Você sabia que a subjetividade representa tudo aquilo que se passa no íntimo do indivíduo? E que influencia a maneira como enxergamos o mundo, demonstramos os nossos sentimentos e criamos conclusões sobre as coisas?
Pois bem, tudo isso acontece sem um padrão definido e sofre influências da cultura, da educação, da religião e das experiências adquiridas ao longo das nossas vidas. Dessa forma, expomos a nossa subjetividade quando expressamos o nosso ponto de vista, de acordo com aquilo que conhecemos e vivemos no dia a dia.
Neste artigo, vamos entender melhor o conceito de subjetividade e como ele se relaciona com diferentes esferas da vida: sociedade, arte, psicologia, vida pessoal e vida profissional. Vamos compreender também como o coaching pode despertar a subjetividade e potencializar essa força em cada indivíduo. Ficou curioso? Para saber mais sobre o tema, é só dar continuidade à leitura a seguir!
Subjetividade: entendendo o conceito
O conceito de subjetividade é muito discutido pela literatura e por artigos de psicologia. O filósofo, ensaísta e professor da Universidade de Barcelona, Gonçal Mayos Solsona, aborda o assunto em sua obra “O Iluminismo frente ao Romantismo da subjetividade moderna”.
A esse respeito, o autor afirma que a subjetividade pode ser entendida como o espaço íntimo do indivíduo, ou seja, como ele “instala” a sua opinião ao que é dito (mundo interno) e como ele se relaciona com o mundo social (mundo externo). Isso resulta tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural, que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações.
Em outras palavras, a subjetividade é aquilo que torna cada indivíduo único, pois varia de pessoa para pessoa. Ela consiste em diferentes fatores: valores, personalidade, emoções, sentimentos, opiniões, hábitos e experiências de vida. Assim, a subjetividade é o oposto da objetividade. Enquanto a subjetividade diz respeito às interpretações individuais, a objetividade se refere ao que é prático, racional e direto, sendo igual para todos.
Dito isso, fica claro que é por meio da nossa subjetividade que construímos a nossa identidade e que estabelecemos os relacionamentos com o “outro”. Esse relacionamento nos insere dentro de esferas de representação social, em que cada sujeito ocupa o seu papel de agente dentro da sociedade.
Subjetividade e sociedade
A subjetividade é o que nos torna únicos. Ao mesmo tempo, porém, ela gera identificação e aproximação das pessoas que identificam semelhanças entre si. É assim que a sociedade se organiza em classes, tribos, círculos de amizade, religiões, profissões, entre outros grupos de afinidades.
Quando falamos em sociedade, é comum encontrarmos o termo “massa”, em que o conceito de indivíduo é “diluído”. A subjetividade, porém, resgata a força individual de cada pessoa, por mais que esteja inserida em determinados grupos sociais. Trata-se de uma dualidade importante na atualidade, pois os interesses do indivíduo e da sociedade estão sempre em jogo.
Subjetividade e arte
A subjetividade tem tudo a ver com o universo da arte. Na literatura, na pintura, no teatro e em outros tipos de arte, o artista frequentemente expressa os seus sentimentos, opiniões e visões de mundo. Aliás, é exatamente isso o que torna cada artista e cada obra de arte únicos. Alguns historiadores da arte inclusive analisam as obras para tentar compreender melhor a história de vida dos artistas.
Além da história de vida de cada artista, a arte frequentemente é influenciada pelo local e pela época em que foi produzida (contexto histórico-social). Nesse sentido, alguns estilos de época são mais subjetivos, como o Romantismo, enquanto outros são mais objetivos, como o Realismo.
Além da produção dos artistas, as próprias pessoas expressam a sua subjetividade quando são expostas à arte. Em uma exposição ou em um museu, por exemplo, uma obra de arte pode provocar determinados sentimentos em uma pessoa, mas despertar interpretações completamente diferentes em outra.
Subjetividade e psicologia
A subjetividade também é um conceito extremamente importante na área da psicologia. Sendo esta a área de estudo da mente humana em sentido individual, é fundamental que os profissionais da área considerem cada indivíduo único, sem generalizações.
Dessa forma, a psicologia procura compreender o universo que é a mente de cada pessoa. Ela procura analisar a personalidade, os valores, as emoções, os sentimentos, a história de vida, os hábitos, os valores e as crenças de cada pessoa e como tudo isso impacta os resultados obtidos nas diferentes áreas da vida, incluindo a saúde mental.
Diversos especialistas no tema, como Freud e os behavioristas, tentam entender como a subjetividade de cada pessoa se forma. Para alguns, ela é um produto da mente inconsciente e da mente consciente. Para outros, ela é muito influenciada por fatores externos, sobretudo pela sociedade.
Impactos da subjetividade na vida pessoal
A subjetividade influencia consideravelmente a vida pessoal de qualquer indivíduo. A roupa que você veste, as palavras que você usa, a profissão que você escolhe, o curso que você faz, o hábito que você desenvolve, a forma como você lida com as suas emoções, as pessoas com as quais se relaciona, enfim, tudo depende da sua subjetividade.
Cada indivíduo é único, de modo que cada pessoa age e reage de uma forma igualmente única. Enquanto algumas pessoas lidam bem com o término de um relacionamento, por exemplo, outras podem ficar deprimidas por algum tempo. Mesmo que, objetivamente, essas pessoas tenham passado por situações semelhantes, subjetivamente, a interpretação dos fatos foi diferente.
Portanto, as nossas emoções, decisões, ações e reações são muito impactadas pela nossa subjetividade. É por isso que a sua personalidade, a sua história de vida, a sua religião, o seu contexto sociocultural, entre tantos outros fatores subjetivos influenciam os seus caminhos e tornam a sua trajetória verdadeiramente única.
