Burnout é uma palavra que vem do inglês e significa esgotamento. Por conta disso, se tornou o nome de uma síndrome causada pela sobrecarga de estresse gerada pelo excesso de trabalho. A exaustão física e emocional é um dos sintomas mais marcantes do problema.
Neste artigo, você saberá mais a respeito da Síndrome de Burnout e entender por que se trata de um problema que merece a nossa atenção.
O que é Burnout?
Antes de mais nada, precisamos explicar exatamente do que se trata e diferenciar o Burnout de momentos normais de estresse. Qualquer indivíduo pode se sentir estressado em determinadas situações, seja por ter dormido mal, por ter recebido uma notícia ruim, por ter precisado trabalhar um pouco mais ou qualquer outra coisa. A questão está em quando essa sensação de esgotamento se torna frequente e passa a impactar toda a vida.
Lidar com pressão faz parte de muitas profissões, há quem consiga se sair bem e outros que sentem maior dificuldade de desempenhar seu papel ao se verem pressionados. Independentemente do perfil, qualquer pessoa está sujeita a apresentar um quadro de Burnout ao experimentar um tipo de pressão que gere um estresse excessivo e prolongado.
O que acontece é que a sobrecarga se torna tão grande, que o indivíduo, incapaz de dar conta de todas as demandas, começa a perder o interesse e a motivação em realizar suas atividades. Os efeitos se espalham por todas as áreas da vida, a produtividade no trabalho é prejudicada, os relacionamentos, inclusive a saúde, pois a imunidade baixa e o corpo se torna suscetível a doenças, como gripes, resfriados, entre outros.
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Principais sinais do Burnout
É importante se manter atento aos sinais que o corpo envia para identificar um possível quadro de Burnout o quanto antes. De qualquer forma, vale lembrar que se trata de um processo gradual, aos poucos uma pessoa pode começar a apresentar os sintomas e, se nada é feito, o problema vai se agravando.
Veja, a seguir, quais são os principais sinais que caracterizam um quadro de Burnout, que incluem questões físicas, emocionais e comportamentais.
- Sensação constante de cansaço;
- Baixa imunidade;
- Dores de cabeça ou musculares frequentes;
- Alterações no apetite;
- Mudanças nos hábitos de sono;
- Sentimento de impotência e incapacidade;
- Vontade de se isolar e evitar a companhia de outras pessoas;
- Procrastinação;
- Deixar de cumprir obrigações;
- Descontar as próprias frustrações em terceiros;
- Usar alimentos e certos tipos de substâncias como válvula de escape;
- Sensação de abandono.
Diferenças entre Burnout e Estresse
Outra forma de identificar um quadro de Burnout é entender a diferença entre o problema e o estresse, que são questões distintas. Observe que as sensações e comportamentos são bastante opostos.
Estresse: uma pessoa estressada é tomada por uma força que a leva a querer enfrentar as situações que a afligem. Isso ocorre por conta das fortes emoções que experimenta. Ela tende a experimentar ansiedade e agir intempestivamente, o que leva a uma perda de energia.
Burnout: quando se trata de um quadro de Burnout as coisas são um pouco diferentes. O indivíduo perde totalmente a vontade de fazer qualquer coisa, não sente nenhuma emoção, fica desmotivado, deprimido, desesperançoso.
Se fôssemos comparar os dois problemas com elementos da natureza, o estresse poderia ser relacionado ao fogo e o estresse ao gelo. Ambos são prejudiciais para a saúde, mas se manifestam de maneiras diferentes.
O que gera um quadro de Burnout?
Embora a Síndrome de Burnout esteja mais relacionada ao trabalho, qualquer situação que sobrecarregue demais uma pessoa pode levá-la a apresentar o transtorno. Pode ser uma mãe que se esgota com os cuidados com os filhos, uma pessoa que cuida dos pais idosos, a sobrecarga de tarefas domésticas, entre outros. Além disso, a forma com a qual o indivíduo vive e enxerga o mundo ao seu redor, pode contribuir para o desenvolvimento da doença.
Dentre as principais causas podemos destacar:
- Trabalhar com algo que considera monótono e com o qual não se tem qualquer afinidade;
- Não ser reconhecido pelo bom trabalho;
- Trabalhar sob grande pressão e em um ambiente sem qualquer harmonia;
- Ausência de laços com outras pessoas;
- Ter muitas responsabilidades a cumprir sem poder contar com ajuda;
- Dormir menos do que o corpo precisa para recuperar as energias;
- Ter uma personalidade naturalmente perfeccionista, pessimista ou controladora.
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O que fazer ao reconhecer os sinais do Burnout? Como evitá-lo?
