Entenda o que é feeling e seu papel na tomada de decisões

Feeling

 

Imagine que você está diante de uma grande decisão: seguir pelo caminho seguro ou arriscar algo novo? Nesse momento, uma voz interior parece sussurrar qual é a melhor escolha. Esse é o feeling, aquela intuição que muitas vezes nos guia, sem explicações lógicas imediatas. Mas será que podemos confiar nele? Qual é o seu papel na tomada de decisões?

Neste artigo, vamos entender como essa percepção sutil pode influenciar as nossas escolhas, quando devemos segui-la e como equilibrá-la com a razão. Prepare-se para entender melhor essa poderosa bússola interna e aprender a usá-la a seu favor!

O que é feeling?

A palavra feeling, de origem inglesa, pode ser traduzida para o português como “sentimento”. No entanto, o seu significado vai além dessa definição literal. O termo pode estar relacionado à percepção sensorial, como a sensação ao tocar algo, mas também à intuição, à cumplicidade e até mesmo àquela impressão inexplicável de que algo vai acontecer.

Nos últimos anos, o feeling tem sido cada vez mais incorporado ao nosso vocabulário, especialmente no ambiente corporativo. Nesse contexto, a palavra é frequentemente usada para descrever um pressentimento, uma percepção antecipada de um resultado futuro. Trata-se daquela voz interior que nos guia, muitas vezes sem uma justificativa lógica imediata, mas baseada em experiências, emoções e até mesmo na leitura inconsciente de sinais ao nosso redor.

Assim, podemos dizer que o feeling funciona como uma projeção do que esperamos ou tememos, influenciando as nossas decisões e nos ajudando a visualizar possíveis desdobramentos, antes mesmo que aconteçam. É um misto de instinto e conhecimento adquirido, que pode ser um grande aliado quando usado com sabedoria.

Ao longo deste artigo, vamos entender como o feeling se manifesta, qual é a sua importância na tomada de decisões e como podemos equilibrá-lo com a razão para fazer escolhas mais precisas, tanto na vida pessoal quanto profissional.

Como esse processo ocorre na vida pessoal e profissional?

O que realmente guia as suas decisões no dia a dia? Você se baseia apenas no conhecimento e na lógica ou confia no feeling para encontrar a melhor escolha? Seja na vida pessoal, seja no trabalho, tomamos decisões o tempo todo, e nem sempre temos certeza de que estamos seguindo o caminho correto. Mesmo depois de avaliar os prós e contras de cada opção, quando a dúvida persiste, é comum recorrermos à intuição para dar o passo final.

No ambiente profissional, por exemplo, é impossível eliminar completamente a influência do feeling. Muitas escolhas estratégicas, negociações e até mesmo contratações envolvem uma leitura subjetiva da situação. O mesmo acontece na vida pessoal: mesmo quando usamos dados concretos para embasar uma escolha, a nossa percepção emocional sempre exerce algum impacto.

Isso acontece porque sentir faz parte da natureza humana. Mesmo decisões que acreditamos ser 100% racionais são, em algum nível, influenciadas por emoções, valores e experiências passadas. Por isso, buscar um equilíbrio entre intuição e lógica é essencial. Técnicas como análise crítica, ponderação de cenários e até mesmo feedbacks de terceiros podem ajudar a tornar as decisões mais conscientes e alinhadas com os seus objetivos, sem deixar de lado a sabedoria do feeling.

O feeling também se baseia em conhecimento?

Muitas pessoas acreditam que a intuição surge do nada, como um pressentimento sem qualquer base concreta. No entanto, isso não é verdade. O feeling, na maioria das vezes, é resultado de um acúmulo de experiências e conhecimentos adquiridos ao longo do tempo.

Profissionais capacitados, por exemplo, conseguem tomar decisões mais rápidas e eficazes porque já vivenciaram situações semelhantes antes. Dessa forma, a intuição não é um simples “palpite”, mas sim uma resposta do nosso cérebro, que processa informações de maneira subconsciente.

Por isso, é fundamental que cada pessoa conheça bem a si mesma, compreendendo as suas emoções, padrões de pensamento e mecanismos internos de tomada de decisão. Essa autoconsciência ajuda a evitar armadilhas, como confundir intuição com impulsividade.

Nesse sentido, muitos profissionais, por falta de preparo, acabam justificando as suas escolhas apenas com base no feeling, especialmente quando não sabem mais como agir. Esse é um erro perigoso, pois decisões importantes exigem mais do que apenas uma sensação momentânea.

O ideal é buscar um equilíbrio entre a intuição e a razão. Basear-se exclusivamente no feeling pode ser arriscado, mas ignorá-lo completamente também pode levar a decisões frias e desconectadas da realidade. Portanto, estude, experimente e reflita sobre as suas escolhas. Quanto mais conhecimento você tiver, mais apurada será a sua intuição.

Como ocorrem as decisões baseadas em feeling?

Sempre que precisamos tomar uma decisão, o nosso cérebro analisa inúmeras possibilidades, muitas delas complexas. No entanto, para agilizar esse processo, ele cria atalhos mentais chamados heurísticas. Esses atalhos simplificam a escolha, mas são influenciados tanto por fatores emocionais quanto motivacionais.

