional que atua neste segmento domine os conhecimentos sobre a Psicologia organizacional. Esta, por sua vez, é o ramo da psicologia que gerencia os desafios e problemas organizacionais no que tange a gestão do seu capital humano.
Neste sentido, estima-se que atualmente mais de 20% dos psicólogos brasileiros trabalham no setor empresarial. Contudo, além deles, dentro da área de RH também encontramos outro tipos de profissionais atuando neste departamento, a exemplo de: administradores, assistentes sociais, técnicos em segurança do trabalho, advogados, assistentes sociais, pedagogos e até mesmo engenheiros.
Como os desafios do RH são muitos é importante que seus profissionais tenham características específicas e bem apuradas e que deem o suporte ao seu trabalho diário. Neste sentido, destaco habilidades-chave como: boa comunicação, facilidade no relacionamento interpessoal, visão crítica, estratégica e de futuro, competência de mediação de conflitos, ser bem informado, capacidade de planejamento, delegação e execução das tarefas, inteligência emocional, liderança, pulso, empatia, foco, organização e bom senso.
Reunir todas estas qualidades é muito importante porque, afinal, a todo o tempo o profissional de Recursos Humanos estará lidando diretamente com pessoas com perfis, formações, necessidades e interesses diferentes. Portanto, para que consiga lidar com todos de forma congruente, justa e correta, ele precisa realmente ter a habilidade de se relacionar como todos os tipos de colaboradores e líderes de forma sempre efetiva.
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RH e Coaching – Uma Dupla de Sucesso!
Como podemos perceber, ser um profissional de RH é realmente desafiante, mas também traz consigo a oportunidade de mudar a vida das pessoas e empresas para melhor. Para isso, poder contar com ferramentas efetivas que ajudem a potencializar o seu desempenho profissional é essencial. Neste sentido, o Coaching, com suas ferramentas e técnicas se destaca como um poderoso e eficiente método de desenvolvimento dos profissionais da área de Recursos Humanos.
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Por atuar tanto no melhoramento das suas competências técnicas, emocionais e comportamentais, como na identificação e superação de bloqueios e crenças limitantes que podem estar sabotando seus resultados, o Coaching oferecer todo o suporte a que o profissional de RH supere seus limites e possa ir além. Na prática, este método lhe apoia a definir seus objetivos com mais clareza, a alcançar suas metas de forma mais rápida, objetiva, estruturada e planejada, em resumo, a potencializar o seu desempenho de forma extraordinária.
Não por acaso, o Coaching tem sido uma metodologia cada vez muito utilizada no trabalho da área de Recursos humanos. E sabe por quê? Porque ao incorporar suas ferramentas, o RH também se torna um multiplicador dos benefícios da cultura de Coaching em sua empresa, o que, além de mudanças positivas, traz um diferencial competitivo enorme frente aos seus concorrentes e no mercado.
Profissionais felizes e valorizados são muito mais comprometidos e produtivos. Por isso, outra vantagem que vale ser destacada é que o Coaching fomenta o desenvolvimento sistêmico dos colaboradores, pois propõe uma gestão de pessoas ainda mais humanizada e coesa, onde o foco nos resultados não anula, mas sim caminha lado a lado com o investimento na evolução contínua dos funcionários.
Agora que já sabe o que é RH e como ele funciona, tenho certeza de que já consegue compreender melhor o seu papel numa organização e como sua função é essencial no contexto empresarial e da sociedade. E se você trabalha nesta área, minha dica final é – invista em Coaching, pois esta é a forma mais rápida e efetiva para desenvolver o seu potencial infinito e maximizar suas chances de conquistar resultados realmente consistentes e extraordinários em sua empresa.
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