Impactos da subjetividade na vida profissional
Como podemos notar, a subjetividade está diretamente ligada à forma como interagimos com as demais pessoas e às relações que construímos com elas. Justamente por isso, é impossível pensar que o conceito não se aplique ao desempenho profissional de um indivíduo.
Em uma realidade em que as organizações têm exigido que os seus colaboradores assumam cada vez mais responsabilidades, fica clara a importância dos gestores entenderem a necessidade de conhecer um pouco mais sobre os efeitos do trabalho na construção da subjetividade dos seus colaboradores. Devem compreender, também, o seu papel quanto ao despertar dela de forma positiva, a fim de agregar valor nas relações de trabalho e gerar mais e melhores resultados para a empresa.
O termo “trabalho”, aliás, tem o seu significado geral entendido como esforço, frequentemente no sentido de lida penosa ou pesada. No entanto, ele pode ser exatamente o “gatilho” para despertar o melhor lado de um profissional. De acordo com o artigo “Por um trabalho, fator de equilíbrio” de Christophe Dejours, especialista em medicina do trabalho e em psiquiatria, é preciso entender como a relação de trabalho pode contribuir para a construção da subjetividade.
Dejours defende que, apesar do estereótipo que o trabalho humano adquiriu historicamente, ele não é para o homem, em sua essência, um dever inevitável, uma contrariedade. Pelo contrário, ele pode representar o que de mais humano existe no homem: a criatividade, a expressão da sua marca essencial e a subjetividade, representando um fator essencial ao equilíbrio e desenvolvimento humano. Mesmo que duas pessoas tenham a mesma profissão, a forma como cada um trabalha é única.
Assim, podemos entender que a construção da subjetividade acontece, também, por meio da relação de trabalho. Nesse contexto, fatores como cultura organizacional, hábitos, costumes, modelo de gestão, estilo de liderança, tecnologia e maturidade, podem interferir na formação dos profissionais. Por isso mesmo, é importante destacar que as empresas precisam avançar no que se refere às políticas de gestão de pessoas, uma vez que as relações formais e informais entre colaborador e empresa também impactam na construção da subjetividade e na sua vida pessoal.
O despertar da subjetividade: psicologia positiva
É preciso entender o que leva os indivíduos a se sentirem plenos e realizados. É necessário identificar as virtudes e forças de caráter que sustentam verdadeiramente as emoções positivas, estimulam o alto desempenho e promovem o bem-estar e a prosperidade.
Nesse sentido, é possível aplicar os princípios do coaching e da psicologia positiva, o mais moderno estudo da psicologia, que foi desenvolvido no final do século XX por Martin Seligman, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Trata-se da mais moderna vertente do desenvolvimento humano para despertar a subjetividade do indivíduo.
Com o intuito de compreender os traços positivos das pessoas e como eles se manifestam, é possível abrir novas perspectivas para a apreciação do potencial do ser humano, ou seja, de explorar e desenvolver de forma eficaz tudo o que ele é e como ele se relaciona com o outro no âmbito pessoal e profissional. Assim, a psicologia positiva não tem o propósito apenas de curar os males da mente, mas também de despertar o que há de melhor em cada ser, respeitando a sua subjetividade, rumo à felicidade.
O despertar da subjetividade: coaching
Ciente da importância do assunto e da sua responsabilidade social em promover o desenvolvimento das pessoas, o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) criou a formação em psicologia positiva. O curso oferece um conteúdo diferenciado, exclusivo, que atende às exigências do desenvolvimento pessoal e profissional, com foco na felicidade, nos resultados positivos e no despertar da subjetividade do indivíduo.
A formação em psicologia positiva ministrada pelo IBC possui um rico embasamento teórico dessa que é a mais contemporânea vertente da psicologia e dos seus impactos sobre o coaching. Ela tem como finalidade oferecer aos alunos os mais modernos conceitos, práticas, ferramentas e técnicas de compreensão do potencial humano, da gestão e do desenvolvimento de pessoas, por meio de uma visão multifocal.
Confira os benefícios de aplicar o coaching e a psicologia positiva para despertar a subjetividade:
- Ampliar e aprimorar os conhecimentos em psicologia positiva;
- Criar novas perspectivas;
- Aumentar o nível de controle sobre as próprias emoções;v
- Aumentar e desenvolver hábitos que ampliam a energia das pessoas;
- Despertar plenamente o potencial e as capacidades individuais;
- Obter conhecimentos da neurociência e da programação neurolinguística (PNL);
- Identificar, praticar e experimentar as verdadeiras motivações;
- Compreender positivamente eventos psicológicos;
- Compreender os efeitos da positividade no comportamento;
- Reavaliar objetivos de vida e desenvolver planos de ação.
O programa é destinado às pessoas que objetivam atingir alto desempenho em todas as áreas da vida e que queiram agregar o diferencial de se especializar no que há de mais moderno nas ciências humanas.
Conclusão
Concluindo, a subjetividade é o que nos torna únicos. Tudo aquilo que varia de pessoa para pessoa é a subjetividade, o que inclui: sentimentos, opiniões, visões de mundo, crenças, valores, e por aí vai. Compreender essas questões nos ajuda a entender a sociedade, a arte e a própria mente humana — sobretudo com o auxílio da psicologia e do coaching.
E você, querida pessoa, já tinha parado para pensar em como as concepções a partir da psicologia histórico-cultural e das relações de trabalho podem influenciar diretamente a sua subjetividade, individualidade, personalidade e identidade? Fique de olho e desperte o seu melhor lado na vida pessoal e profissional!
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