Egocentrismo: lidando com pessoas egocêntricas

Egocentrismo

Conheça as principais características do Egocentrismo

 

Conviver com pessoas egocêntricas pode ser um verdadeiro desafio. Lidar com alguém que sempre coloca as próprias vontades, opiniões e necessidades em primeiro lugar exige equilíbrio emocional e muita paciência. Mas será que é possível compreender esse comportamento e aprender a lidar com ele de forma mais leve e saudável?

Este artigo foi feito justamente para quem deseja entender melhor o que está por trás do egocentrismo e, principalmente, descobrir caminhos mais conscientes e respeitosos para lidar com esse tipo de pessoa — no trabalho, em casa ou em qualquer outra área da vida. Boa leitura!

O que é egocentrismo?

O egocentrismo é a tendência que algumas pessoas têm de enxergar o mundo apenas a partir do próprio ponto de vista, como se tudo girasse ao redor delas. Em outras palavras, é quando um indivíduo se coloca constantemente no centro das atenções, valorizando excessivamente as suas próprias opiniões, desejos e conquistas, muitas vezes ignorando ou minimizando as experiências e sentimentos alheios.

Por isso, as pessoas egocêntricas costumam ter dificuldade em ouvir o outro com genuíno interesse, insistem em impor as suas ideias, acreditam que apenas as suas histórias são dignas de atenção e, por vezes, se veem como superiores aos demais. Esse comportamento pode se manifestar de forma sutil, como uma constante necessidade de aprovação, ou de maneira mais evidente, com arrogância, vaidade excessiva e falta de empatia.

Naturalmente, essas atitudes podem gerar sérios impactos na convivência social e, especialmente, no ambiente profissional. Nas equipes de trabalho, o egocentrismo dificulta a cooperação, prejudica a construção de relações saudáveis, enfraquece o marketing pessoal — afinal, ninguém quer estar ao lado de quem só pensa em si — e pode até comprometer a reputação do colaborador, afetando as suas oportunidades de crescimento.

Portanto, reconhecer o egocentrismo é o primeiro passo para desenvolver habilidades mais equilibradas, aprender a ouvir, respeitar diferentes perspectivas e cultivar relações mais maduras e enriquecedoras.

Quais são os tipos de pessoas egocêntricas?

O famoso neurologista Sigmund Freud (1856-1939), considerado o pai da psicanálise, trouxe importantes contribuições para a compreensão do comportamento humano — inclusive do egocentrismo. Em seus estudos, ele descreve o ego como a parte mais consciente da nossa personalidade, aquilo que chamamos de “eu”.

Essa dimensão interna é construída a partir das nossas vivências, valores, cultura e experiências, sendo o filtro por onde percebemos e interpretamos tudo ao nosso redor. Em algum momento, todos nós podemos agir de maneira egocêntrica, mas o problema surge quando isso se torna um padrão.

Existem dois tipos principais de comportamento associado ao ego: o excesso de ego e a falta dele. No primeiro caso, conhecido como egocentrismo “positivo”, a pessoa é confiante, focada em resultados e quer se destacar. Esse perfil pode impulsionar o sucesso profissional, desde que haja equilíbrio para não cair na arrogância ou na dificuldade de ouvir o outro.

Já no segundo caso, o egocentrismo “negativo”, a pessoa tem baixa autoestima, se sente inferior e evita se expor por insegurança. Isso pode prejudicar o seu rendimento no trabalho, gerar desmotivação e afetar as relações interpessoais. Independentemente do tipo, as pessoas egocêntricas tendem a não perceber o impacto do próprio comportamento, o que pode sabotar a sua trajetória profissional e pessoal.

Valorizar o ego, portanto, não é algo ruim — quando há equilíbrio. Reconhecer o próprio valor, agir com confiança e foco é essencial, mas sempre com empatia, respeito e humildade. O excesso ou a ausência do ego pode ser prejudicial; por isso, encontrar o ponto de equilíbrio é o que realmente contribui para o sucesso de forma saudável e duradoura.

Por que algumas pessoas agem com egocentrismo?

Algumas pessoas agem com egocentrismo por diversos motivos, que geralmente estão ligados à sua história de vida, personalidade, experiências emocionais e até ao ambiente em que cresceram. O egocentrismo pode ser uma forma de defesa, uma maneira inconsciente de se proteger de inseguranças, frustrações ou medo de rejeição. Quando alguém sente que precisa provar o seu valor o tempo todo, pode focar excessivamente em si mesmo, sem perceber o impacto disso nos outros.

Além disso, fatores como baixa autoestima, carência afetiva, necessidade constante de validação e até modelos familiares centrados no “eu” também podem alimentar esse tipo de comportamento. Em outros casos, o egocentrismo pode vir da falta de autoconhecimento e de empatia, o que dificulta a compreensão das necessidades e sentimentos alheios.

Pessoas que sempre foram muito elogiadas ou pouco confrontadas durante a vida também podem desenvolver um senso exagerado de importância pessoal, acreditando que as suas opiniões, desejos e conquistas são mais relevantes do que os dos outros. Por fim, em algumas situações, o egocentrismo é passageiro e surge em momentos de estresse, competição ou pressão, quando o foco excessivo em si mesmo parece uma maneira de sobreviver ou de se destacar naquela situação específica.

A boa notícia é que o egocentrismo pode ser transformado com autoconhecimento, desenvolvimento emocional e escuta ativa. Ao perceber o próprio comportamento e as suas causas, é possível aprender a equilibrar o valor pessoal com o respeito e a consideração pelos outros.

