Se você, em algum momento, acompanhou o noticiário nacional e internacional sobre economia, muito provavelmente se deparou com estas duas palavras: superávit e déficit. Esses termos são avaliações do cenário da economia de um país e indiciam se ele está indo bem nesse aspecto ou se está entrando num processo de endividamento.
Acompanhar a economia de um país é essencial para que cada pessoa saiba como agir, como poupar e como investir. Por isso, ter conhecimento acerca dos principais termos utilizados nessa área é essencial para que tenhamos uma correta compreensão do que acontece ao nosso redor. Dessa forma, se você deseja compreender o real significado de superávit e déficit, continue a leitura deste artigo.
O que é superávit?
Um superávit é um resultado financeiro positivo, registrado quando uma nação ganha mais do que gasta. O termo é especialmente empregado quando um país exporta (vende os seus produtos às outras nações) mais do que importa (compra de outros países).
Nas contas públicas, também é dito que há um superávit sempre que o governo consegue arrecadar mais recursos do que gasta. Por extensão, também podemos dizer que as contas de uma empresa, ou mesmo as contas individuais de uma pessoa, estão em superávit quando ela está lucrando, ou seja, quando ela está ganhando mais dinheiro do que gastando.
Resumidamente, pode-se dizer que um superávit é um saldo positivo, sinônimo de lucro ou de excedente, especialmente no que se refere a nações, estados, cidades e empresas. Por isso, é um termo especialmente empregado com frequência na área do comércio exterior.
Em teoria, um país que registra um superávit tem mais capacidade de investir em sua estrutura e na qualidade de vida de seus habitantes.
Quais são os tipos de superávit que existem?
Em uma nação, podem ser registradas três diferentes modalidades de superávit: o primário, o nominal e o comercial.
O superávit primário ocorre sempre que um governo consegue obter uma arrecadação superior aos seus gastos. Com esse valor economizado, a nação consegue pagar mais facilmente os juros das suas dívidas públicas.
Quando o superávit registrado é suficiente não apenas para pagar os juros da dívida, como também para pagar alguma parte da dívida em si, fala-se em superávit nominal. Dessa maneira, um país consegue quitar, ou ao menos diminuir, as dívidas que possui. Quando isso ocorre, o país consegue investir mais, diminuir impostos e emitir títulos com menos juros.
Além disso, o superávit nominal é visto com bons olhos no âmbito econômico, pois permite que os investidores estrangeiros entendam que aquele país consegue administrar adequadamente as suas contas públicas, indicando que ele honra os seus compromissos e que vale a pena investir nele.
Por fim, o termo superávit comercial é utilizado para se referir especificamente às relações comerciais exteriores. Ele é constatado quando um país exporta mais produtos e serviços do que os importa. Por exemplo: se um país obteve US$ 30 milhões em exportações e gastou US$ 20 milhões em importações, ele teve um saldo positivo, ou seja, um superávit de US$ 10 milhões. Nesse caso, o país é um credor, e não um devedor, o que tende a valorizar a sua moeda nacional.
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O que é déficit?
O déficit é o oposto do superávit, isto é, um resultado financeiro negativo. Ele é registrado quando as despesas estão maiores do que as receitas, indicando um potencial endividamento.
No comércio exterior, o termo também é utilizado sempre que um país importa (compra) mais produtos do que os exporta (vende para outras nações). Por extensão, o conceito também pode se aplicar a pessoas físicas e jurídicas toda vez que houver valores mais altos a pagar do que a receber.
Um déficit, portanto, é um cenário problemático que indica perda, escassez ou endividamento.
Quais são os tipos de déficit que existem?
Seguindo a mesma lógica dos tipos de superávit, também existem diferentes tipos de déficit. Um déficit primário ocorre quando esse resultado negativo não leva em consideração as despesas com juros de dívidas ou com correção monetária. Um déficit nominal, porém, indica que as despesas são superiores às receitas, incluindo os juros e as correções monetárias.
O déficit comercial, por sua vez, existe quando uma nação importa mais do que exporta e, com isso, gasta mais do que ganha. Se uma nação, por exemplo, obteve com as suas exportações o valor de US$ 50 milhões, mas gastou US$ 60 milhões com importações, esse país teve um saldo negativo, ou seja, um déficit de US$ 10 milhões.
Nesse caso, o país está comprando mais do que vendendo, o que compromete a sua situação econômica. Nesse cenário, a nação é classificada como devedora, e não como credora, o que tende a promover uma desvalorização da moeda nacional.
Por fim, também é comum aparecer no noticiário econômico o termo “déficit previdenciário”, que ocorre quando a Previdência Social paga mais benefícios do que os arrecada.
O que é balança comercial?
Ainda no cenário econômico, superávit e déficit (comerciais, especificamente) são conceitos associados à chamada balança comercial, outro termo frequente na economia e no comércio exterior.
A balança comercial é uma expressão utilizada para designar a diferença entre o valor que um país arrecada com as suas exportações e o valor que ele gasta com importações.
Quando um país exporta mais do que importa, ele obtém um saldo positivo, ou superávit. Nesse caso, fala-se que ele tem uma balança comercial favorável. Em contrapartida, sempre que uma nação importa mais do que exporta produtos e serviços, ela tem como resultado um saldo financeiro negativo, ou déficit. Nessas circunstâncias, é dito que a nação possui uma balança comercial desfavorável.
Em geral, os países mais desenvolvidos do mundo se destacam na exportação de itens eletrônicos, aparelhos tecnológicos, automóveis e medicamentos. Os países menos desenvolvidos, por sua vez, tendem a exportar mais os produtos primários (carnes, frutas, entre outros produtos da agricultura, da pecuária e do extrativismo).
PIB e desenvolvimento econômico
É importante ressaltar que a balança comercial de um país está bastante associada ao seu PIB (Produto Interno Bruto), que é um dos principais indicadores econômicos. Quando um país produz mais e exporta mais, ele cresce economicamente, e o PIB aumenta em consequência. Já quando as exportações do país diminuem, a tendência é que o seu PIB também seja reduzido.
Se um governo enfrenta um déficit comercial com frequência, ele pode lançar mão de alguns recursos para proteger a sua economia, como aumentar impostos sobre produtos importados, impor barreiras alfandegárias e oferecer protecionismo às instituições nacionais.
Que este artigo possa ter lhe auxiliado na compreensão dos conceitos de déficit, superávit e balança comercial. Assim, você será capaz de ter um entendimento mais aprofundado diante do noticiário econômico, especialmente no que diz respeito ao comércio exterior.
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