O conhecimento, como a palavra indica, é tudo aquilo que conhecemos, ou seja, que sabemos. Assim, uma pessoa pode ter conhecimentos sobre diversos temas: culinária, jardinagem, psicologia, arte, mecânica de carros, enfim, qualquer assunto que exista no universo.
Ter conhecimento é importante para que saibamos agir de forma eficaz, com vistas a alcançar os nossos objetivos. Em contrapartida, a falta de conhecimento pode nos levar a tomar decisões equivocadas, com resultados negativos.
Neste artigo, você vai compreender melhor o que é o conhecimento, quais são as suas definições possíveis, qual é a sua importância, quais são os tipos de conhecimento que existem e como nós podemos ampliá-los. Ficou curioso? Então, continue a leitura a seguir e expanda os seus conhecimentos sobre o próprio conhecimento!
O que é o conhecimento e qual é a sua importância?
O conhecimento é o conjunto de informações que o indivíduo adquire por meio da sua experiência, aprendizagem, crenças, valores e insights sobre algo no decorrer da sua trajetória. A pessoa que detêm o conhecimento é capaz de saber alguma informação ou instrução, podendo mudar comportamentos e auxiliar na tomada de decisões.
Assim, o conhecimento é capaz de transformar vidas e, se utilizado devidamente, contribui significativamente para a construção de um mundo melhor. Trata-se de um processamento complexo e subjetivo da informação absorvida por um indivíduo.
Além disso, ele é também a interação com processos mentais lógicos e não lógicos, com experiências anteriores, compromissos e vários outros elementos que fazem parte da mente de uma pessoa.
Dessa forma, são exemplos de conhecimento: o conhecimento sobre um fato, acerca de um produto/serviço, proveniente de estudos ou experiências, o conhecimento das leis, o autoconhecimento etc. O conhecimento é o principal fator de influência nas decisões, atitudes, comportamentos e perspectivas. Na verdade, ele expande o potencial infinito do ser humano.
As pessoas, por terem diferentes origens e experiências, têm também conhecimentos distintos. Essa diversidade é o que nos complementa e nos permite evoluir em sociedade.
Quais são as definições de conhecimento possíveis?
Podemos definir o termo “conhecimento” de diferentes maneiras, conforme você vai conferir na sequência.
O conhecimento no dicionário
O dicionário traz definições gerais e abrangentes, que mostram que o termo pode ser entendido de diferentes formas: “1. Ato ou efeito de conhecer. 2. Ideia, noção. 3. Informação, notícia, ciência. 4. Prática da vida, experiência. 5. Discernimento, critério, apreciação. 6. Consciência de si mesmo, acordo”.
Assim, esse nobre instrumento da língua reforça a ideia de que o conceito de conhecimento é plural e abrangente. Trata-se de conhecer algo, seja por meio de uma aprendizagem formal e acadêmica, seja pela própria experiência de vida. Ele ainda inclui a ideia de discernimento, ou seja, a capacidade de diferenciar as informações e de usá-las nos contextos adequados.
O conhecimento segundo Sócrates: a opinião justificada pela verdade
Até os dias de hoje, a definição de conhecimento desenvolvida por Sócrates é uma das mais aceitas pelos acadêmicos. Como o filósofo grego não deixou qualquer tipo de material escrito sobre os seus pensamentos, o que sabemos sobre a sua forma de raciocinar são os textos de Platão, um de seus principais discípulos.
Diálogos sobre o significado da palavra “conhecimento” aparecem em textos famosos de Platão, como Mênon, Timeu, Teeteto e República. Neles, o conceito é definido como uma opinião verdadeira que tem justificativas. Sendo assim, o conhecimento e a opinião se separam devido ao viés racional inerente ao primeiro.
Mas o que seria uma opinião justificada pela verdade? Essa resposta não foi obtida pelos filósofos clássicos. Nos seus textos, tanto Platão quanto Aristóteles apresentam uma noção bastante vaga sobre tal ponto. Essa definição é explorada mais claramente pelos autores modernos, que utilizam o conceito de “evidência” para justificar que uma opinião é, na verdade, um conhecimento.
Quando migramos esse olhar para o campo científico, a evidência ganha ainda mais peso, podendo ser obtida por uma observação empírica. Ela também pode surgir por meio de explicações de cunho mais abstrato, como as equações físicas que justificam a movimentação de um corpo celeste, cuja verificação ainda não é possível.
O conhecimento na pedagogia
O conhecimento dentro da pedagogia tem como função fazer com que a pessoa aprenda, de forma rápida, sobre determinado assunto. Isso se dá a partir da aplicação e fixação de conceitos, matérias e princípios que já foram apreendidos por outras pessoas. Trata-se de um processo inerente à educação, por meio do qual as pessoas adquirem saberes e os conectam uns aos outros.
A base pedagógica alimenta a educação em todas as fases da vida acadêmica, desde a educação infantil até os cursos de graduação e especializações profissionais. Ainda tendo como referência o método socrático, partimos das ideias mais simples para as mais complexas, respeitando o grau de desenvolvimento intelectual do indivíduo. É isso o que ocorre nas escolas, faculdades e até nos treinamentos corporativos.