As influências motivacionais são aquelas pressões internas que nos fazem sentir que determinada escolha é a melhor naquele momento. Normalmente, estão ligadas a objetivos de curto prazo e podem parecer extremamente vantajosas no instante da decisão. Porém, nem sempre são coerentes com metas de longo prazo, levando a escolhas impulsivas e, muitas vezes, contraditórias.

Já as influências emocionais estão diretamente ligadas aos nossos sentimentos. Durante muito tempo, acreditava-se que a melhor forma de tomar decisões era suprimindo as emoções, a fim de garantir racionalidade e coerência. Contudo, estudos recentes mostram que as emoções são parte essencial do processo decisório e que ignorá-las pode ser um erro.

Assim, quando recorremos à memória para avaliar situações semelhantes vividas no passado, a nossa lembrança não é apenas um registro lógico, mas carrega um componente emocional. Segundo o psicólogo Yaniv Hanoch, as emoções têm uma lógica própria e funcionam em conjunto com a racionalidade, ajudando o cérebro a definir os melhores caminhos. O segredo está em equilibrar a razão e a emoção para tomar decisões mais conscientes e alinhadas com os nossos objetivos.

O que é o feeling baseado em dados?

Embora as nossas decisões sejam influenciadas por emoções e racionalidade, no ambiente empresarial, confiar apenas no feeling pode ser arriscado. Existe uma expressão popular que diz que alguém tem “tino para negócios”, referindo-se a pessoas que percebem oportunidades e tomam decisões certeiras. No entanto, esse instinto não surge do nada. Ele é construído ao longo do tempo, com base na observação do mercado, na experiência e, principalmente, na análise de dados.

Muitas empresas surgem a partir de um pressentimento de que determinada ideia pode dar certo. No início, isso pode funcionar, mas, conforme o negócio cresce, a intuição sozinha não é suficiente. Se uma empresa atinge um nível global, por exemplo, tomar decisões sem embasamento pode levar a prejuízos enormes. Nesse contexto, a coleta e a análise de dados sobre o mercado, clientes e concorrentes tornam-se fundamentais.

Portanto, o feeling baseado em dados ocorre quando a intuição é complementada por informações concretas. Por exemplo, um diretor pode acreditar que a empresa precisa de um novo maquinário, mas, ao analisar os números, percebe que o equipamento atual ainda atende às demandas. Assim, unir intuição e dados permite decisões mais estratégicas, minimizando riscos e garantindo um crescimento sustentável.

Qual é a importância do feeling no ambiente empresarial?

Como você já deve ter notado, no mundo dos negócios, a intuição não é um simples pressentimento, mas sim um reflexo do conhecimento e da experiência acumulada ao longo do tempo. Ela funciona como um mecanismo mental que auxilia na tomada de decisões, permitindo que os profissionais interpretem cenários complexos de forma ágil e estratégica.

Todavia, o feeling empresarial não deve ser confundido com decisões impulsivas ou baseadas em achismos. Pelo contrário, ele deve ser utilizado como um complemento à análise de dados, à observação de tendências e ao planejamento estratégico. Quando um gestor ou empreendedor se apoia exclusivamente na intuição, sem embasamento concreto, corre o risco de tomar decisões desalinhadas com a realidade do mercado.

Além disso, é fundamental compreender que o feeling é subjetivo e pode variar de pessoa para pessoa. O que faz sentido para um profissional pode não ser a melhor abordagem para outro, especialmente em um ambiente corporativo, onde diferentes visões se cruzam. Por isso, antes de confiar na intuição, é essencial avaliar se ela está alinhada com os objetivos estratégicos da empresa e com as demandas do setor.

Assim, o feeling tem o seu valor, mas deve ser utilizado com cautela, sempre como um fator complementar, e não como o único critério decisório.

Usar o feeling ou critérios racionais?

Tomar decisões intuitivas pode ser um diferencial em ambientes onde a pressão exige respostas rápidas. Porém, a intuição não deve ser o único guia para todas as ações empresariais. Ela funciona melhor em momentos de urgência, mas nunca substitui um planejamento estratégico bem estruturado.

Para entender melhor, imagine que você precise contratar um novo colaborador e, após um rigoroso processo seletivo, tenha 2 candidatos com currículos praticamente idênticos. Ambos possuem qualificações semelhantes, e os critérios objetivos já foram considerados.

Nesse momento, o feeling pode ser um aliado na escolha final. Quando todos os fatores racionais estão equilibrados, a intuição pode ajudar a identificar nuances que não estão no papel, como alinhamento com a cultura da empresa ou o potencial de desenvolvimento do candidato.

Por isso, confiar apenas no feeling pode ser arriscado, especialmente em decisões estratégicas e de longo prazo. O equilíbrio entre razão e intuição é fundamental. O feeling deve ser utilizado como um complemento à análise de dados, e não como um substituto. Uma intuição bem treinada, baseada em experiência e conhecimento, pode levar a decisões mais precisas. Porém, quando mal utilizada, pode resultar em equívocos prejudiciais para o negócio.

