Escala de Maslow: A Necessidade da Autorrealização No Trabalho

colaborador se sentindo com super poderes

Contribuir para a Autorrealização dos Colaboradores é um papel fundamental para qualquer empresa que deseja alcançar resultados extraordinários.

No século XVIII, o mundo foi marcado pela Revolução Industrial, iniciada na Europa, mais precisamente na Inglaterra, onde o processo de manufatura começou a ser substituído pelo uso de maquinários na fabricação de produtos. Foi também nesta época que os trabalhadores começaram a trabalhar nas fábricas e a receber um salário por seus serviços; o que levou o país a um grande crescimento econômico e social.

Segundo o filósofo alemão, Karl Marx, este foi o impulso para o nascimento do Capitalismo, entretanto, para ele, esta não é sua causa em si, mas apenas um reflexo da mudança. A verdade é que se antes, os produtos eram feitos e comercializados, pelos artesãos, que dominavam toda a escala produtiva, depois da revolução, tudo se concentrou na produção em larga escala.

Neste modelo, o dono da fábrica, assumia a posse de todos os processos de produção e, embora as máquinas fossem operadas por funcionários, os lucros eram apenas do patrão.  Assim, o que menos importava era a satisfação do trabalhador ou as suas condições de trabalho, que, diga-se de passagem, eram precárias e, muitas vezes, atentavam contra sua saúde e qualidade de vida.

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O Processo de Mudança Organizacional

Com o surgimento da Escola das Relações Humanas, na década de 20, finalmente aspectos relacionados à satisfação do homem, em seu trabalho, começam a ser discutidos e defendidos. Segundo este modelo, o trabalhador deveria ser visto de modo sistêmico, ou seja, suas necessidades: psicológicas, físicas e sociais também deveriam ser compreendidas e levadas em conta pela empresa.

Em outras palavras, os colaboradores queriam mais que um salário ao final do mês, o que desencadeou, ao longo do século XX, em vários movimentos que reivindicavam e defendiam os seus direitos (a exemplo da carga horária de trabalho) entre outros que foram conquistados depois de então.

Além disso, em decorrência do nascimento desta importante escola, os processos de Gestão de Pessoas, nas organizações, no que tange a discussão de temas como – motivação, satisfação, perfis de liderança, integração entre colaboradores e tomada de decisão; tomaram corpo e cresceram.

A partir daí, estes assuntos começaram a fazer parte da dinâmica organizacional, visando sempre à melhoria contínua da qualidade de vida do capital humano no trabalho; o que até hoje vem influenciando grandes melhorias neste sentido.

vida bem sucedida

Abraham Maslow e a Psicologia Humanista

O psicólogo americano Abraham Maslow (1908-1970) foi um dos primeiros especialistas a estudar a importância da autorrealização humana, por meio do que ele denominou como: Psicologia Humanista ou Psicologia do Ser.

Para isso, desenvolveu a teoria da Hierarquia das Necessidades; que por sua vez, defendia que o ser humano precisava ter todas as suas demandas (Fisiológicas, de Segurança, Reconhecimento, Estima e Realização Pessoal) plenamente atendidas para sentir-se, então, realizado em sua vida.

Não vamos nos aprofundar nesta hierarquização, mas sim, neste sentimento que nos leva a buscar a autorrealização profissional no trabalho. Neste contexto, os líderes e gestores devem estar atentos e buscar ampliar sua visão sobre o que realmente torna os seus colaboradores, mais ou menos realizados, no ambiente organizacional.

O Caso Western Electric Company de Hawthorne

Neste sentido, podemos dizer que o Caso Western Electric Company de Hawthorne é um forte exemplo de como, por muito tempo, a visão empresarial em relação à satisfação de seus funcionários estava equivocada, ou seja, baseada em elementos que não faziam jus ao que os profissionais desejavam de suas empresas. Vamos conhecer esta história e os seus importantes ensinamentos.

