“Liderança é ação, e não posição.” Assim dizia Donald H. McGannon, que foi um dos grandes executivos e líderes da TV americana. De fato, conhecer as funções e os tipos de liderança é importante, contudo mais do que um cargo ou uma posição na hierarquia, liderar é ter uma atitude empreendedora. Isso representa ter movimentos que inspiram, guiam, motivam, instruem, corrigem, orientam, influenciam e oferecem aos liderados o melhor caminho para a conquista dos resultados e para o seu crescimento profissional e humano.
Nunca, como nos dias atuais, se deu tanta atenção ao trabalho dos líderes e, isso, se deve, em grande parte, ao melhor entendimento da importância do seu papel tanto dentro como fora das organizações. Um líder, além de promover as metas da empresa e a sua evolução contínua, precisa estar verdadeiramente comprometido em promover o desenvolvimento das pessoas que a compõe.
Portanto, seguindo esta ideia é preciso ir além da velha máxima do “eu mando e você obedece” e construir uma gestão que realmente agregue valor aos seus componentes. Quer dizer, que seja positiva no que tange o aprimoramento, valorização e reconhecimento da equipe, ou seja, que favoreça o conjunto e não apenas o negócio. Juntos, empresa e liderados são muito mais fortes.
Com tantos desafios, pressões e com a alta competitividade do mercado, para muitos gestores ainda é desafiador pensar numa liderança mais humanizada e que não seja focada apenas na obtenção das metas. Contudo, é preciso rever os modelos de liderança obsoletos ainda hoje praticados, uma vez que não pensar a respeito acaba sendo mais um obstáculo a enfrentar, pois os tempos mudaram e como eu sempre digo – empresas são os resultados de pessoas.
Assim, para que as organizações possam crescer; expandir e prosperar é preciso olhar para seu capital humano de forma diferente, não apenas como um meio de atingir seus alvos, mas como a ponte entre aquilo que ela é hoje e o que deseja se tornar amanhã. Zelar por isso é essencial para sua ascensão.
E sabe por que isso é tão importante? Porque equipes valorizadas e reconhecidas rendem muito mais do que aquelas levadas na base do chicote. Como tal, entender que existe uma pessoa, um ser humano por traz de cada funcionário é fundamental para humanizar os processos organizacionais e, consequentemente, para potencializar suas ações e resultados.
Se você é líder ou deseja se tornar, eu convido você por meio da leitura deste artigo a refletir sobre a importância do seu papel de liderança, sobre seu impacto na vida das pessoas que lidera, bem como na sociedade e na economia do nosso país. Para isso, convido também a conhecer quais os tipos de lideranças que existem e a analisar e entender junto comigo como estes modelos de gestão de pessoas impactam direta ou indiretamente em seus resultados e nos de sua equipe de profissionais.
Conheça as Teorias da Liderança
Antes de nos atermos aos principais tipos de liderança é importante entender de onde eles vieram, ou seja, de quais ideias eles provem. Isso é essencial para compreendermos melhor como cada perfil de líder se forma e, especialmente, como o seu modo de pensar, ser e agir e de gerenciar os processos e as pessoas limita ou potencializa seu êxito profissional.
Teoria Situacional – argumenta que o verdadeiro líder é aquele que tem a capacidade de se adaptar às mais variadas situações numa empresa. Na prática, isso quer dizer que o gestor deve estar preparado para atender as demandas dos profissionais e da organização conforme as suas necessidades.
Assim, o líder com o perfil ideal é aquele que se adequa a cada situação de forma assertiva, seja, por exemplo, ao nível de capacitação da sua equipe, ao orçamento da empresa, momento gerencial ou às suas demandas e prazos em relação à entrega e distribuição da sua produção.
Teoria dos Traços – defende que algumas pessoas já nascem com características específicas que já apontam que elas possuem a competência nata para liderar. Assim, elas seriam muito mais propensas as assumir cargos de gestão do que aquelas que não apresentam estes mesmo sinais. Com base nesta ideia, o líder de uma empresa, por exemplo, deveria ser escolhido após a verificação de uma combinação de traços como: inteligência; aspectos físicos e personalidade. Estes três elementos seriam fatores essenciais para isso!
Teoria do Comportamento – segue uma linha bem diferente da anterior, argumentando que o líder não nasce, mas se torna líder a partir do treinamento, desenvolvimento e aprendizado e dos comportamentos que apresenta. Neste sentido, a liderança pode tanto ser orientada para resultados: para o alcance constante e crescente das metas (execução das demandas e produção), como para a convivência, que tem como foco a construção de uma relação mais humanizada e positiva entre a empresa e os seus funcionários.