Assim, para tomar decisões eficazes, é essencial encontrar esse equilíbrio. Ao unir análise racional e intuição, você amplia as suas chances de fazer escolhas estratégicas mais seguras e bem-sucedidas.

7 dicas para fazer um bom uso do feeling

Ao longo deste artigo, destacamos o valor do feeling para tomar decisões com mais rapidez e segurança. Também reforçamos a importância de equilibrá-lo com dados concretos, evitando escolhas impulsivas. Agora, confira 7 dicas práticas para aprimorar a sua intuição e utilizá-la de forma estratégica.

1. Desenvolva o autoconhecimento

Para saber quando confiar no seu feeling, é essencial ter um bom nível de autoconhecimento. Compreender os seus sentimentos, crenças e padrões de pensamento ajuda a diferenciar intuições confiáveis de percepções distorcidas. O coaching pode ajudá-lo nisso, pois promove uma investigação profunda sobre quem você é e como reage diante de desafios. Ao fortalecer esse entendimento, você conseguirá usar a intuição como uma aliada valiosa, identificando quando aponta para oportunidades reais e quando está sendo influenciada por emoções momentâneas.

2. Pondere antes de agir

Mesmo que o seu feeling seja forte, ele não deve ser seguido sem reflexão. Antes de tomar uma decisão baseada na intuição, faça uma pausa para ponderar. Anote a ideia e os passos necessários para executá-la. Em seguida, confronte esses pontos com a realidade. Há tempo, recursos e viabilidade para seguir adiante? O que os dados indicam sobre essa possibilidade? Esse exercício ajuda a evitar erros impulsivos e garante que a sua intuição esteja alinhada com uma análise racional.

3. Mantenha-se atualizado

Nenhuma intuição surge do nada. Assim, quanto mais conhecimento você acumula, mais apurada será a sua capacidade intuitiva. Para isso, mantenha-se informado sobre política, economia, tecnologia e as tendências do seu setor. Leia artigos, acompanhe notícias e participe de eventos. Além disso, interaja com pessoas de diferentes áreas. Conversas e experiências diversas ampliam a sua visão de mundo e enriquecem o seu repertório mental, tornando seus feelings mais embasados.

4. Valorize o silêncio mental

Uma mente sobrecarregada tem mais dificuldade em processar informações e gerar boas intuições. Por isso, é fundamental criar momentos de silêncio mental. Depois de alimentar o seu repertório mental, caminhar, tomar banho, meditar ou simplesmente ficar alguns minutos sem estímulos ajudam a organizar os pensamentos e permitir que ideias intuitivas aflorem naturalmente. Esse equilíbrio entre momentos de foco e relaxamento favorece o surgimento de feelings mais claros e eficazes.

5. Considere os feelings dos outros

A intuição não é uma habilidade exclusiva sua. Assim, outras pessoas também têm percepções valiosas que podem enriquecer a tomada de decisão da sua empresa, por exemplo. Portanto, esteja aberto a ouvir e valorizar as intuições de colegas, colaboradores e parceiros. Em vez de julgar ou descartar rapidamente uma ideia intuitiva alheia, analise-a com atenção e avalie se faz sentido para o contexto. Muitas vezes, as melhores soluções surgem da colaboração entre diferentes perspectivas.

6. Ouça a sua intuição, mas analise os dados

O feeling pode ser uma excelente ferramenta para direcionar decisões rápidas, mas deve ser complementado com dados concretos. Quando um feeling surgir, questione-se: de onde ele veio? Quais são os dados e fatos da realidade que justificam o aparecimento dessa ideia? Ao combinar a sua intuição com informações tangíveis, você pode tomar decisões mais precisas e equilibradas, sem se deixar levar exclusivamente pelas emoções.

7. Reflita sobre experiências passadas

Conforme citamos, é preciso manter-se informado para alimentar o seu repertório mental. Contudo, esse repertório também é formado com base em tudo o que você já viveu. Dessa forma, o seu feeling é moldado pelas experiências anteriores. Para aprimorá-lo, dedique tempo para refletir sobre as situações passadas, identificando como a sua intuição ajudou ou falhou. Esse aprendizado contínuo fortalece a sua capacidade de tomar decisões mais acertadas no futuro, calibrando o seu “radar”.

Em conclusão, o feeling, quando bem utilizado, pode ser uma ferramenta valiosa na tomada de decisões, ajudando a guiar escolhas rápidas e intuitivas. No entanto, é essencial combiná-lo com o raciocínio lógico e a reflexão sobre as experiências anteriores para aumentar a sua eficácia.

Ao cultivar autoconhecimento e compreender o impacto das emoções, é possível aprimorar essa habilidade e usá-la de forma mais eficaz. Usado com equilíbrio, o feeling pode tornar as suas decisões mais precisas e confiantes, potencializando o seu sucesso pessoal e profissional.

E você, querida pessoa, faz uso do feeling? Em quais situações? Como é o seu processo individual nesse aspecto? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

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