Com o objetivo de conhecer melhor o perfil comportamental de seus colaboradores, em 1927, os donos da fábrica Western Electric Company, localizada no bairro Hawthorne, situado na cidade de Detroit, nos Estados Unidos;  contrataram dois professores, da Escola de Negócios de Harvard, para conduzir alguns experimentos com seus trabalhadores. Para isso, foram chamados: Elton Mayo, psicólogo australiano, especializado em transtornos psicológicos e Fritz Roethlisberger, um famoso cientista social.

Durantes seis anos os especialistas realizaram diversas experiências com os trabalhadores da fábrica de telefones, avaliando sua produtividade e satisfação. Por meio de testes que avaliaram como reagiam as alterações: na iluminação do ambiente, no local de trabalho, na carga horária diária, nas datas dos pagamentos e aos intervalos de descanso, por exemplo, os professores obtiveram grandes resultados e constatações surpreendentes.

Ao contrário do que defendia a Administração Clássica, os pesquisadores descobriram que os profissionais eram motivados não por questões fisiológicas, mas sim psicológicas, ou seja, o que definia o grau de competência e eficiência do funcionário, no trabalho, era sua habilidade social e, não, sua capacidade física de executar as tarefas dentro de um determinado tempo.

Com isso, Mayo e Fritz concluíram que, nas empresas, os indivíduos se apoiam no comportamento do grupo e, que este, é, portanto, um dos maiores influenciadores em seus resultados. Em outras palavras, para conquistar autorrealização no trabalho, os colaboradores precisam sentir que são reconhecidos pelos demais membros do grupo, que são aprovados socialmente, que pertencem àquele lugar e, especialmente, que são realmente importantes para a organização.

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Encontrando a Autorrealização no Trabalho

Este sentimento de pertencimento e de valorização é o que todo profissional busca, de sua empresa, para sentir-se fazendo parte de um propósito maior, a cada vez que realiza as suas tarefas. Quando isso não acontece, quando as “B-Needs”, também conhecidas como “Necessidades de Ser” não são vistas, honradas e respeitadas, ocorre à insatisfação profissional, pois o trabalhador não vê, na organização, chances para seu crescimento, o que, consequentemente, diminui a sua motivação, produtividade, engajamento, qualidade de vida no trabalho e oportunidades de autorrealização.

Por isso, voltando a Maslow, ele sempre dizia que – “O que os humanos podem ser, eles devem ser. Eles devem ser verdadeiros com a sua própria natureza.” Portanto, para vivenciar, na prática, o seu potencial infinito e, ser tudo aquilo que deseja ser, em sua carreira; o individuo precisa ter todas as suas necessidades atendidas e o domínio de competências e habilidades técnicas, emocionais e comportamentais que lhe ajudem a maximizar seu sucesso.

A autorrealização pode ser impulsionada pela qualidade do ambiente de trabalho, mas, sobretudo, é um resultado do profissional e daquilo que ele acredita ser o melhor caminho para conquistar autossatisfação e grandes realizações em sua vida.  Pensando nisso, é essencial que a pessoa saiba o que realmente dá sentido à sua carreira, o que lhe faz levantar todos os dias e ir trabalhar e, tenha claro, qual é seu propósito de vida, profissionalmente falando.

Neste sentido, te convido a uma reflexão sobre o que é autorrealização no trabalho para você – É ser um grande líder? É abrir o seu próprio negócio? É ter uma carreira internacional? É trabalhar numa empresa inovadora? É conquistar status social e reconhecimento financeiro? Reflita!

Por fim, podemos concluir que, de modo geral, para conquistar sua autorrealização, o profissional também precisa sentir que: física, emocional e espiritualmente; está pleno e equilibrado. Precisa ainda criar as condições necessárias para transformar a si, para evoluir continuamente, transcender suas possibilidades e tornar, por meio de seus esforços, conhecimentos, talentos e habilidades, os seus sonhos, desejos, ideias e objetivos profissionais em realidade. Permita-se e realize-se!

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