Teoria dos Estilos de Decisão – reconhece três modelos de liderança distintos: autocrático, democrático e liberal. O primeiro centraliza todas as decisões em si; o segundo inclui, em parte, os colaboradores no seu processo decisório e, o terceiro deixa que eles mesmos, por si só, decidam quais são as melhores soluções e caminhos para a empresa.
Teoria da Atribuição – aqui a liderança não é escolhida pela empresa ou por terceiros, mas pelo grupo que por ela será liderado. É considerada uma forma altamente democrática de escolher uma gestão, pois permite que as pessoas se manifestem diretamente sobre quem elas gostariam que fosse a pessoa a conduzi-las. Vemos muito a aplicação deste modelo nas eleições políticas, por exemplo.
Teoria do Carisma – como nome mesmo sugere, aqui não importa se o líder já nasceu líder ou se se formou líder, mas que ele tenha muito carisma para cativar e influenciar as pessoas ao seu redor. A liderança carismática deve gerar empatia, conexão, vínculo e, por meio desta ligação, fazer com que as pessoas queiram, espontaneamente, caminhar ao seu lado, defender suas ideias e fazer o que ela diz.
Principais Tipos de Liderança
Liderança Autocrática (Foco no Chefe)
Neste modelo, o líder é o centro de todas as atenções e decisões e, como tal, centraliza o poder em si e não permite que os liderados participem em quase nada. Com perfil de “chefe”, este gestor leva os seus colaboradores em rédeas curtas, cobrando veementemente resultados, pressionando, não considerando suas sugestões e não permitindo que intervenham ou constem suas ações.
Nos dias atuais ainda vemos este tipo de liderança em muitas empresas e, podemos dizer, sem errar, que elas são uma das principais responsáveis pelo seu turnover e perda de grandes talentos profissionais. Isso acontece porque sua forma de agir causa sempre tensão e descontentamento entre a equipe, promove um ambiente hostil e de forte pressão, o que desmotiva os funcionários e faz com que desejem sair a permanecer sob a gestão do líder autocrático.
Líder Democrático (Foco no Líder e na Equipe)
Este líder caminha na direção oposta do anterior, pois conduz de forma democrática a sua gestão, ou seja, incluindo os seus liderados nas decisões e fazendo com que participem ativamente da construção de soluções e resultados. Para isso, sempre consulta a opinião da equipe, solicitando suas ideias e feedbacks e dando espaço para que proponha novas maneias de dissolver os problemas e conquistar as metas e resultados planejados.
Diferente do autocrático, que só pensa em si, o democrático pensa no bem-estar coletivo, em desenvolver seus profissionais e oferecer-lhes oportunidades reais de crescimento. Além disso, prioriza a qualidade de vida no trabalho, faz uma boa gestão do clima e contribui ativamente para que a equipe seja reconhecida e valorizada por seu empenho e dedicação à empresa.
A democracia no trabalho também estimula um ambiente onde as pessoas se sentem mais à vontade para demonstrar suas opiniões ou mesmo suas insatisfações. Torna a comunicação mais direta e efetiva, pois diminui os espaços entre as pessoas e faz com que desenvolvam um senso maior de grupo. Isso faz com que se sintam mais estimuladas a darem o seu melhor, o que, consequentemente, também aumenta sua satisfação com o trabalho, diminui a rotatividade e maximiza a sua produtividade.
Líder Liberal (Foco na Equipe)
A liderança liberal é o extremo oposto da autocrática, pois defende total liberdade à equipe e que esta decida, por si só, quais são os melhores caminhos e soluções para resolver os problemas da organização. Aqui o líder não é necessário, uma vez que este modelo entende que os profissionais já são maduros, qualificados e capazes o suficiente de gerenciar o seu próprio trabalho sem a supervisão direta de alguém.
Contudo, embora possa parecer um sistema melhor, pois dá mais liberdade e autonomia, na maioria dos casos, os profissionais sem liderança direta podem acabar relaxando demais e não entregando os resultados esperados. Isso afeta diretamente não só a produtividade, mas a motivação, uma vez que a falta de feedbacks sobre o desempenho e a qualidade do trabalho também acabam prejudicando sua atuação e limitando o seu crescimento.
