A música faz parte da vida humana desde tempos muito primitivos. Ela serve como uma trilha sonora para os nossos momentos, tanto os bons como os difíceis. A união de letra e melodia embala festas, expressa emoções, faz críticas e desperta amores intensos. Mas você sabia que a música tem sido utilizada até mesmo como um recurso do marketing para estimular compras?
No artigo a seguir, você vai entender como a música tem esse poder no comportamento de compra, quais são os benefícios do uso dessa estratégia e como escolher as músicas ideais para o seu ponto de vendas. Ficou curioso? Então, é só dar continuidade à leitura a seguir e descobrir os segredos das músicas para as compras!
Músicas podem mesmo estimular compras?
Sim, músicas podem estimular compras, e há um campo de estudos específico, chamado music branding, que explora como o som afeta o comportamento do consumidor. A música utilizada em um ambiente de compras pode influenciar a percepção dos produtos, a experiência do cliente e até o tempo que as pessoas permanecem na loja.
Aqui estão algumas formas como a música afeta o comportamento de compra:
- Ritmo e velocidade: músicas com ritmo mais lento geralmente incentivam os clientes a passarem mais tempo na loja, o que pode aumentar as chances de compra. Já músicas rápidas podem criar um senso de urgência, acelerando as decisões de compra.
- Volume: assim como o ritmo da música, o volume também pode ser estrategicamente manipulado. Um volume mais baixo gera conforto e faz com que as pessoas passem mais tempo no ambiente. No entanto, se a loja já estiver lotada e o objetivo for acelerar a rotatividade de clientes, é comum que as empresas aumentem o volume.
- Associatividade: canções familiares ou que evocam boas lembranças podem gerar uma conexão emocional positiva, aumentando a probabilidade de o consumidor fazer compras por impulso. Quem nunca entrou em uma loja e se deparou com “Então, é Natal”, não é mesmo?
- Consistência com a marca: a escolha de músicas alinhadas ao perfil do público-alvo e à identidade da marca reforça a experiência do cliente e pode tornar a marca mais memorável.
- Estímulo ao humor e bem-estar: músicas agradáveis podem melhorar o humor do consumidor, deixando-o mais disposto a gastar.
Por exemplo: em restaurantes, músicas clássicas incentivam o consumo de pratos mais caros, enquanto ritmos animados em lojas de roupas podem criar um clima mais propício para compras.
Como escolher as músicas ideais para a sua loja?
Escolher as músicas ideais para a sua loja requer atenção ao público-alvo, à identidade da marca e ao tipo de experiência que você deseja criar para os clientes. Confira algumas dicas para acertar na seleção.
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Conheça o seu público-alvo
A mais importante orientação que podemos dar na seleção musical é conhecer a fundo o seu público-alvo, afinal de contas, é sobre essas pessoas que você deseja ver um impacto positivo nas compras, não é mesmo? Portanto, escolha músicas que reflitam os gostos e interesses do seu público. Por exemplo, os jovens podem preferir ritmos pop ou eletrônicos, enquanto um público mais maduro pode apreciar jazz ou clássicos dos anos 1980. Considere idade, gênero, popularidade, entre outros fatores.
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Alinhe com a identidade da marca
A música deve transmitir a essência da sua marca. Uma loja de roupas sofisticadas, por exemplo, pode optar por música instrumental ou lounge, enquanto uma loja desportiva pode escolher ritmos mais enérgicos, como rock, música eletrônica ou hip-hop. É importante que haja uma coerência entre o estilo musical escolhido e a identidade da marca, considerando que o ponto de vendas precisa transmitir essa identidade e reforçá-la na mente do consumidor.
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Considere o ritmo e a energia
O ritmo lento é ideal para ambientes relaxantes, como livrarias e cafés, onde você quer que os clientes fiquem mais tempo. O volume mais baixo favorece as conversas entre casais, famílias e amigos. Por outro lado, os ritmos mais rápidos e até com um volume mais elevado funcionam melhor nas lojas que desejam obter mais dinamismo, como academias, lojas de esportes ou qualquer ponto de vendas com uma elevada rotatividade de clientes (quando o objetivo é atender o maior número de pessoas).
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Observe a hora do dia
Pela manhã, músicas mais suaves podem atrair clientes, já que as pessoas acabaram de acordar e ainda não estão naquele ritmo acelerado. Em compensação, os ritmos mais vibrantes podem ser mais adequados durante a tarde e à noite, momentos em que as pessoas estão no pico da sua energia, até porque já fizeram muitas coisas ao longo do dia. O importante é compreender as características da loja, do público e do momento em questão.
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Evite distrações
Uma dica importante, que muitas pessoas deixam passar, é: escolha músicas sem letras ou talvez com línguas menos conhecidas no país. A ideia dessa escolha é evitar que os clientes se distraiam ou se irritem. Tenha em mente que a música é um recurso adicional, mas que não pode se tornar a protagonista do seu ponto de venda. As pessoas devem ir ao local para comprar, e não para ouvir a música — que, nesse contexto, é uma ferramenta mercadológica.
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Teste e ajuste
Por fim, experimente diferentes playlists e observe como os clientes reagem. O tempo de permanência e o volume de compras podem dar pistas sobre o que funciona melhor. Nesse sentido, entenda a música como mais uma ferramenta de marketing que precisa ser monitorada e avaliada com frequência. Uma dica é utilizar plataformas de streaming ou serviços especializados em música para negócios, como Soundtrack Your Brand ou Rockbot para montar uma seleção alinhada ao seu espaço comercial.
Concluindo, as músicas que estimulam compras são uma ferramenta de marketing em constante expansão. Aliás, um estudo da Soundtrack Your Brand revelou que os estabelecimentos que utilizam trilhas sonoras alinhadas à identidade da marca tiveram um aumento de 37,1% nas vendas e um aumento de 42,24% no tempo de permanência. Invista nesse “auxílio” e aproveite os seus benefícios!
E você, querida pessoa, o que pensa a respeito do uso de músicas nos ambientes comerciais? Use o espaço a seguir para nos contar a sua experiência. Por fim, se este conteúdo o ajudou de alguma maneira, que tal levá-lo a todos os seus amigos, colegas e familiares? Compartilhe este artigo por meio das suas redes sociais!