Querida pessoa, você já ouviu falar na síndrome de burnout? Esse termo vem do inglês e se refere a uma exaustão física e mental, relacionada ao trabalho, que pode acometer qualquer pessoa. É uma doença da mente que contempla sintomas muito desagradáveis e que pode ser muito incapacitante.
Neste artigo, vamos entender melhor o que é a síndrome de burnout, quais são os principais sintomas e o que deve ser feito diante desse problema. Portanto, se você está desconfiado de que está passando por um caso de burnout, continue a leitura do artigo a seguir!
O que é a síndrome de burnout?
A síndrome de burnout é uma síndrome relacionada ao estresse crônico no trabalho, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e uma redução do senso de realização pessoal. Ele surge quando as pessoas trabalham em cargas horárias excessivas, levam trabalho para casa, assumem funções sem a preparação adequada, trabalham em condições ruins de infraestrutura ou sofrem algum tipo de assédio no ambiente profissional.
Esse quadro pode se manifestar de maneira sutil no início, mas, se não for tratado, pode evoluir para um estado grave de esgotamento físico e mental. Por isso, conhecer os sintomas é essencial para identificar o problema e buscar ajuda.
Quais são os sintomas?
Veja alguns dos principais sinais de burnout.
1. Exaustão extrema
Sentir-se constantemente cansado, mesmo após descansar, é um dos sinais mais evidentes de burnout. Essa exaustão pode ser física, mental e emocional, resultando em uma incapacidade de se recuperar entre os dias de trabalho. Mesmo dormindo por horas, a pessoa não sente que descansou o suficiente. É comum que esse cansaço envolva o corpo e a mente, como se eles não conseguissem “desligar” adequadamente para o repouso.
2. Perda de interesse ou motivação
Atividades que antes traziam prazer e satisfação começam a parecer irrelevantes ou maçantes. O profissional com burnout sente que as suas tarefas diárias não têm mais propósito ou importância. Ir ao trabalho, mesmo que seja uma profissão que a pessoa escolheu, se torna um sacrifício muito grande. O indivíduo parece estar sempre contando as horas para o fim do expediente, e os dias para o fim de semana.
3. Despersonalização
Nos casos mais intensos de ansiedade e burnout, pode ocorrer um fenômeno mental conhecido como “despersonalização”. Essa é uma sensação de distanciamento emocional ou apatia em relação ao trabalho e às pessoas. Quem está em burnout pode se sentir “desconectado”, tratando colegas ou clientes de forma indiferente e até mesmo hostil.
4. Diminuição da produtividade
O desempenho no trabalho e nos estudos começa a cair drasticamente, devido à falta de energia e de concentração. Até mesmo as tarefas mais simples podem parecer desafiadoras, e prazos passam a ser perdidos com frequência. Há uma sensação de ineficácia, como se todo esforço fosse insuficiente. Por isso, é comum que o indivíduo procrastine a realização das suas obrigações.
5. Alterações de humor
O burnout pode levar a alterações de humor, como irritabilidade, ansiedade, ou até sintomas depressivos. Mudanças repentinas de humor, como raiva ou tristeza, sem uma razão clara, são comuns. É comum que a pessoa tenha explosões de raiva, crises de choro, dias de tristeza e recolhimento, entre outros sinais que indicam que ela está em um estado mental que não é o natural dela.
6. Problemas de concentração e memória
Dificuldades para se concentrar, organizar pensamentos ou lembrar-se de informações importantes são sintomas frequentes de burnout. A mente parece constantemente dispersa e sobrecarregada. Naturalmente, isso traz problemas no trabalho, como erros que a pessoa não costuma cometer — o que gera consequências negativas, em um círculo vicioso. Assim, é comum surgirem conflitos com colegas, chefes, clientes etc.
7. Insônia
A qualidade do sono muitas vezes é prejudicada, mesmo que a pessoa esteja exausta. A mente hiperativa e o estresse acumulado podem levar à insônia ou a um sono superficial e pouco reparador. A mente é invadida por pensamentos de preocupação, ansiedade e projeções de futuro catastróficas. A pessoa tem crenças de que é inútil, que não dará conta das obrigações, que será despedida, entre outros. Tudo isso a impede de relaxar e pegar no sono com facilidade.
8. Problemas físicos
O corpo também reage ao estresse crônico, e sintomas físicos diversos podem aparecer. É o caso de dores de cabeça, tensão muscular, dores no estômago ou outros problemas gastrointestinais. Além disso, o sistema imunológico pode enfraquecer nos picos de estresse, levando a um aumento de doenças infecciosas, como gripes e resfriados.
9. Isolamento
Há uma tendência a evitar interações sociais, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. O esgotamento e os conflitos interpessoais fazem com que a pessoa se retraia e tenha menos energia para se conectar com os outros. Assim, o indivíduo abre mão de compromissos sociais, mesmo aqueles que, em tese, seriam divertidos, como sair com os amigos ou ter um programa romântico.
10. Negatividade
Uma visão pessimista do trabalho e da vida é outro sinal de burnout. A pessoa pode começar a questionar o valor das suas atividades e a desenvolver uma atitude cínica em relação aos seus colegas, clientes e à própria organização. Ela passa a se questionar se tomou os rumos certos na vida profissional, pensando até mesmo em desistir da carreira e encontrar um novo caminho.
Como lidar com o burnout?
Se você suspeita de que esteja sofrendo de burnout, é importante tomar medidas para tratar a situação. Aqui estão algumas recomendações:
- Busque apoio: conversar com um psicólogo ou terapeuta pode ajudar a identificar as causas do esgotamento e encontrar estratégias para lidar com ele.
- Faça pausas regulares: o descanso é uma necessidade. Por isso, estabeleça limites claros entre o trabalho e a vida pessoal e respeite o seu tempo de lazer.
- Revise a sua carga de trabalho: analise as suas responsabilidades e, se possível, delegue tarefas ou negocie prazos realistas com o seu gestor.
- Pratique o autocuidado: atividades como exercícios físicos, meditação e hobbies ajudam a aliviar o estresse e promovem uma recuperação emocional.
- Estabeleça prioridades: identifique o que é mais importante e evite assumir responsabilidades que possam sobrecarregar ainda mais o seu tempo e energia.
Em conclusão, reconhecer os sintomas do burnout é o primeiro passo para se proteger e buscar ajuda. Ao cuidar da saúde mental e física, é possível reverter o quadro e recuperar o bem-estar. Essa doença é muito incapacitante, tanto na vida pessoal quanto na carreira. Portanto, fique atento, cuide-se e proteja-se do esgotamento associado ao trabalho.
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