Diferentes fatores interferem no processo de aprendizagem de uma criança, tendo destaque dentre eles a emoção. Aprender as primeiras regras, que posteriormente serão aplicadas à vida em sociedade, tem grande valor para a construção de uma formação emocional consistente.
Diversos teóricos da educação reconhecem na afetividade o berço da socialização dos indivíduos. É através dela que os primeiros ensinamentos são transmitidos às crianças. A emoção tem um papel fundamental no desenvolvimento dos pequenos nos primeiros anos. Essa é uma fase em que as crianças demandam mais atenção de quem está à sua volta.
As crianças precisam ter afetividade na escola e em casa para que possam se desenvolver, tanto no âmbito cognitivo quanto social. No artigo a seguir iremos falar mais sobre a relação existente entre afetividade e aprendizagem. Boa leitura!
O que é afetividade?
Quando nasce, o ser humano é imaturo e para sobreviver precisa da companhia do outro. Tal necessidade se traduz como amor. Os pais da criança, ao identificarem essa necessidade de proteção, desenvolvem o sentimento de amor por seu filho. Esse encontro do amor do filho pelos pais e do amor dos pais pelo filho é o que dá origem à afetividade.
O sentimento de afetividade, contudo, não se desenvolve apenas entre pais e filhos. Nossos ancestrais, os homens primitivos, nos deixaram a lição de que para sobreviver é essencial viver em grupo, o que expande a afetividade. Do ponto de vista biológico, consiste em “cuidar”, o ser humano por ser frágil demanda inúmeros cuidados.
Dessa forma, a afetividade é uma dinâmica de relação que começo no momento em que um indivíduo se liga a outro através do amor. A criação dessa ligação leva ao surgimento de um sentimento também profundo e complexo. No decorrer da história da humanidade, está diretamente ligada à preocupação com o bem-estar do outro.
Qual a relação entre afetividade e aprendizagem?
A afetividade consiste em um conjunto de fenômenos que o ser humano experimenta e vive sob a forma de emoções e sentimentos de alegria, tristeza, dor, satisfação, prazer, agrado ou desagrado. Logo, é essencial para o processo de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo dos indivíduos.
Os sentimentos e as emoções servem de instrumento para que o indivíduo aprenda. A interação e a troca com as pessoas à sua volta fortalecem e ampliam os horizontes. Exatamente por isso, a afetividade tem uma função essencial na vida das pessoas desde que elas nascem. Trata-se de um elemento crucial para a primeira fase de desenvolvimento humano. O homem é um ser afetivo que, no decorrer da vida, vai se tornando mais racional.
A afetividade e a autoestima
Ao falar sobre a relação existente entre afetividade e aprendizagem, é fundamental destacar o papel da primeira na constituição de uma autoestima positiva. A autoestima é preponderante na relação professor-aluno, pois ela confere a confiança para o desenvolvimento do modo de pensar particular de cada um. Também é a autoestima elevada que ajuda no enfrentamento dos problemas e na construção da ideia de que todo mundo tem o direito de ser feliz.
A autoestima é a autoimagem, também pode ser compreendida como o amor-próprio. Em outras palavras, é a forma como a pessoa vê a si mesma, pode se caracterizar por um sentimento de aceitação ou rejeição de quem se é. Uma pessoa que se vê de forma positiva apresenta autoestima elevada ou positiva. Já aquele que se desvaloriza ou não se aceita como é tem autoestima baixa ou negativa.
Uma pessoa com autoestima positiva acredita em si e que possui habilidades que são passíveis de gerar admiração nos outros. Porém, um indivíduo que possui autoestima negativa acredita que não merece o amor dos outros e que não tem capacidade de realizar nada sozinho.
Autoestima e afeto: qual é a sua relação no ambiente escolar?
A escola é o local em que a criança terá contato com o primeiro meio social diferente daquele da sua família. Nesse novo meio é necessário que a criança se adapte e se submeta às regras sociais.
No convívio escolar a criança formará novos vínculos afetivos e isso poderá se refletir na construção da sua identidade. O mundo passa a ser visto e compreendido através das relações com outras pessoas que não são seus familiares.
Através dessas relações, a criança irá adquirir ferramentas para compreender como deve se portar no meio social. Nesse contexto, o professor tem grande impacto, ele é a referência, o modelo que a criança tem para construir sua forma de interagir com o mundo. A afetividade é uma base sólida em que se pode desenvolver indivíduos que têm uma relação mais saudável com seus pares.
O desenvolvimento com base na afetividade
A afetividade na escola contribui para que os alunos se sintam valorizados e assim possam desenvolver uma autoestima mais positiva. Ter seu ponto de vista considerado e valorizado é uma forma de encorajar o aluno a se manter buscando o aprendizado constante. A relação do professor com o aluno contribuirá para que ele apresente melhor ou pior desempenho.
Quando o aluno se sente valorizado, temos o que se chama de alimentação psicológica. Em contrapartida, quando o estudante se sente diminuído, passa pelo o que se chama de desnutrição psicológica. Uma escola efetiva é aquela que conduz o indivíduo a descobrir por si mesmo a alegria de viver. Uma pessoa com bom aprendizado é uma pessoa com boa autoestima.
Dessa forma, fica evidente que, em muitos casos, o professor é quem pode ajudar mais no desenvolvimento do aluno. Por meio de ferramentas do afeto, o educador pode instigar no estudante o desejo de saber mais sobre as suas qualidades e sobre o mundo à sua volta. A disciplina com afeto contribui para que o indivíduo em aprendizagem desenvolva mais a sua autoestima.
Há na escola papel essencial para o desenvolvimento socioafetivo das crianças. Desenvolve-se a relação com o outro para desenvolver a aprendizagem. A escola, assim como a família, tem grande relevância para a construção do desenvolvimento infantil. A afetividade é imprescindível para que a aprendizagem ocorra tal qual deve.
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