O workaholismo, ou comportamento workaholic, consiste no vício em trabalho. Alguns podem até achar que essa ideia é positiva para a produtividade e para a situação financeira das pessoas, mas a verdade é que se trata de um vício, e, como tal, esse hábito é problemático.
Trabalhar compulsivamente pode prejudicar a vida das pessoas em diversas áreas, inclusive nos relacionamentos. Neste artigo, vamos compreender melhor como isso acontece. Continue a leitura e saiba tudo sobre o tema!
O que é workaholismo? Quais são as causas desse problema?
O workaholismo, também conhecido como comportamento workaholic, é um vício ou dependência do trabalho. Nesse caso, é identificado um padrão de comportamento em que o indivíduo, por conta própria — e não necessariamente por imposição de chefes ou clientes — trabalha de forma excessiva e tem dificuldade de se desligar das atividades profissionais, mesmo nos momentos de descanso e lazer.
Há diversas causas para esse problema, como o medo do desemprego, a pressão profissional, as altas ambições pessoais de crescimento nessa área da vida, a pressão social e até mesmo o trabalho como válvula de escape (o caso de quem usa as tarefas profissionais como meio de “fugir” dos problemas de outras áreas da vida, como a família e os relacionamentos).
Quais são os sinais desse comportamento?
Como todo vício, o workaholismo dá sinais. Por isso fique atento, de modo que você possa reconhecer esse problema em si mesmo ou nas pessoas com as quais convive.
- Dedicação excessiva: jornadas de trabalho muito longas, incluindo horas extras frequentes e fins de semana.
- Culpa: a pessoa se sente culpada por estar em um momento de descanso e lazer, como se devesse estar trabalhando sempre;
- Negligência de outras áreas da vida: a pessoa se descuida do relacionamento, da família, dos amigos, do lazer, do repouso e até da própria saúde. Há uma perda considerável de qualidade de vida;
- Dificuldade de “desligar”: mesmo longe do trabalho, o workaholic está sempre pensando ou falando no trabalho, checando e-mails profissionais etc.;
- Distrações e ausências: a pessoa pode não prestar atenção no que as pessoas dizem ou nas atividades que está executando, já que está sempre pensando no trabalho;
- Perfeccionismo: busca pela perfeição no trabalho;
- Consequências para a saúde: aumentam os quadros de estresse, ansiedade, depressão, gastrite, esgotamento, fraqueza etc.;
- Queda de produtividade: paradoxalmente, o excesso de trabalho leva ao esgotamento físico e mental, o que gera uma perda de energia e de produtividade, aumentando inclusive a ocorrência de erros.
Como esse vício pode afetar os casamentos/relacionamentos?
Há diversas formas pelas quais podemos identificar que o vício em trabalho está prejudicando um casamento ou relacionamento amoroso. Confira os principais sinais de que a relação está sendo desgastada por esse vício.
1. Distanciamento emocional
É comum que, nos momentos a dois, a pessoa workaholic esteja fisicamente presente, mas a sua mente está lá no trabalho. O parceiro pode estar falando algo importante, mas a atenção do indivíduo não está ali. Esse distanciamento emocional pode fazer com que o parceiro se sinta negligenciado, não ouvido e não valorizado.
2. Falta de tempo de qualidade
Esse pode ser o sinal mais fácil de identificar. A pessoa que trabalha excessivamente pode fazer muitas horas extras e até mesmo trabalhar aos fins de semana. Consequentemente, haverá menos tempo para os momentos a dois, como passeios, viagens, jantares especiais, relações sexuais, entre outros. Esse tempo escasso gera uma sensação de isolamento e solidão.
3. Comunicação prejudicada
Se a pessoa não está presente fisicamente ou se, mesmo quando está, não se concentra na conversa com a pessoa amada, é óbvio que a comunicação vai ficar prejudicada. Além da falta de tempo, pode haver uma falta de sintonia. Enquanto a pessoa amada quer conversar sobre a família, sobre os planos do casal, entre outros assuntos, o workaholic pode demonstrar desinteresse sobre essas temáticas que não estão relacionadas ao universo profissional.
4. Estresse e tensão
Com uma comunicação falha, ausências e distanciamento emocional, o parceiro certamente poderá se sentir negligenciado, o que gera momentos de tensão e estresse no casal. Enquanto o parceiro deseja atenção, o workaholic vivencia a pressão do excesso de trabalho e as consequências físicas e emocionais desse excesso. A insatisfação dos dois lados aumenta a tensão e gera situações de estresse.
5. Falha na divisão de responsabilidades
Para os casais que já vivem juntos, o vício no trabalho de um parceiro gera uma sobrecarga das tarefas de casa no outro. Enquanto um trabalha excessivamente, o outro precisa dar conta sozinho da educação dos filhos, da limpeza da casa, das compras, da cozinha, e por aí vai. Esse desequilíbrio gera uma sensação de solidão e injustiça e também desgasta a relação.
6. Risco de separação
Em consequência de todos os itens anteriores, o relacionamento desgastado pelo comportamento workaholic de um dos envolvidos obviamente corre mais risco de separação. Se esse comportamento persistir, se o casal não conversar e se os envolvidos não conseguirem conciliar as diferentes áreas da vida, vai ficar muito difícil que essa relação siga em frente.
Como você pode notar, é importante reconhecer que o workaholismo afeta não apenas o workaholic, mas também o seu parceiro e a dinâmica do relacionamento como um todo.
Para superar os desafios do workaholismo em um relacionamento, é crucial que ambos os parceiros se comuniquem abertamente, estabeleçam limites saudáveis e busquem ajuda profissional, se necessário. Nesse caso, os coaches de relacionamento e os terapeutas de casais podem fazer a diferença, com toda a sua experiência e técnicas de conciliação. O trabalho conjunto para encontrar um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal pode ser fundamental para preservar e fortalecer o relacionamento.
E você, ser de luz, já passou por algum momento de “vício” no trabalho ou já teve que lidar com alguém com esse comportamento? Como foi a sua experiência? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!