Síndrome do Pavio Curto – O que é e quais as suas consequências?

Mulher gritando

Veja quais são os sintomas da Síndrome do Pavio Curto.

Perder a paciência em certas situações é natural e pode acontecer com qualquer pessoa. Contudo, existem indivíduos que desenvolvem esse tipo de reação explosiva de forma mais intensa. Chamada popularmente de síndrome do pavio curto, o Transtorno Explosivo Intermitente pode acometer indivíduos a partir dos seis anos de idade.

Siga a leitura para saber mais a respeito dessa condição, seus sintomas e consequências.

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O que é a Síndrome do Pavio Curto?

A expressão popular pavio curto é autoexplicativa, afinal, quando uma bomba tem pavio curto ela explode mais rapidamente ao ser acesa do que as demais. Assim acontece com pessoas que sofrem com o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI).

Um indivíduo que não sofre com a condição leva mais tempo para perder a paciência. Além disso, quando chega ao seu limite, a reação de raiva costuma envolver palavras ríspidas e nada muito além disso. Agora, em se tratando de alguém que sofre com o TEI, além de a reação vir mais rápido, é totalmente explosiva, podendo oferecer riscos.

A raiva é experimentada de forma totalmente aumentada por alguém que possui a síndrome do pavio curto. Assim, é capaz de quebrar objetos, se machucar e até machucar outras pessoas por não conseguir conter o turbilhão de emoções que carrega dentro de si.

Sintomas da Síndrome do Pavio Curto

A síndrome do pavio curto pode gerar diversos tipos de comportamentos explosivos. É importante ter atenção em relação a esse tipo de atitude, especialmente quando se torna frequente. Como mencionado, crianças a partir de seis anos de idade podem começar a apresentar sinais do problema.

Veja, a seguir, quais são os principais sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente, que se dividem entre comportamentais, físicos, cognitivos e psicossociais. Lembrando que eles podem variar de acordo com o modo de manifestação e a intensidade.

Sintomas comportamentais

Quando o assunto é comportamento, o indivíduo com a síndrome do pavio curto pode apresentar:

  • Agredir pessoas verbal e fisicamente;
  • Desentendimentos frequentes com pessoas do convívio;
  • Machucar a si mesmo;
  • Perder a paciência facilmente no trânsito;
  • Quebrar objetos e atirá-los longe;
  • Atentar contra a própria vida.

Sintomas físicos

Os comportamentos que uma pessoa com a síndrome do pavio curto apresenta geram diversos sintomas, como:

  • Formigamento pelo corpo;
  • Grande fadiga após uma crise de nervos;
  • Sensação de pressão na cabeça e peito;
  • Tremores;
  • Zumbidos no ouvido.

Sintomas cognitivos

A cognição é uma função psicológica ligada ao aprendizado e à percepção. Indivíduos que sofrem do Transtorno Explosivo Intermitente podem apresentar os seguintes sinais cognitivos:

  • Incapacidade de se concentrar;
  • Enfrentar problemas na escola ou trabalho;
  • Descontrole dos pensamentos.

Sintomas psicossociais

Por fim, estão os sintomas psicossociais, que estão ligados tanto a aspectos psicológicos quanto sociais, acompanhe:

  • Sensação de perda de controle sobre si mesmo;
  • Mudança de humor repentina antes de uma crise;
  • Baixa tolerância a frustrações;
  • Sentimento de vergonha e culpa após uma crise.

Consequências da Síndrome do Pavio Curto

Indivíduos que sofrem da síndrome do pavio curto lidam com uma série de consequências geradas através do transtorno. Embora cada um tenha a sua própria experiência, algumas das consequências mais comuns incluem:

  • Violência doméstica;
  • Abandono escolar;
  • Abuso de álcool e outras substâncias;
  • Dificuldade para socializar e conviver com outras pessoas;
  • Desenvolver problemas físicos, como doenças cardíacas, pressão alta, dores crônicas, entre outros;
  • Ter os relacionamentos prejudicados;
  • Prejuízos acadêmicos e profissionais.

Possíveis causas da Síndrome do Pavio Curto

A síndrome do pavio curto pode surgir ainda na infância ou adolescência. Não há consenso entre especialistas sobre as possíveis causas, contudo, acredita-se que possam ter origem genética, ambiental ou fisiológica.

Causas genéticas

Assim como ocorre com diversos tipos de transtornos, a síndrome do pavio curto pode ter causas genéticas e ser passada dos pais para os filhos.

Causas fisiológicas

Outro fator que se acredita que possa gerar a síndrome do pavio curto é algum tipo de distúrbio no funcionamento do cérebro.

Causas ambientais

Por fim, estão as causas ambientais, que são tidas como as mais prováveis. É bastante comum que pessoas que apresentem a síndrome do pavio curto tenham sido criadas por famílias com a presença de abusos. Quando o indivíduo cresce em um ambiente violento, as chances de se tornar um adulto com esse mesmo comportamento são muito grandes.

Fatores de risco da Síndrome do Pavio Curto

Além das causas, existem dois fatores que podem aumentar as probabilidades de uma pessoa sofrer a síndrome do pavio curto.

Em primeiro lugar, está a preexistência de outro transtorno, como os de personalidade limítrofe e, também, o antissocial, além de outros ligados a perturbações. Em segundo lugar está o histórico de agressões e abusos, especialmente na infância. Aqueles que passaram por experiências traumáticas têm mais riscos de desenvolverem o problema.

Como prevenir a Síndrome do Pavio Curto?

Qualquer pessoa que comece a ter crises de descontrole de raiva frequentes deve buscar ajuda médica especializada. De qualquer forma, aqueles que não chegam a ter um transtorno, mas se mostram um pouco mais impacientes do que os demais, podem e devem adotar estratégias de prevenção. Confira algumas sugestões de medidas capazes de ajudar.

Desenvolver novas formas de pensar: existem muitas formas de refletir sobre um mesmo assunto, ampliar a mente para novas perspectivas pode ajudar no controle da raiva.

Focar na resolução de problemas: quando um problema aparecer, evite focar na frustração que ele gerou, direcionando esforços para resolvê-lo.

Utilizar técnicas de relaxamento: existem diversas técnicas de relaxamento que podem ajudar no controle da raiva e de impulsos em geral, com respiração consciente e mindfulness.

Evitar o uso de substâncias capazes de alterar o humor: quem tem tendência para desenvolver a síndrome do pavio curto deve evitar o uso de substâncias que possam intensificar ações impulsivas.

Mudar de ambiente quando se sentir irritado: mais uma ação capaz de ajudar a controlar a raiva é mudar de ambiente. O fato de sair de um contexto estressante e ir para outro local ajuda a clarear as ideias e se acalmar.

A síndrome do pavio curto é um transtorno grave que deve ser tratado com seriedade por especialistas!

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