O autoconhecimento
Por sua vez, o autoconhecimento diz respeito ao conhecimento que o indivíduo tem sobre si mesmo. Quando ele desenvolve tal habilidade, consegue identificar as suas competências e trabalha os seus pontos de melhoria. Ele também compreende quais são os seus medos, limitações e expectativas, fortalecendo a sua inteligência emocional, repensando as suas atitudes e adaptando-se mais facilmente às mudanças.
Assim, desenvolver o autoconhecimento é algo importantíssimo. É conhecendo a si mesmo que a pessoa consegue tomar decisões mais compatíveis com o que a faz feliz. Isso vale para todas as áreas da vida: escolher uma área profissional, um parceiro de vida, uma cidade para morar, enfim, todas as suas escolhas. Assim, o autoconhecimento nos leva a descobrir o que queremos e o que não queremos para as nossas vidas.
Como o conhecimento pode ser aplicado?
Saber que um fato constitui uma verdade justificada é só o primeiro passo. Mais importante do que obter conhecimento é a gestão aplicada a ele. Em outras palavras, é necessário saber de que forma a pessoa utiliza o conhecimento adquirido para transformar a sua vida e das outras pessoas, sempre para melhor.
Por exemplo: imagine se um médico descobrisse a cura de uma doença e guardasse esse conhecimento apenas para si. De nada adiantaria, não é mesmo? Por isso, o conhecimento precisa ser transformado em ações práticas, de modo que possa beneficiar a vida da pessoa portadora daquele saber, bem como de quem mais puder usufruir do conhecimento em questão.
Dessa forma, o conhecimento pode e deve ser aplicado na vida de cada pessoa, na educação (propagação do conhecimento), na vida profissional, no poder do exemplo e até mesmo no auxílio do dia a dia que prestamos a quem precisar daquilo que sabemos.
Quais são os tipos de conhecimento que existem?
Existem diferentes tipos de conhecimento. Portanto, confira, na sequência, os principais deles.
Conhecimento científico
O conhecimento científico diz respeito a informações e dados que apresentam comprovação com base em métodos científicos. Para que esse conhecimento se torne possível, é necessário que sejam realizados testes e pesquisas capazes de comprovar determinada teoria. Em outras palavras, esse termo se refere a um conjunto de proposições que devem ser seguidas para se chegar à “verdade sobre algo”.
O método científico foi discutido abertamente pela primeira vez na famosa obra de René Descartes, Discurso do Método. O autor faz um resgate histórico dos conceitos utilizados para se chegar à “verdade”.
Basicamente, esse método parte do pressuposto de que tudo pode ser reduzido a partes cada vez menores e que deverão ser analisadas separadamente. Dessa definição, surgiu a famosa frase: “para compreender o todo, basta compreender as partes”.
De maneira simplificada, o método científico é o grupo de regras lógicas essenciais para se chegar a um novo conhecimento ou revisar um antigo. Para que ele exista, é necessário que a proposição tenha passado por essas 4 etapas:
- Observação: verificação de um fato ou das consequências de uma experiência;
- Hipótese: suposições sugeridas pelo pesquisador que explicariam tal fenômeno observado;
- Lei: descrição do fenômeno e do seu funcionamento;
- Teoria: explicação lógica obtida após a realização de diversos experimentos que comprovem que a lei proposta seja realmente uma verdade repetível. Pode ser obtida com provas empíricas ou abstratas.
Conhecimento teológico
É o conhecimento com embasamento religioso. Nesse sentido, ele não tem comprovação científica, pois norteia as suas explicações por meio de uma fé incontestável.
Assim, esse conhecimento varia de acordo com as tradições religiosas existentes e até mesmo com a experiência de fé de cada indivíduo. Pode ou não se embasar na leitura e na reflexão sobre textos e livros sagrados. O mais comum é que seja transmitido entre as gerações, de acordo com a cultura local.
Conhecimento empírico
O conhecimento empírico nada mais é do que o senso comum, o popular. É aquilo que é identificado a partir da vivência, observação e experiência do ser humano com o ambiente, com as outras pessoas e com o mundo em geral.
Por isso, esse tipo de conhecimento não se preocupa em coletar as informações com base científica, mas sim com base nas tradições, o que aumenta as chances dos erros acontecerem. Esse conhecimento é baseado nas experiências e observações das pessoas.
Conhecimento filosófico
No conhecimento filosófico, é levada em consideração a relação indivíduo/rotina, norteada pelas suas reflexões subjetivas. Portanto, não são levados em consideração aspectos materiais. Por meio desse tipo de conhecimento, são construídas questões acerca do mundo e do ser humano.
O conhecimento filosófico, por mais que não seja necessariamente científico, é racional, uma vez que deriva de reflexões profundas, feitas por diversas pessoas ao longo da história. Geralmente, os conhecimentos filosóficos dedicam-se a temas como: ética, moral, existência humana, verdade, linguagem e natureza.
