Cada pessoa possui uma maneira diferente de lidar com os acontecimentos da vida. O que pode ser considerado perturbador para alguém, por exemplo, pode ser completamente indiferente para outra pessoa.
Isso acontece porque cada indivíduo tem uma percepção diferente das coisas. Dessa forma, seu organismo se ajusta e reage de determinada forma perante a uma situação, resultando em uma grande variedade de indutores de estresse.
O ser humano pode recorrer às estratégias de Coping para auxiliá-lo na adaptação, especialmente em situações de vulnerabilidade. Essas estratégias são esforços e respostas emitidas pelo indivíduo para que ele próprio consiga lidar e administrar as circunstâncias de estresse que estão sobrecarregando seus recursos pessoais.
O objetivo desses esforços é alterar o ambiente para que o indivíduo se adapte de maneira confortável a uma situação ameaçadora. Essa mudança tende a diminuir seus efeitos colaterais. O método é constantemente utilizado na área da saúde para avaliar as possíveis reações das pessoas quanto a transtornos, doenças e tratamentos.
O que é Coping?
Traduzindo literalmente, a palavra “coping” do inglês temos: “lidar, reagir efetivamente a uma situação estressante ou problemática”. O termo é bastante aplicado para se referir a relações sociais em que o indivíduo precisa assumir uma postura de reação a situações estressantes. O foco está em reagir de forma a obter resultados positivos.
Trata-se de um padrão mental e emocional de funcionamento e de resposta. Esse padrão é ativado todas as vezes que o indivíduo entra em contato com uma situação de complexidade crescente. Funciona como a base de mudança de postura para situações que demandam outra resposta para situações que gerem dor, medo, ansiedade, angústia e dúvida.
Cada indivíduo possui seu próprio padrão de respostas, ou seja, as respostas “naturais”. Ressaltamos que os indivíduos podem desenvolver novos padrões, ou seja, novos tipos de respostas diante de situações que se mostram desafiadoras.
Tipos de Coping
Há diferentes formas de lidar com problemas e situações de tensão e não se pode dizer que existe uma mais ou menos correta. O ideal para quem deseja ter reações melhores é desenvolver os dois tipos de coping de maneira a pode utilizar quando achar mais adequado. Confira a seguir uma explicação a respeito dos tipos de coping.
Coping emotivo
Situações estressantes geram respostas emocionais, algumas dessas respostas podem ser físicas. Quando uma pessoa está ansiosa, estressada ou com medo, por exemplo, pode ter o ritmo dos seus batimentos cardíacos elevado, o aumento da pressão arterial, entre outros reflexos físicos.
O coping emotivo se refere ao esforço focado na emoção, e tem como objetivo nivelar o estado emocional da pessoa quanto ao resultado causado pelas situações de estresse. A tendência, nesse caso, é a de reduzir a sensação física negativa que o evento pode causar. É uma estratégia de enfrentamento mais ligada ao autoconhecimento com a gestão dos potenciais sentimentos negativos relacionados a determinadas circunstâncias.
O indivíduo pode usar estratégias de esquiva ou evitação para não se colocar diante dos fatores estressores. Geralmente, a adoção da esquiva e evitação se relaciona com a falta de confiança diante da situação estressante. A base para esse comportamento está na vivência de experiências negativas no passado. A pessoa sente que não tem o que é necessário para enfrentar a situação que lhe deixa apreensivo.
Nesse caso, é interessante apostar em técnicas que contribuam para o enfrentamento, como meditação e outros métodos que ajudem a se acalmar. Desenvolver inteligência emocional para enfrentar as situações estressoras é essencial para sair do modo de ser afetado por elas. A resiliência é uma característica que deve ser trabalhada por quem deseja mudar essa forma de se relacionar com situações de estresse.
Coping focalizado no problema
Antes de nos aprofundar devemos conceituar o que é problema nesse contexto. Problema é uma situação que possui alto impacto nos resultados, que podem ser positivos ou negativos, e que não se conhece as causas. Dessa forma, não se sabe exatamente como controlar ou ter influência sobre. Para essas situações há a estratégia de enfrentamento conhecida como coping focalizado no problema.
Tem como base o esforço focado na origem do problema, para que a pessoa consiga desenvolver mudanças quanto aos fatores que levaram à situação de estresse. Em outras palavras, é um esforço cujo foco está em resolver as causas do estresse para que a situação deixe de existir.
O indivíduo deve analisar o evento e, a partir dessa análise, tentar fazer um diagnóstico baseado no autoconhecimento. Recursos internos e externos devem ser reunidos com o objetivo de resolver a situação de forma ativa.
A resolução pode ser obtida através da mobilização de recursos pessoais, como seu conhecimento, network, entre outros. A solução pode ser também conquistada através de fatores externos, como conversar com pessoas envolvidas, por exemplo.
Existe nessa estratégia o desejo de se mobilizar para realizar um propósito pessoal e não se deixar abater. A pessoa compreende que não precisa recuar antes de tentar resolver a causa do que está lhe causando estresse.
Mostra-se imprescindível analisar as alternativas possíveis e como chegar a respostas. Deve-se evitar sucumbir antes de tentar resolver aquilo que está desestabilizando o seu emocional.
Desenvolvimento de Coping
Cada pessoa tem uma forma diferente de adaptação às situações de vulnerabilidade, assim como o interesse e o esforço para essas adaptações também se diferem. Todo indivíduo é capaz de desenvolver estratégias de adequação perante os elementos estressores. Para que esse processo seja possível, o ideal é que primeiramente a pessoa promova o autoconhecimento.
A partir desse conhecimento mais profundo de si mesmo é possível entender quais são as melhores estratégias de enfrentamento. O indivíduo deve saber como se sairá melhor de uma situação que lhe causa instabilidade emocional.
Existe o esforço de buscar por respostas que sejam satisfatórias diante de situações que são limitantes. A pessoa que desenvolve os dois tipos de coping tem ferramentas para superar aquilo que a limita. Trata-se de uma forma de potencializar a sua inteligência emocional.
E você, conhecia o método de Coping? Acredita que ele pode ser eficaz para a sua vida? Comente e compartilhe o conteúdo nas redes sociais.