Ao reconhecer os sinais do Burnout no seu próprio comportamento e sensações que tem experimentado, é fundamental que faça uma pausa e se dê um tempo para cuidar de si. Em primeiro lugar, procure ajuda médica. Evite deixar para depois, quanto antes começar o tratamento, mais rapidamente irá se recuperar.
Além de seguir à risca as recomendações que o profissional der, existem algumas medidas que podem ajudar a vencer o problema que servem também para as pessoas que desejam evitá-lo, acompanhe.
1 – Encontre um significado para o seu trabalho
Para que o seu trabalho não seja visto apenas como uma fonte de obrigações que realiza sem qualquer prazer, procure dar um significado ao que faz. Se você trabalha com vendas, por exemplo, enxergue além de uma simples transação comercial, reconheça a solução que está oferecendo ao cliente.
Isso pode ser aplicado a todas as profissões, sem exceção, afinal de contas, toda função é realizada com um objetivo. Apenas reconhecendo esse objetivo é que você passará a ver além e entender o quanto as tarefas que realiza são relevantes.
2 – Peça ajuda sempre que precisar
Seja em casa ou no trabalho, evite assumir mais obrigações do que é capaz de cumprir. Pedir ajuda não fará com que o seu chefe veja você como um colaborador inferior, simplesmente porque é nítido quando o pedido de ajuda é fruto de uma sobrecarga real e não de acomodação.
Quando se trata de uma questão do âmbito pessoal, entenda que certamente está assumindo obrigações que não deveriam ser apenas suas. Cuidar da casa, dos filhos e realizar outras tarefas é obrigação de toda a família. Se as atividades forem devidamente divididas, cada um fará a sua parte sem se sentir sobrecarregado.
3 – Faça amizades e mantenha-se próximo dos seus entes queridos
Os laços de amizade são muito importantes, até mesmo no trabalho. Mesmo que não tenha uma grande afinidade com ninguém da empresa, procure manter relações amigáveis, falar sobre amenidades da vida, isso fará com que se sinta mais acolhido no ambiente e tornará o dia a dia mais leve. Em se tratando das amizades que escolheu e dos laços com familiares, é essencial que preze por eles, mantendo contato, conversando, ouvindo essas pessoas na essência, isso faz muito bem.
4 – Faça parte de uma causa que seja significativa para você
Se fazer parte de um grupo é positivo para superar e evitar o Burnout, unir isso a uma causa é ainda mais interessante. Escolha algo que seja significativo para você, o que pode ser um hobby ou apoiar uma causa social. Fazer parte de um clube do livro ou de um projeto de ajuda a pessoas em necessidade são bons exemplos disso. Reflita sobre as coisas que considera importantes, suas paixões e procure por grupos relacionados a elas.
5 – Busque o equilíbrio em sua rotina
Essa é uma dica que todos devem seguir, independentemente de estarem apresentando um quadro de Burnout ou não. Ter uma rotina equilibrada é fundamental porque faz bem para a saúde, para o corpo e a mente, promove satisfação, gera produtividade, fortalece relacionamentos.
Para que seu dia a dia seja equilibrado, adote o hábito de gerenciar seu tempo, incluindo em sua agenda tanto obrigações quanto atividades ligadas à saúde e bem-estar, como: a prática de exercícios físicos, alimentação na hora certa, momento para relaxar e, claro, para dormir o suficiente. Afinal de contas, o sono é um fator altamente relevante para manter o equilíbrio.
6 – Pratique exercícios físicos
A prática de exercícios físicos é tão importante que precisa ser ressaltada em um tópico exclusivo. Para alguns, parece estranho sugerir que alguém realize atividades que geram cansaço exatamente para combater o esgotamento. Mas a verdade é que se trata de um tipo de cansaço que faz bem, por diversos motivos diferentes.
Quando nos exercitamos, o corpo libera hormônios ligados ao bem-estar, além disso, movimentar o corpo é uma ótima forma de extravasar o estresse de um dia cheio de trabalho. Experimente, tente várias modalidades até encontrar aquelas que mais lhe agradarem e torne-as parte da sua rotina.
7 – Defina limites para si e para os outros
Por fim, é preciso que aprenda a reconhecer os seus limites e deixe-os claros para si e para os outros. Para isso, comece a se observar, entenda o que gera a sensação de cansaço extremo e estresse. Se você sabe que ficar sem almoçar e trabalhar por longas horas a fio te faz mal, passará a evitar isso. Quanto mais se conhecer, mais simples será lidar com as coisas que geram incômodo.
O corpo humano fala, mantenha-se atento ao que o seu corpo diz e cuide dele com carinho e responsabilidade.
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