Questionamentos e hipóteses são constantes na Filosofia, mas esses conhecimentos são puramente teóricos. Nessa área, muitas vezes, as perguntas são mais importantes do que as próprias respostas.
Quais são as diferenças entre dado, informação e conhecimento?
Os conceitos de dado, informação e conhecimento são constantemente confundidos. Dessa forma, é importante diferenciá-los. Entenda cada um deles:
Dado
O dado se refere a um conjunto de códigos. Quando eles são interpretados, passam a ter um significado e se tornam um registro de um evento. Podem ser repassados de um sistema para outro ou, ainda, de uma pessoa para outra. Quando isso acontece, ou seja, quando o dado é repassado, a pessoa obtém uma informação. Nesse sentido, é possível afirmar que o dado é a base da informação. Em outras palavras, um dado é um fato bruto.
Exemplo de dado: a temperatura do paciente é de 38ºC.
Informação
Como dito anteriormente, a informação é a interpretação de um ou mais dados dentro de um contexto. É isso o que a torna um elemento com significado, não apenas para uma pessoa específica, mas também para grupos diversos. Ela pode ser acumulada, processada e repassada. Quando a informação é decodificada, ela se torna a base para a construção do conhecimento.
Exemplo de informação: se a febre humana é registrada a partir de 37ºC, um paciente com 38ºC de temperatura corporal está com febre.
Conhecimento
O conhecimento, por fim, nada mais é do que a informação tratada e absorvida por uma pessoa, geralmente com associações com outras informações. Quando isso acontece, a informação interage com processos mentais, insights, crenças, valores e experiências do indivíduo, o que ocasiona uma tomada de decisão e mudança de comportamento.
Exemplo de conhecimento: se o paciente está com febre, é importante medicá-lo com um antitérmico e verificar se há alguma infecção em andamento.
Quer descobrir o poder do conhecimento? Assista ao vídeo a seguir!
Como podemos ampliar os nossos conhecimentos?
Ampliar os conhecimentos é algo que todos buscam (ou deveriam buscar!), afinal de contas, eles são a matéria-prima para tomadas de decisão eficazes, tanto na vida pessoal como na vida profissional. Assim, na sequência, você vai conferir algumas sugestões de atitudes que ampliam os conhecimentos das pessoas.
1. Leitura e pesquisas
Ler é uma maneira de absorver as informações registradas por outra pessoa. Isso se vê nas escolas, nas universidades, na leitura de manuais de instruções, no acompanhamento de notícias, na leitura por prazer, enfim, em uma infinidade de contextos. Nesse sentido, a internet também é uma grande aliada, pois democratiza o acesso das pessoas aos dados e permite que possamos pesquisar rapidamente sobre qualquer assunto — mas devemos verificar se as fontes são confiáveis!
2. Viagens e passeios
As viagens permitem que possamos sair de um lugar familiar e conhecer um lugar novo, que pode ser um bairro, uma cidade, um estado ou um país. Isso amplia os nossos conhecimentos sobre pessoas, cultura, religião, arte, estilos de vida, história, geografia, natureza, economia, entre outros. Além disso, diversos passeios potencializam essas descobertas, como as visitas a museus, exposições, monumentos, eventos, festas, celebrações, entre outros.
3. Observação e conteúdos consumidos
A observação, desde os primórdios da humanidade, é uma valiosa fonte de conhecimentos. Foi observando a queda de objetos, por exemplo, que Isaac Newton descobriu a aceleração gravitacional. Assim, você pode e deve observar tudo ao seu redor atentamente para iniciar as suas reflexões. Nesse sentido, saiba que os conteúdos que você consome também podem levar até você muitas informações: jornais, revistas, livros, filmes, séries, desenhos, músicas, palestras, peças teatrais etc.
4. Conversas
Podemos aprender muito conversando com outras pessoas. Conforme citamos anteriormente, as pessoas têm conhecimentos distintos, e a conversa é um dos meios mais práticos para compartilhar saberes. Por isso, ao conversar com um amigo, familiar, professor, estudante, colega de trabalho, chefe, vizinho, médico ou psicólogo, por exemplo, você pode ter acesso aos conhecimentos dessa pessoa, enquanto compartilha os seus com ela.
5. Atividades práticas e vivências em geral
Muitas vezes, é agindo e testando possibilidades que descobrimos o que funciona e o que não funciona. Dessa forma, as atividades práticas também são valiosas fontes de conhecimento. É o bom e velho “é errando que se aprende”. Aprender a dirigir, por exemplo, segue essa lógica. Por mais que você receba instruções orais ou escritas, é na prática que você vai efetivamente aprender. Na vida, boa parte dos conhecimentos que adquirimos vem justamente das nossas ações e dos nossos erros.
Concluindo, como você pode notar, o conhecimento é um conceito abrangente e complexo. Ele é um somatório de informações e dados obtidos ao longo da vida, de acordo com as possibilidades acima descritas. Quanto mais conhecimentos você tiver, mais terá chances de obter bons resultados quando colocá-lo em prática. Aproveite!
E você, ser de luz, de que maneiras amplia os seus conhecimentos? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!