Ao longo da história da humanidade, diversas mulheres mostraram que viviam à frente de seu tempo, superando barreiras, vencendo preconceitos e construindo seu legado de determinação e coragem. No artigo de hoje falaremos a respeito de algumas dessas mulheres extraordinárias e seus superpoderes, trajetórias que inspiram, mostram que elas são merecedoras de tudo o que já conquistaram e podem chegar ainda mais longe.
20 Mulheres Extraordinárias que fazem parte da história do Brasil
Em 1981, Erasmo Carlos deu voz a uma canção que tinha como tema as mulheres, e que começa declarando uma grande verdade: “Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda!”. De acordo com o dicionário, a palavra frágil se refere a algo que é indefeso e se quebra facilmente, tudo que as mulheres não são e as histórias que serão apresentadas a seguir deixam isso claro, acompanhe.
1 – Ada Rogato – Pioneira da aviação no Brasil
Ada Rogato foi uma mulher que voou alto, literalmente. Nascida em 1920, abriu espaço para outras mulheres em uma série de atividades de voo. Ela foi a primeira mulher a conseguir tirar uma licença de paraquedista, primeira pilota de planador e primeira pilota agrícola do Brasil. Ada voava em aeronaves de menor porte e preferia sempre fazer as viagens sozinha.
2 – Carmen Portinho – Engenheira e urbanista, lutou pelo direito ao voto feminino
Terceira mulher a se tornar engenheira e a primeira a receber o título de urbanista no Brasil, Carmen Portinho era atuante na luta pelos direitos das mulheres. Abraçou causas como o direito ao voto feminino, igualdade entre homens e mulheres e valorização da mulher no mercado de trabalho.
3 – Carolina Maria de Jesus – Uma das primeiras escritoras negras do Brasil
Carolina passou vários anos vivendo na Favela do Canindé, em São Paulo, e trabalhava como catadora de papéis para sustentar seus três filhos. Na época, ela escrevia suas experiências em um diário, que com o apoio de um jornalista, foi publicado em 1960. A obra, intitulada “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, foi traduzida para 14 idiomas e fez com que ela se tornasse uma das principais escritoras do país.
4 – Chiquinha Gonzaga – Primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil
Instrumentista, compositora e maestrina, a trajetória de Chiquinha se mistura com a história da música brasileira. Sua canção “Ó Abre Alas” foi a primeira marcha de carnaval do Brasil e realmente abriu alas para que outros artistas se unissem a ela para construir esse importante capítulo da cultura nacional.
5 – Dona Ivone Lara – Ajudou a compor a identidade cultural do Brasil através do samba
A Grande Dama do Samba, o nome de Dona Ivone Lara é sinônimo de carnaval. Sua paixão pela música começou na adolescência, quando aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba por influência de seus tios. Com o passar do tempo, tornou-se uma importante cantora e compositora e é uma figura de grande importância para a cultura nacional.
6 – Dorina Nowill – Idealizadora de diversas campanhas em prol dos deficientes visuais
Dorina perdeu a visão na adolescência, mas isso não impediu que ela se tornasse uma grande educadora e atuante na luta pelos direitos dos deficientes visuais. Seu primeiro feito foi convencer a instituição onde cursava magistério a incluir na grade de cursos uma especialização para o ensino de cegos. Foi a idealizadora da Fundação Dorina Nowill, que até hoje luta pela inclusão de deficientes visuais no Brasil.
7 – Dorothy Stang – Missionária que atuava na Amazônia
A religiosa Dorothy Stang nasceu nos Estados Unidos e aos 35 anos de idade veio morar no Brasil. Era atuante na Amazônia desde os anos 70, apoiando os trabalhadores rurais e ajudando a reduzir os conflitos por terras na região. Teve reconhecimento internacional por sua atuação em movimentos sociais no Pará.
8 – Georgina de Albuquerque – Uma das primeiras artistas brasileiras a construir uma carreira internacional
Nascida no final do século 19, Georgina se interessou por artes na adolescência, quando começou a ter aulas com um pintor italiano. O que era apenas uma atividade para ocupar o tempo se tornou sua grande paixão. Em 1922, ela teve sua primeira exposição, levando sua arte para mais pessoas e, através desse passo, tornou-se a primeira artista de Brasil a ser reconhecida internacionalmente.
9 – Hipólita Jacinta Teixeira de Melo – Fez parte do movimento de Inconfidência Mineira
Filha de grandes proprietários rurais, Hipólita nasceu em Minas Gerais, onde viveu toda a sua vida. Não teve filhos biológicos, mas adotou duas crianças, uma delas foi abandonada em frente à sua fazenda. Fez parte do movimento que ficou conhecido como Inconfidência Mineira, que tinha como objetivo a independência do Brasil, uma grande ousadia para uma mulher da época.
