Querida pessoa, você já ouviu falar na crise do ninho vazio? Trata-se de um momento delicado, em que os pais veem os filhos, já adultos, saindo de casa e construindo as suas próprias vidas. Nesse momento, pode haver uma sensação de vazio, tanto literal (no ambiente) quanto emocional.
Neste artigo, vamos compreender melhor em que consiste essa crise, quais são as potenciais consequências para o casal que vê os filhos crescerem e como é possível lidar melhor com esse momento tão impactante. Ficou curioso? Então, continue a leitura a seguir e saiba mais!
O que é a crise do ninho vazio?
A “crise do ninho vazio”, também conhecida como “síndrome do ninho vazio”, é um termo empregado para se referir a um momento de conflito emocional que alguns pais vivenciam quando os filhos saem de casa para iniciar a vida adulta. Isso geralmente ocorre no momento de ir para a faculdade, casar-se ou mudar-se para a própria casa.
A descrição mais comum é a de uma casa que vivia cheia com a presença e a energia dos filhos e que, de repente, fica vazia. Nessa situação, os pais podem experimentar diferentes sensações, como solidão, tristeza, ansiedade e incertezas sobre como será a relação pais-filhos daqui para frente. Pode haver também um sentimento de perda e de nostalgia em relação à época em que os filhos eram mais dependentes dos pais. Surge, ainda, aquela questão: o que fazer, agora, com tanto espaço e tanto tempo livre?
É claro que essa crise não afeta a todos os pais de um jeito único. Muitos deles conseguem aproveitar esse momento para redescobrir os próprios interesses, investir mais tempo na relação a dois e até procurar novos desafios pessoais e profissionais. Em geral, trata-se de um processo passageiro de ajuste emocional, que faz parte da transição dos filhos para a vida adulta. Gradativamente, os pais se acostumam com essa nova realidade e encontram maneiras de manterem-se ativos e presentes na vida dos filhos.
Como a crise do ninho vazio pode influenciar o casamento dos pais?
Esse momento muito delicado emocionalmente pode ser vivenciado de diferentes maneiras pelos pais. Algumas consequências podem ser negativas, mas há outras que também podem ser oportunidades de aproveitar melhor a vida a dois. Confira os desdobramentos mais comuns desse momento!
Aumento da intimidade
A ausência dos filhos em casa pode beneficiar a vida conjugal. Com mais liberdade e mais tempo disponível, o casal pode se dedicar com mais atenção à relação amorosa. Isso pode gerar uma reaproximação física e emocional que, na correria do dia a dia, tinha se perdido. Pode ser uma grande oportunidade de fortalecimento no relacionamento amoroso.
Redescoberta do relacionamento e da identidade
Outro benefício que pode ser extraído desse momento é o fato de que o casal pode “redescobrir” a relação. Sem tantas demandas diárias na criação dos filhos, os dois podem prestar mais atenção em si mesmos e descobrir — ou redescobrir — interesses, hobbies etc. Pode ser um momento para passear mais, viajar ou fazer atividades juntos.
Desafios de comunicação
Outra consequência comum, dessa vez não tão agradável, é a descoberta de que a vida do casal girava em torno dos filhos. É relativamente comum que, na síndrome do ninho vazio, o casal se dê conta de que não tem mais assuntos em comum, pois os dois só conversavam sobre a vida dos filhos. Agora, pode ficar mais difícil reencontrar assuntos e interesses em comum.
Sentimento de solidão
Das consequências negativas, essa provavelmente é a mais conhecida. Os casais que ficam em casa após a partida dos filhos com alguma frequência se sentem muito sozinhos. Relatam que a casa fica “vazia” e que a quantidade de atividades diminui. Então, o desafio é justamente desenvolver estratégias para “preencher” esse tempo e esse espaço que se abriu.
Reavaliação de objetivos
Geralmente, a crise do ninho vazio ocorre quando os filhos se tornam adultos e os pais se tornam idosos. Isso pode coincidir com a aposentadoria, por exemplo. Nesse momento, o casal pode refletir sobre os seus objetivos de vida e sobre como os dois vão aproveitar essa nova fase. Se um dos cônjuges almejar algo que o outro não deseja, podem surgir conflitos.
Mudanças na situação financeira
Em geral, a saída dos filhos de casa representa uma redução nas despesas domésticas, o que pode gerar algum conforto aos pais. Todavia, há situações em que a renda dos filhos ajudava a sustentar a casa. Assim, diante da saída dos filhos, pode ser necessário conversar sobre como os pais vão se sustentar daqui para frente.
Dependência emocional
Há casos em que a relação entre os pais e os filhos é marcada por uma dependência emocional excessiva. A saída dos filhos de casa pode fazer com que os pais se sintam mais tristes e até um pouco “perdidos”, pois dependiam deles para fazer algumas coisas. Por isso, é fundamental que o casal encontre apoio mútuo e até auxílio profissional para lidar com essa transição.
Como os casais podem lidar melhor com esse momento?
Confira algumas instruções para ajudá-lo a passar pela crise do ninho vazio.
- Mantenha uma comunicação aberta com o cônjuge, sendo sincero sobre os seus pensamentos e sentimentos e permitindo que ele faça o mesmo;
- Redescubra interesses e atividades em comum;
- Defina metas e planos para esse novo momento;
- Desenvolva apoio mútuo e aproveite essa nova fase de aproximação física e emocional;
- Entenda que a tristeza e a nostalgia são sentimentos normais nessa fase. Acolha-se, mas procure se adaptar a essa nova fase da vida;
- Apesar dos interesses em comum, mantenha também a sua independência;
- Faça reuniões de família de vez em quando, como um bom almoço aos domingos;
- Em caso de dificuldades mais complexas, considere o auxílio profissional de um terapeuta.
Lembre-se, contudo, de que cada casal é único, e o que funciona para um pode não funcionar para outro. O importante é que ambos os parceiros estejam comprometidos em enfrentar essa transição juntos e dispostos a ajustar e adaptar o seu relacionamento de acordo com as suas necessidades e desejos mútuos.
E você, querida pessoa, já passou por esse momento? Está planejando a forma como passará por ele? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!