Extreme Programming (XP): origem e principais características da metodologia

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A metodologia do Extreme Programming é um método que facilita o trabalho das equipes e aprimora a qualidade dos projetos.

Criado em 1997, o Extreme Programming (XP) é um método que facilita o trabalho das equipes e aprimora a qualidade dos projetos. Seus principais valores são: 

  • Simplicidade (trabalha na redução da complexidade do sistema);
  • Comunicação (favorece comunicação entre os membros da equipe); 
  • Feedback (entre as etapas do projeto, promovendo uma comunicação rápida);
  • Coragem (testes, integração contínua e programação garantem a confiança do programador).

O intuito da metodologia é ser flexível e executar um projeto dentro do prazo e com o orçamento estipulado. Assim, se alcança a satisfação do cliente e diminui o retrabalho da equipe envolvida. Mudanças são sempre bem vindas e devem ser incorporadas quando possível, ainda mais quando o cliente não sabe ao certo o que deseja. 

A popularidade do software se dá por meio de sua agilidade, bons resultados e motivação dos colaboradores, que possuem liberdade para fazer melhorias. Continue lendo para saber mais sobre o Extreme Programming. 

O que é Extreme Programming?

Extreme Programming é uma metodologia de desenvolvimento ágil de software que tem como base elevar a qualidade do que está sendo produzido. Uma de suas principais características é se adaptar com facilidade a ambientes de produção acelerados que demandam abordagens diferenciadas. 

Através do uso dessa metodologia é possível proporcionar entregas com mais qualidade para os clientes. Os membros da equipe se tornam mais confiantes e têm uma participação mais ativa ao longo do processo. Os desenvolvedores podem fazer mudanças de requisitos e escopo, mesmo que o produto não esteja no final do seu ciclo. 

Quando a metodologia Extreme Programming pode ser aplicada?

Essa metodologia pode ser utilizada quando: 

  • A equipe de trabalho é reduzida com no máximo 12 pessoas;
  • Trata-se de um projeto que prevê riscos decorrentes do tempo fixado para produção; 
  • Projetos em que estão previstas mudanças frequentes; 
  • A tecnologia permite que os desenvolvedores façam testes automatizados de unidades e funcionalidades; 
  • Apresenta alteração dinâmica dos requisitos do software e escopo. 

Qual a origem do Extreme Programming?

Essa metodologia foi criada em 1996, pelo engenheiro de software Kent Beck. O surgimento da internet no começo dos anos 1990 criou a necessidade de mudanças na forma como os softwares eram desenvolvidos. Antes, os softwares tinham um ciclo de vida mais longo, mas nesse novo contexto era necessário trabalhar de forma mais dinâmica. 

A necessidade de ter um método de trabalho cada vez mais rápido levou à criação do engenheiro de software Kent Beck. Nesse método, as práticas são levadas a uma agilidade em níveis extremos. É uma forma de responder com mais efetividade às exigências dos clientes. 

Exatamente por isso, essa metodologia tem regras simples, mas muito eficientes. Desenvolvedores, clientes e gerentes se tornam parceiros no processo de criação. A equipe se torna muito mais produtiva e organizada.

Atualmente, a metodologia tem sido empregada em outros contextos, além do de desenvolvimento de softwares. Empresas de diferentes setores vêm emprestando o método para tornar as entregas das suas equipes mais consistentes. 

As práticas do Extreme Programming

Acima explicamos o que é e qual é a origem da metodologia do engenheiro de software Kent Beck. A seguir listamos as principais práticas do Extreme Programming. Assim fica mais fácil entender essa metodologia e como ela pode ser levada para o contexto empresarial. 

Pair Programming

Quando duas pessoas trabalham em uma única máquina. Um colaborador codifica e o outro faz sugestões pertinentes, trocando de funções em determinado momento. Essa troca garante uma comunicação mais fácil, levando à maior produtividade e um projeto de alta qualidade.

Projeto simples

Design simples e que permite a realização de testes. Essa prática garante que a criação em excesso de generalizações dentro do código fonte seja evitada. Também prepara o sistema para possíveis mudanças.

Teste

Cada funcionalidade de um projeto possui um teste antes de ser codificado, isso garante que não exista retrabalho entre os colaboradores e mantém a qualidade dos projetos.

Refatoração

É a mudança e melhoria do código, sem que seu comportamento e sua funcionalidade sejam alterados.

Propriedade coletiva

Qualquer colaborador pode modificar códigos e mexer em todas as partes do projeto. Isso garante que, caso alguém saia da equipe, o projeto não seja prejudicado.

Interação contínua

Os códigos são integrados e testados constantemente. Dessa forma, caso algum problema for detectado poderá ser corrigido imediatamente. 

Cliente presente

O cliente deve estar presente para aprovação, definição de prioridade e auxiliar no desenvolvimento do projeto. Semanalmente, o cliente deve ser atualizado e poder ver novidades palpáveis. O projeto precisa ter realmente avançado de uma entrega para a outra. 

Semana de 40 horas

Evita-se trabalhar mais de 40 horas semanais, visando o bem-estar da equipe para manter o projeto em alta qualidade.

Padrões de código

O fato de todos os colaboradores participarem de todos os processos requer que um padrão na codificação seja mantido.

Metáfora

Uma linguagem comum garante que o entendimento de ideias seja simplificado, o intuito é que ideias complexas sejam passadas de forma simples.

Reunião diária

Nela se discute o que foi feito anteriormente, o que está sendo feito no dia atual e o que ainda tem que ser feito.

Extreme Programming e a sua empresa

A metodologia vem sendo aplicada em escala mundial, mas ainda existem dúvidas no que diz respeito à sua aplicação. O primeiro ponto que devemos esclarecer é que, embora seja uma metodologia pensada para o desenvolvimento de softwares, pode ser aplicada a outros contextos.

Isso significa que é possível usar a base da Extreme Programming (XP) para organizar o método de trabalho de uma equipe de marketing, por exemplo. A ideia base permanece a mesma, toda a equipe trabalha em conjunto para alcançar resultados mais palpáveis e positivos. 

É pertinente entender que a metodologia é mais adequada a pequenas e médias empresas. Quando usada, deve-se manter a disciplina para que ela auxilie nos negócios da companhia de forma eficiente.

A equipe, geralmente formada por até 10 colaboradores, deve se manter atualizada de todas as fases do trabalho que está sendo realizado. Também deve efetuar testes e ser produtiva, visando o aprimoramento do projeto e o alcance dos objetivos. 

Extreme Programming x Scrum

Ambos são métodos ágeis nascidos para guiar o desenvolvimento de softwares. Há inúmeras semelhanças entre os dois, especialmente no que diz respeito ao trabalho em equipe. Contudo, comparativamente, o Scrum se mostra mais facilmente aplicado a diferentes setores. 

Porém, isso não significa que o Extreme Programming não pode ser levado para o mesmo caminho. Tudo depende de quais são os objetivos da sua empresa e do quanto está disposta a adaptar para se encaixar no método. 

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.



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