Liderança Situacional (Foco nas Situações e no Nível de Maturidade dos Profissionais)
É exercida de acordo com o nível de maturidade dos profissionais da empresa e também com base nas situações apresentadas na organização. Ou seja, a Liderança Situacional é completamente adaptativa, sendo que o seu perfil de gestor é o daquele que consegue se adequar, com mais rapidez, agilidade, estratégia, inteligência e assertividade às suas necessidades e demandas específicas.
No dia a dia de uma empresa, aparecem muitas situações diferentes e que exigem do líder esta capacidade rápida de adequação, seja ao conduzir um colaborador mais experimente numa tarefa ou ao instruir um novato sobre como deve proceder em seu trabalho, por exemplo.
Neste sentido, Paul Hersey e Kenneth Blanchard, autores da Teoria da Liderança Situacional, explicam que para conquistar alto desempenho num ambiente como este, o líder situacional precisa desenvolver várias formas de liderança, ou seja, estar preparado para assumir os mais diferentes papéis.
Assim, seja qual for o grau de maturidade e motivação dos seus liderados, o conseguirá promover sempre bons resultados. Para isso, este líder deve ter a capacidade de avaliar os cenários e contextos e, especialmente, o nível de capacitação técnica, comportamental e emocional dos seus profissionais, de modo a atribuir-lhes suas tarefas corretamente e obter os resultados esperados.
Líder Coach (Foco nas Pessoas e nos Resultados)
Empresas são os resultados de pessoas e, mais do que ninguém, o líder com habilidades de Coaching sabe muito bem disso. Diferente do que muitos possam pensam, o seu foco principal não é apenas conquistar mais e mais resultados para o negócio, mas identificar, treinar e desenvolver sua equipe de profissionais de acordo com suas competências, qualidades e gaps, de modo que assim, os colaboradores possam trazer a tona o seu potencial infinito e, consequentemente, atingir suas metas e objetivos e os da organização.
Para isso, o líder coach aplica seus conhecimentos de Coaching para ajudar os liderados a descobrirem novas habilidades técnicas, emocionais e comportamentais, a trabalhar seus pontos de melhoria e conhecer o seu propósito na vida profissional. Trabalhar estes aspectos faz muita diferença.
Além disso, o gestor com competência de coach também tem uma comunicação assertiva e atua dando feedbacks de correção, reconhecimento e melhoria, orientando, motivando e estimulando o aprimoramento constante das pessoas ao seu redor. O objetivo com isso é que a equipe tome consciência de suas possibilidades e saiba direcionar suas potencialidades, conhecimentos e experiências para a direção certa.
Na prática, este movimento ajuda a criar um ambiente de trabalho muito mais positivo e produtivo, onde as pessoas se sentem pertencentes a algo maior, que são reconhecidas e valorizadas e que têm total capacidade e apoio para realizar coisas extraordinárias. Portanto, a cultura de Coaching implantada pelo Líder Coach é verdadeiramente um diferencial competitivo do qual as empresas não devem abrir mão.
Desenvolva sua Liderança. Seja um Líder Coach!
Se você é líder ou deseja se tornar, o Coaching pode dar a base que precisa para ir além e conquistar grandes resultados em sua gestão de pessoas e processos e na conquista de grandes resultados. A metodologia se tornou uma das principais ferramentas de apoio ao aumento da performance das lideranças porque trabalha diretamente focada no aprimoramento de suas habilidades e na eliminação dos seus gaps. Isso verdadeiramente potencializa suas ações.
Coaching consiste num processo de desenvolvimento humano e aceleração de resultados, testado e aprovado por profissionais e empresas de todo o mundo. Destaca-se porque ao desenvolver o líder, consequentemente, acaba refletindo positivamente no desenvolvimento de sua equipe também, o que é essencial.
Se você verdadeiramente procura ir além, aprimorar seus conhecimentos, se destacar em sua carreira e construir uma liderança de alto rendimento, o Coaching é o processo ideal. Neste sentido, destaco a formação Leader Coach Training – LCT, um programa completo de Coaching voltado para capacitar as lideranças, de forma ágil e efetiva, e que ensina como aplicar técnicas, métodos e ferramentas de Coaching no dia a dia tanto para promover o seu autodesenvolvimento como o desenvolvimento da sua equipe.
Então, quer construir uma liderança de alta performance; formar equipes de excelência; estar mais preparado para os desafios e conquistar resultados extraordinários em sua gestão? Torne-se líder coach e vá além!