Aplicando a lei de Pareto na vida cotidiana: maximizando a eficiência e a produtividade

Aplicando a Lei de Pareto

Querida pessoa, você já ouviu falar na lei de Pareto? Também conhecida como princípio de Pareto, essa lei afirma, de forma resumida, que 80% dos resultados que obtemos na vida são consequência de apenas 20% das causas. Essa ideia tem sido constatada em diversos lugares e pode ser aplicada em diferentes áreas da vida.

Mas por que essa relação existe? Como foi descoberta? De que maneiras isso pode elevar a nossa produtividade, tanto na vida pessoal como na vida profissional? É o que você vai descobrir no artigo a seguir. Continue a leitura e saiba mais!

O que é a lei ou princípio de Pareto?

A lei de Pareto recebe o nome do economista e cientista político italiano Vilfredo Pareto, embora tenha sido proposta pelo consultor de negócios Joseph Moses Juran, que havia tido acesso aos conhecimentos e estudos de Pareto.

Pareto constatou alguns fatores diversos, mas que obedeciam a uma mesma proporção. Segundo ele, 80% das ervilhas produzidas vinham de apenas 20% das vagens, 80% das terras italianas estavam nas mãos de apenas 20% da população, por exemplo.

Depois dessas constatações iniciais, foi identificado que essa mesma proporção poderia ser aplicada em muitas outras áreas, como estudos econômicos, análises sociológicas e ciências da computação.

Mais recentemente, a lei de Pareto passou a ser aplicada como uma ferramenta de gestão, tanto para indivíduos como para empresas. Especialmente as áreas de administração e marketing adotam esse princípio como meio de definir prioridades nos seus respectivos planejamentos estratégicos, afinal de contas, 80% dos resultados vem de apenas 20% das causas, conforme vamos entender melhor na sequência.

Como ela se aplica às empresas?

A regra de Pareto não é uma verdade absoluta, ela apenas indica tendências generalistas. Portanto, não devemos adotá-la sempre e esperar números exatos. Ela apenas nos ajuda a ter uma noção, inclusive dentro dos negócios. Confira alguns exemplos:

  • 20% dos clientes geram 80% do faturamento das empresas;
  • 20% dos produtos geram 80% das vendas efetuadas;
  • 20% dos consumidores geram 80% das reclamações;
  • 20% dos profissionais da empresa geram 80% da produtividade geral;
  • 20% dos investimentos geram 80% dos resultados.

Dados como esses são primordiais para as organizações, considerando que os principais resultados das empresas são originados de alguns poucos fatores, que precisam, portanto, ser priorizados.

Esses recursos que são capazes de gerar as principais consequências tornam-se os fatores-chave da organização. Assim, os empresários precisam distribuir adequadamente os seus recursos (tempo, investimentos, atenção, colaboradores etc.) respeitando essa proporção. Isso evita que muitos desses recursos sejam aplicados sobre itens que não são tão determinantes nos resultados empresariais.

Como ela se aplica ao marketing?

A lei de Pareto pode ser identificada mais especificamente no departamento de marketing, conforme os exemplos a seguir:

  • 20% dos produtos disponíveis correspondem a 80% das vendas online;
  • 20% das palavras-chave correspondem a 80% das consultas realizadas nos principais mecanismos de busca;
  • 20% dos posts na internet geram 80% do engajamento e do tráfego;
  • 20% dos conteúdos publicados geram 80% dos leads (potenciais clientes);
  • 20% da audiência geram 80% do engajamento relativo à empresa.

Essa lei, portanto, pode ser particularmente útil para que os profissionais de marketing definam onde devem concentrar as suas energias e recursos: compras de palavras-chave nos mecanismos de busca, desenvolvimento de determinados produtos, conquista de públicos-alvo específicos, produção de conteúdos mais relevantes, criação de posts criativos, enfim todas as estratégias que geram mais engajamento e leads.

A dica, nesse sentido, é fazer todas essas escolhas com base nas preferências daqueles 20% do seu público que mais compram, que mais interagem, enfim, que mais geram resultados para a sua organização.

E quanto aos outros 80%?

Se a lei de Pareto afirma que devemos concentrar os nossos recursos apenas sobre os 20% de fatores que mais geram resultados, isso quer dizer que os outros 80% devem ser descartados? Calma! Não é bem assim.

Nos processos de gestão do tempo e da produtividade, que devem ser analisados continuamente nas empresas, há elementos que de fato devem ser descartados, mas tudo depende de uma análise aprofundada de custo-benefício. Se uma empresa, por exemplo, estiver gastando mais do que faturando para manter algum produto no seu escopo, o ideal seria descontinuá-lo. No entanto, não é porque um item não é tão lucrativo quanto os outros que ele está de fato gerando prejuízo. É preciso ter cautela.

Pode ser que aquele grupo de clientes que não compram muito da sua empresa adote uma postura mais ativa futuramente. Pode ser que aquele produto que ainda não “engrenou” ganhe popularidade nas próximas semanas. Não descarte tudo imediatamente. O ideal é utilizar a lei de Pareto apenas para evitar desperdícios, especialmente nos momentos de escassez de recursos.

É possível aplicar esse princípio à vida pessoal?

Sim, além da vida empresarial, o princípio de Pareto também pode ser aplicado em diferentes aspectos da vida particular das pessoas. Confira alguns exemplos:

  • Produtividade pessoal: identifique as tarefas que realmente contribuem com os seus objetivos e foque nelas. Dedique-se mais aos 20% de atividades responsáveis por 80% dos resultados que você tem obtido.
  • Relacionamentos: quem são as pessoas que mais contribuem com o seu bem-estar e senso de realização? Cultivar e manter os relacionamentos mais importantes ajuda a focar em qualidade, mais do que em quantidade.
  • Finanças pessoais: analise os seus gastos para saber quais deles são os mais importantes. Foque na gestão dessas categorias essenciais, reduzindo aqueles gastos que não são tão produtivos na sua vida (supérfluos).
  • Saúde e bem-estar: identifique os 20% de atitudes e hábitos que despertam bem-estar e beneficiam a sua saúde física e mental, focando neles.
  • Aprendizado: quais são os conhecimentos que mais fazem a diferença na sua vida pessoal, profissional ou acadêmica? Identifique os saberes e habilidades que mais são determinantes para os seus resultados e foque no desenvolvimento deles.

A chave é analisar e refletir sobre as atividades e áreas da vida que são mais significativas para você, para que você possa direcionar a sua energia e os seus esforços de maneira mais eficaz. A lei de Pareto é uma ferramenta útil para priorizar e aperfeiçoar o uso do tempo e dos demais recursos disponíveis em diversas áreas, tanto para as pessoas como para as empresas.

E você, querida pessoa, já conhecia a lei de Pareto? Como pode adotá-la para alcançar os seus objetivos? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

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