10 – Laudelina de Campos Melo – Defensora dos direitos das empregadas domésticas
Nascida no início do século 20, a mineira Laudelina era filha de escravos alforriados. Ainda na infância, foi obrigada a trabalhar como empregada doméstica e foi através dessa experiência dolorosa que posteriormente ela viria a se tornar um importante nome na luta pelos direitos das mulheres e, em especial, das empregadas domésticas.
11 – Lina Bo Bardi – Arquiteta modernista que projetou o MASP
O nome de Lina Bo Bardi não é muito popular, mas seu principal trabalho é um dos ícones da cidade de São Paulo: o MASP, Museu de Arte de São Paulo. Nascida na Itália, naturalizou-se brasileira em 1951 e se apaixonou pela cultura popular do Brasil. Além do MASP, também projetou o SESC Pompéia, Teatro Oficina, Casa Valéria Cirell, entre outros.
12 – Maria da Penha – Líder de movimentos de defesa das mulheres
No Brasil, Maria da Penha é sinônimo de justiça pelas mulheres que sofrem violência doméstica. A dona do nome foi uma dessas vítimas, tendo sofrido durante os 23 anos em que foi casada. Ela, então, transformou sua dor em luta e, em 2006, pode comemorar o sancionamento da lei que pune com mais rigor a violência contra a mulher.
13 – Maria Lenk – Primeira nadadora brasileira a bater um recorde mundial
Maria Lenk nasceu em 1915 e aos dez anos de idade sofreu com uma pneumonia dupla. Seus pais, então, decidiram que ela deveria fazer aulas de natação para fortalecer os pulmões e o que era apenas uma atividade para melhorar sua saúde se transformou em sua grande paixão. Ela participou das primeiras competições realizadas no Brasil, inclusive em mar aberto, bateu recordes e foi a única brasileira a entrar para o Hall da Fama da Natação.
14 – Maria Quitéria – Combatente da Guerra da Independência do Brasil
A história de Maria Quitéria parece um enredo de filme. Nascida no final do século 18, ela se vestiu como homem e se alistou para fazer parte do Batalhão Voluntários do Príncipe, para combater na guerra pela independência do Brasil. É conhecida como a primeira mulher a se alistar no exército brasileiro.
15 – Marinalva Dantas – Atuante na luta por condições dignas de trabalho
Marinalva é auditora do trabalho e, desde 1995, vem lutando no Brasil por melhores condições para os trabalhadores. Ela, que teve uma infância pobre, conseguiu estudar com a ajuda dos tios e já ajudou mais de duas mil pessoas a se libertarem da chamada escravidão moderna e do trabalho infantil.
16 – Marta Vieira – Eleita seis vezes como a melhor jogadora de futebol do mundo
A brasileira Marta é o principal nome do futebol feminino da atualidade. Das seis ocasiões em que recebeu o prêmio de melhor jogadora do mundo, cinco foram seguidas. Ela é realmente um fenômeno e luta para que a modalidade feminina do esporte seja cada vez mais difundida e valorizada.
17 – Nair de Teffé – Primeira caricaturista mulher do mundo
Nair de Teffé era cantora, atriz, pianista e pintora, uma artista completa que ganhou fama através de seu talento para fazer caricaturas. Como era uma novidade na época, em um dado momento chegou a fazer mais de vinte desenhos por dia. Além disso, também lançou a moda das calças compridas para mulheres no Brasil, uma grande ousadia para a época.
18 – Niède Guidon – Arqueóloga brasileira que luta pela preservação do Parque Nacional da Serra da Capivara
Niéde é um grande nome da arqueologia mundial, tendo recebido muitos prêmios. Com 87 anos, não tem planos de se aposentar. Uma de suas maiores lutas é pela preservação do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no Piauí, e pelo reconhecimento de sua teoria de que o povoamento da América ocorreu muito antes do que se imagina.
19 – Nise da Silveira – Psiquiatra que revolucionou o tratamento mental no Brasil
No passado, os tratamentos realizados com pessoas que possuem transtornos mentais eram bem diferentes do que são hoje. Nise foi uma das responsáveis por essa mudança, tendo sido atuante na luta por um atendimento humanizado, substituindo eletrochoques por tintas e pincéis.
20 – Zilda Arns – Médica e fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa
Pediatra e sanitarista, Zilda fundou as pastorais da criança e da pessoa idosa, ações sociais ligadas à CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, organização ligada à igreja católica. Através de seu trabalho, voltado para combater a desnutrição, a violência e o abandono, ajudou milhões de crianças e idosos.
Quantas mulheres extraordinárias já fizeram a diferença no Brasil, não é mesmo? Cada uma delas teve um papel importante em um capítulo da história brasileira e abriu espaço para que outras viessem em seguida.
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Fontes:
https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/55149.pdf
https://www.wikipedia.org/
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