O ciclo da mudança está relacionado ao processo, etapa a etapa, que nos orienta para uma mudança de comportamento. Afinal de contas, para crescermos e evoluirmos é essencial que possamos nos adaptar e mudar.
Para concluir as 4 fases do ciclo de mudança vamos falar sobre o Desinvestimento e também sobre a reintegração. Confira:
Fase 3 – Desinvestimento
A terceira fase é uma fase muito importante, embora não seja muito popular, e por vezes até mesmo evitada. É um momento de crescimento interno, de reflexão e de introspecção.
É um período de se desligar de projetos exteriores e conectar-se com o seu Eu mais profundo. Esta fase possui apenas uma única etapa conceitual, mas isso não significa que seja breve ou simples. A questão do tempo, aliás, é bastante relativa para cada ciclo, pois cada um tem o seu próprio tempo e o seu próprio ritmo de caminhada.
3.1 8ª Etapa – Casulo
A etapa do casulo faz referência, como uma forma de metáfora, à transformação das borboletas. Trata-se de um desinvestimento externo para um investimento interno intenso.
Nesta fase, os valores pessoais voltam a ter um destaque e importância maiores. O investimento em projetos é substituído pelo investimento em si mesmo, em se autoconhecer e descobrir novas perspectivas. O casulo representa uma forma de retirar-se do mundo. É nessa atitude de isolamento temporário que podemos recuperar nossas forças e transformar a forma como nos manifestamos em nossas vidas.
A etapa do casulo, além de ser uma etapa de descanso e de recuperação, é também uma resolução do luto iniciado na Fase II, da dessincronização. O casulo representa um símbolo de transformação e amadurecimento.
Dentre todas as quatro fases, a terceira é sem dúvidas a mais introspectiva. Exatamente por isso é que esta fase, que representa o início de uma transição de Tipo 2, é tão evitada. As pessoas sentem muita dificuldade, no geral, de recolherem-se em si mesmas. Esse recolhimento, entretanto, é imprescindível para o amadurecimento e para uma mudança profunda.
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Fase 4 – Reintegração
A fase da reintegração é representa uma fase de retorno. É um retorno à superfície, um retorno ao mundo externo, mas um retorno especial, com algo novo. Um retorno após um período de sono revigorante.
A reintegração permite um tempo de preparação e de experimentação. Experimentação das novas forças, dos novos valores e novas demandas descobertas no período de recolhimento do casulo. Com a transformação da etapa anterior, emergem novas configurações de possibilidades, novos anseios e novas expectativas.
4.1 9ª Etapa – Renovação de si
Finalmente, após o recolhimento essencial da etapa anterior, o indivíduo está pronto para sair do casulo. Essa saída significa uma renovação intensa e poderosa.
Essa renovação representa uma espécie de retorno ao mundo, mas um retorno diferencial. O indivíduo retorna com forças renovadas, com energias regeneradas e com uma ampla gama de novas possibilidades.
De volta à superfície, o indivíduo renovado tem agora plena capacidade de vivenciar sua transformação e estabelecer novos projetos, por exemplo. É o momento de sentir na pele o poder de suas crenças e valores, de sentir qual é a real e verdadeira importância dos sonhos e objetivos que possuía antes e até mesmo de criar novas metas.
4.2 10ª Etapa – Experimentação
Com todos os novos sentidos que emergem do retorno, surge o momento de experimentação. É isso mesmo, é o momento de experimentar! Nesta etapa, testamos o que adquirimos e experimentamos coisas novas.
A pessoa nesta etapa é capaz de experimentar coisas e ideias que possivelmente não teria tido condições de vivenciar no passado, mas que agora se tornam possíveis graça a renovação pela qual o indivíduo passou.
Além disso, é um período de reconexão. Reconectar-se com pessoas e com os próprios sonhos. Essa reconexão reconduz o indivíduo de volta à primeira etapa, de volta aos seus sonhos. Mas nesse retorno não encontramos 131 mais o mesmo indivíduo de antes. Encontramos um novo indivíduo: transformado, renovado, com maior segurança de suas capacidades.
Estas três últimas etapas, incluindo a terceira fase, representam uma transição de Tipo 2, que é uma mudança profunda, uma mudança interna, do próprio Ser. Uma mudança não apenas de metas e objetivos ou de situações e contextos externos. Essa mudança envolve mexer com crenças e valores intrinsicamente individuais, com anseios e expectativas, com as formas de se relacionar e de sentir sua própria vida.
Por fim, para acrescentar algumas considerações finais, gostaria de reafirmar o caráter não-linear do ciclo da mudança. Por não-linear quero dizer que ele não se move necessariamente na mesma direção das setas. Podem ocorrer retornos, regressos, saltos e bloqueios.
A transição de tipo 1 representa uma micro transição porque ela retoma o ciclo global, porém apenas com alguns ajustamentos. A transição de tipo 2 envolve uma volta completa por duas fases de transformação, e por isso é considerada como uma transição mais profunda.
Nem sempre começamos nossas mudanças no ponto preciso da primeira etapa. Muitas vezes as mudanças que desejamos são consequências de outras mudanças em curso, o que significa que podemos estar em qualquer das fases, ou até em mais de uma fase em mesmo tempo, dependendo do processo de mudança que se toma como referência. O importante é saber identificar em qual fase você se encontra, e qual o caminho você deseja seguir para uma transformação significativa em direção à plenitude.
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