Os problemas ambientais, a desigualdade social, o acúmulo desnecessário, o descarte inadequado, os problemas econômicos e entre tantas outras questões, fizeram com que as pessoas mudassem sua forma de consumo e consequentemente, isso modificou também, a maneira das empresas ofertarem os seus produtos/serviços.
Atualmente, o cliente não apenas compra aquilo que deseja, ele busca informações sobre a empresa em questão, como funciona sua linha de produção, se a mesma preza por questões como respeito ao meio ambiente, ao próximo, à diversidade, etc e, só depois, decide se vai ou não consumir aquele produto/serviço.
Essa mudança de comportamento e consumo abriu portas para diferentes formas de empreender e uma delas é a economia colaborativa, onde produtos/serviços são adquiridos, através do compartilhamento. Por meio dela, pequenos empreendedores conseguem vender seus produtos, não apenas de forma online ou em feiras e eventos esporádicos, como também, em espaços diversificados e criativos, mais conhecidos como lojas colaborativas.
Se você quer saber mais sobre este tipo de loja, seu conceito e como se dá o seu funcionamento, continue conosco nessa leitura e confira!
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O conceito de loja colaborativa
Muitas pessoas, mesmo com o sonho do negócio próprio, não possuem embasamento para vender seus produtos ou possuem dificuldades, para manter financeiramente um espaço físico para tal atividade. Aliada a essas questões e ao fato de que, atualmente, muitos empreendedores prezam, não apenas o lucro, mas também a troca de ideias, experiências e cooperação, nasceu o conceito de loja colaborativa.
Esse formato surgiu na Europa e vem ganhando adeptos por todo o país, em cidades como São Paulo, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte e Brasília, com um crescimento de 80%, de acordo com empresários da área. A loja colaborativa é um espaço que permite que designers, estilistas, artesãos e outros diversos microempresários aluguem prateleiras/araras/boxes para exporem, comercializarem e promoverem suas peças, trabalhos e criações, sem que, para isso, eles precisem investir muitos recursos financeiros.
Ou seja, a loja colaborativa é composta por nichos de diversos produtos, que funcionam como mini lojas em um único espaço. Nela, o consumidor encontra um leque de opções: roupas, sapatos, artesanatos locais, mochilas e bolsas, itens de decoração, quadros, bijuterias, vinis, óculos, entre tantos outros produtos.
Isso permite que o cliente tenha um amplo poder de escolha e diferentes alternativas de preço. Algumas delas, ainda oferecem eventos e exposições, possuem cafés, espaços de convivência, sendo um modelo de negócio presente, até mesmo, em aeroportos.
Para fazer parte de uma loja colaborativa, o empreendedor assina um contrato com o dono do espaço e assim, passa a expor seus produtos. Existe um período de adaptação para a marca montar o seu local e conhecer seu público. Após esse tempo, ela precisa atingir a meta de vendas, estipulada pelo contratante. Caso o empreendedor não consiga alcançar tal objetivo, ela deve abrir o espaço para outro expositor.
Benefícios da loja colaborativa
Conforme pudemos perceber, este é um modelo de negócios cheio de benefícios, não só para o responsável por ele, mas também para outros empreendedores, que não têm condições de manter um espaço físico, e precisam contar com este tipo de ajuda e apoio, para realizarem o sonho do próprio negócio.
Além deste benefício, confira alguns outros, que uma loja colaborativa pode oferecer:
- Por ser um espaço compartilhado, custos com água, energia, colaboradores e sistema de cartão de crédito são minimizados;
- Não se preocupar com a manutenção do espaço físico, permite que as lojas foquem na produção;
- Fornece visibilidade para novos talentos;
- Permite que o consumidor tenha acesso a produtos diversificados e exclusivos;
- O modelo possibilita que as lojas façam parcerias entre si;
- Não é necessário que o empreendedor fique constantemente no espaço, pois o local disponibiliza vendedores.
A importância de iniciativas como estas
A colaboração, em qualquer âmbito ou aspecto, é uma tendência para os tempos atuais. Empreender, trabalhar e consumir de forma individualista já não faz mais parte da rotina de muitas pessoas, pois elas perceberam que o compartilhamento, seja ele de espaço, custos ou informações, faz qualquer marca ir muito mais longe e alcançar resultados extraordinários, bem como o sucesso em um espaço de tempo muito menor.
Iniciativas assim ganham ainda mais importância em situações atípicas, como a que estamos enfrentando atualmente. Não só porque muitos empreendedores perderam renda, em decorrência da pandemia, mas também para que estes sintam-se apoiados e, a partir deste apoio, sintam-se também motivados para continuarem sua jornada empreendedora, não desistindo dela, muito menos de seus sonhos.
Estas são razões que fazem com que este tipo de loja, e a economia colaborativa, de forma geral, sejam verdadeiramente importantes, gerando bons frutos para todos que a utilizam, como um recurso de evolução e crescimento.
O que saber, antes de aderir a esta iniciativa?
Cada loja colaborativa possui suas próprias regras, normas e políticas de funcionamento. Por isso, antes de aderir a esta iniciativa, é importante que você leve em consideração alguns pontos, como:
Saiba mais sobre a loja colaborativa
A primeira dica é que você busque mais informações sobre a loja colaborativa que você deseja integrar. Observe a sua movimentação, o seu público, assim como o perfil das outras lojas, que fazem parte do grupo de expositores. Com isso, você consegue identificar se há compatibilidade do seu negócio com a loja que você escolheu.
Elabore estratégias para atrair seus clientes
Depois de escolher a loja, o segundo passo é atrair seus clientes. Escolha cuidadosamente onde seus produtos serão expostos, evitando, sempre, misturá-los com segmentos diferentes dos seus. Este cuidado é importante, pois, caso contrário, isso pode acabar atrapalhando a comunicação com o seu público.
Acordo colaborativo
Por fim, o que você deve fazer é conversar com os responsáveis pela loja e saber o que acontece em caso de roubos, furtos e demais problemas que venham a surgir. Além disso, verifique se os vendedores conhecem seu produto, para oferecê-los aos clientes.
E faça o dever de casa, ou seja, mantenha o monitoramento de suas vendas, fique de olho em seu estoque e saiba quais produtos são os mais procurados, levando sempre em consideração o gosto de seus clientes.
Você já teve a oportunidade de conhecer uma loja colaborativa? Como foi a sua experiência no espaço? Comente e compartilhe o conteúdo nas redes sociais.
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