Tetraplegia não foi o suficiente para fazê-la parar de se mexer. Mais do que uma história inspiradora, uma lição de superação da dor e do sofrimento.
Mara Gabrilli, 26 anos, uma vida toda pela frente, sofreu uma mudança que muitos acreditariam ser o fim de uma vida. Mas esta jovem mostrou que para ela, era apenas o começo de uma nova história. Mara estava no carro com o namorado e um amigo, em Trindade, Rio de Janeiro, quando o veículo perdeu o controle na “curva da morte” e despencou 15m em um barranco, capotando várias vezes. Ela ficou tetraplégica e dependeu de assistência 24 horas por dia.
Mas nem por isso Mara Gabrilli desistiu de viver, e viver da melhor maneira possível. Ela confessa que maior que o medo de estar tetraplégica, era o de não conseguir respirar sozinha. E quando finalmente ela se livrou dos aparelhos, o fato de ter apenas 1% de chance de voltar a andar não pesou tanto.
Desde então, segue Mara Grabrilli derrubando barreiras. Esta psicóloga e publicitária trabalha cerca de 10 horas por dia. Foi convidada pelo Prefeito José Serra a assumir em 2005 a primeira secretaria do país voltada exclusivamente para cegos, surdos e outros deficientes. A partir daí Mara começou sua batalha para incluir na sociedade 1,5 milhões de deficientes e também, os 2 milhões de pessoas com mobilidade reduzida, que vivem na capital.
Mara já conseguiu fazer a diferença em sete áreas:
- Transporte: os ônibus adaptados passaram de 300 para 1.287;
- Cultura: o projeto arte inclui levou 7.500 deficientes ao cinema;
- Educação: desde 2008 qualquer pessoas pode solicitar impressão de livros em braile ou audiolivros;
- Trabalho: inclusão dos deficiente no mercado de trabalho;
- Esporte: pessoas com deficiência passaram a competir em modalidades paradesportivas;
- Acessibilidade: 11,3 milhões de reais investidos na reforma de 62 quilômetros de calçadas da cidade, acessíveis para deficientes;
- Habitação: Selo de Habitação Universal e Visitável, lançamento de imóveis que permitem acesso de pessoas com deficiência.
E ela não vai parar por aí, um capricho do destino fez com que a deficiência cruzasse o caminho de Mara, mas nem mesmo o fato de não poder se mover a impediu de continuar buscando resultados extraordinários.
Não importa o tamanho da barreira que o destino insiste em construir na sua vida, sempre existem ferramentas que vão lhe ajudar a potencializar o que você tem de melhor, que vai fazer com que você ouse ir além. Esta é a filosofia do Coaching, levar para todos os seres humanos essa ferramenta de desenvolvimento humano.