Provavelmente, você já ouviu alguém dizer uma palavra de uma forma que você não estava acostumado a ouvir ou que não aprendeu assim na escola. No lugar de tirar sarro, exibindo preconceito linguístico, faça a escuta ativa e ouça o que o outro tem a dizer.
Nesse caso, o recomendado é que você converse com a pessoa que disse algo fora do comum para entender porque ela está falando desse jeito. Pode ser uma expressão característica do local que ela vem e você não sabia disso, por exemplo. Você ainda aumenta o seu conhecimento! Pode ser também, algo que ela adicionou ao vocabulário ao longo da vida ouvindo dos outros, pois não teve chance de aprender na escola.
No Brasil, 3 em cada 10 jovens e adultos são considerados como analfabetos funcionais, de acordo com o Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) de 2018. A partir desse dado, é possível extrair diversos tipos de análises e questionamentos. Um deles é a possibilidade da língua culta desaparecer, afinal uma parcela dos brasileiros vai aprender regras e vocabulários somente em conversas no dia a dia.
Mas será que as palavras do português desaparecem ou simplesmente se transformam ou evoluem? Tome como exemplo o termo culto “vossa mercê” que, com o passar do tempo, tornou-se “voismecê” e “vossancê” até chegar ao que conhecemos hoje em dia como “você”. Na língua falada o “você” ainda pode ser dito com o som do “c” somente. E na linguagem escrita na internet, é possível ler abreviações como “vc”.
O modo como falamos, as expressões tradicionais, os termos bairrista, os ditados populares são peculiaridades valiosas de cada povo e região, que formam a história daquelas pessoas. Mais do que isso, provam que a língua é viva e pode passar por transformações. Ou seja, a língua falada e a escrita estão em constante mudança, baseada nos fatos que acontecem na realidade. De certa forma, podemos dizer que a língua falada por um povo, reflete a história dele.
Justamente por ser algo tão vivo, não é justo não respeitar um modo de falar simplesmente por não seguir a norma culta do português ou por representar um determinado grupo social. No livro “Preconceito Linguístico – o Que é, Como Se Faz”, o autor Marcos Bagno, que é professor, linguista e filólogo, discorre sobre a reprovação de variedades linguísticas de menor valor social. Ou seja, expressões faladas que estão diretamente ligadas a pessoas com condições sociais menos favorecidas.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a importância de estudar o contexto antes de entrar em uma onda de preconceito linguístico, é importante entender como isso pode influenciar no seu cotidiano profissional.
O que o estudo do preconceito linguístico pode influenciar na sua carreira
Um profissional que preza pela excelência deve ter a comunicação assertiva como um dos pilares. Quem está achando que isso significa ser extrovertido, está muito enganado! É importante saber conversar com as pessoas do jeito certo e na hora certa.
Entre as características da comunicação assertiva, está a habilidade de estabelecer um diálogo e um relacionamento interpessoal com diversos tipos de profissionais de diferentes áreas e níveis. Isso ajuda a transitar melhor entre os setores, criando pontes no lugar de obstáculos.
Ainda faz parte de uma comunicação assertiva, exercer a humildade e a empatia para fazer a escuta ativa e realmente compreender o que o outro tem a dizer. Justamente entender o contexto antes de julgar, como dissemos acima. Quem pretende ser um líder, essa caraterísticas deve ser ainda mais relevante. Afinal, é preciso ouvir quais são as dificuldades que o seu time deve lidar todos os dias.
Essa estratégia de escutar os outros e compreender cada contexto profissional e social é essencial para que todos realmente ouçam o que você quer dizer. Ou seja, o modo que você fala pode ficar ainda mais assertivo se você souber como as pessoas que estão te ouvindo vão te entender mais facilmente.
Para saber mais sobre a relevância da boa comunicabilidade dentro dos ambientes corporativos, leia esse artigo sobre a comunicação eficaz nas organizações.
O que fazer agora
Se você acredita que pode evoluir ainda mais nesse sentido, saiba que você já deu o primeiro passo lendo esse artigo. A partir de agora é interessante que você busque por referências musicais, literárias e cinematográficas que fujam da sua zona de conforto. Também faz parte desse processo, conversar com pessoas que estão fora do seu círculo de amizade para conhecer histórias diferentes e que não estão relacionadas ao seu estilo de vida.
Seguindo esses passos simples, fica mais fácil conhecer novas expressões, aumentar seu vocabulário e entender sobre a importância dos acontecimentos históricos na formação da língua falada. Você pode começar escolhendo um filme diferente antes de ir ao cinema, procurando por blogs que falem de assuntos incomuns para você ou pedir dicas para amigos que já estão em contato com diferentes culturas.
Outra atividade interessante é a leitura do livro “Preconceito Linguístico – o Que é, Como Se Faz”, que recomendamos acima. Além de você aprender sobre a importância da língua viva, você pode encontrar dicas relevantes para melhorar a sua forma de se comunicar no dia a dia no seu local de trabalho. Quem sabe a sua mensagem não é melhor compreendida com pequenas mudanças, não é mesmo?
Mas se você quiser se aprofundar ainda mais e encontrar a sua plenitude profissional, pode contar com o coaching, que pode ajudar nesse sentido. O método ensina sobre comunicação assertiva, por meio de exercícios como o autoconhecimento, inteligência emocional e autodesenvolvimento. Um dos pontos de destaque e tem influência real na sua vida é que você aprende quais são os caminhos que você precisa seguir para ser uma pessoa melhor dentro e fora do trabalho, praticando e entendendo mais sobre si mesmo.
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