Como o egocentrismo pode prejudicar a vida profissional?

No universo profissional, pessoas com um ego inflado podem até entregar resultados de qualidade e se destacar tecnicamente. No entanto, quando passam a se enxergar como o centro das atenções e dos interesses, esse comportamento pode se tornar um problema sério para a convivência em equipe e para a harmonia no local de trabalho.

Líderes egocêntricos, por exemplo, tendem a gerar medo, sufocar ideias e bloquear o crescimento dos demais. Já os colaboradores que buscam brilhar o tempo todo podem acabar se tornando competitivos de maneira excessiva, prejudicando o espírito de equipe. Em ambientes colaborativos, a atuação de todos é essencial, e atitudes centradas apenas no “eu” comprometem a sinergia e os resultados coletivos.

Diante disso, vale observar atentamente alguns pontos que podem ser afetados por esse comportamento:

  • Relações desgastadas: pessoas que se colocam como superiores e sempre tentam dominar os holofotes transmitem uma imagem arrogante. Esse comportamento afasta colegas, provoca conflitos e prejudica o clima organizacional.
  • Falta de visão de conjunto: trabalhar sozinho, sem ouvir ou delegar, impede que as habilidades do time sejam aproveitadas. Isso enfraquece o desempenho da equipe e pode atrasar o alcance de metas.
  • Isolamento social: focar apenas nas próprias vontades, sem considerar o outro, gera distanciamento. Todos gostam de ser ouvidos e acolhidos, e a falta de empatia pode levar à perda de apoio no ambiente profissional.

Como lidar com pessoas egocêntricas?

Lidar com pessoas egocêntricas pode ser um desafio, especialmente quando é necessário conviver com elas no dia a dia — no trabalho, em casa ou em círculos sociais. Contudo, com estratégias adequadas, é possível manter relações mais saudáveis, proteger o seu bem-estar emocional e, quem sabe, até inspirar mudanças positivas no comportamento do outro. Veja algumas dicas importantes:

  • Mantenha limites claros: pessoas egocêntricas tendem a invadir espaços, impor as suas opiniões e dominar conversas. Assim, é essencial estabelecer limites firmes, deixando claro o que é aceitável ou não nas suas interações.
  • Evite confrontos diretos: enfrentamentos podem provocar reações defensivas e até agressivas. Por isso, prefira abordagens sutis, usando a escuta ativa e questionamentos construtivos, sem acusar ou julgar.
  • Seja assertivo: defenda os seus pontos de vista com clareza e respeito. Pessoas egocêntricas costumam desconsiderar as necessidades dos outros, então, expressar-se de forma firme é essencial para ser ouvido e respeitado.
  • Não alimente o ego: evite reforçar o comportamento egocêntrico com elogios exagerados ou concordância automática. Ao não alimentar esse padrão, você contribui para que a pessoa reflita sobre as atitudes dela.
  • Valorize o diálogo: sempre que possível, incentive conversas francas sobre colaboração, empatia e trabalho em equipe. Isso pode ajudar a pessoa a enxergar a importância de ouvir e valorizar o outro.
  • Cuide da sua saúde emocional: a convivência constante com o egocentrismo pode ser desgastante. Por isso, preserve o seu equilíbrio emocional, pratique o autocuidado e, se necessário, busque apoio psicológico.

Em muitos casos, a mudança de comportamento só acontece com tempo e autoconhecimento. Até lá, proteger-se emocionalmente e agir com empatia e sabedoria pode fazer toda a diferença.

E se o egocêntrico for eu?

Apontar o comportamento egocêntrico dos outros pode ser fácil — difícil mesmo é olhar para dentro e reconhecer atitudes semelhantes em si. Entretanto, todos nós, em algum momento da vida, podemos agir de forma egocêntrica, ainda que sem perceber. Por isso, é essencial praticar o autoconhecimento: fazer pausas, refletir sobre as nossas ações, analisar como temos tratado as pessoas e compreender quais impactos causamos ao nosso redor.

Esse exercício de autoanálise exige coragem e sinceridade, mas é libertador. Ele permite identificar comportamentos que podem estar afastando amigos, familiares ou colegas de trabalho, abrindo espaço para mudanças positivas. Um sinal importante a se observar é a dificuldade em considerar outros pontos de vista. Se escutar o outro parece desnecessário ou incômodo, é hora de repensar.

No ambiente corporativo, por exemplo, líderes e colaboradores que reconhecem essa tendência e se abrem ao feedback construtivo têm mais chances de evoluir pessoal e profissionalmente. Ouvir a percepção dos outros pode ser um valioso espelho, revelando atitudes que antes passavam despercebidas. Ao acolher essas percepções, é possível traçar novos caminhos, baseados no respeito, na empatia e na colaboração.

Se você perceber traços egocêntricos em si, não se culpe — veja isso como uma oportunidade de crescimento. Buscar apoio — por meio de cursos, coaching ou terapia — pode ajudar a desenvolver relações mais equilibradas e saudáveis. Lembre-se: reconhecer é o primeiro passo para transformar.

Como o coaching pode ajudar?

Lidar com o egocentrismo, em si mesmo ou nos outros, pode ser desafiador, mas não impossível. Com o auxílio do coaching, é possível transformar essa realidade. Por meio de técnicas práticas e ferramentas bem direcionadas, essa metodologia ajuda o indivíduo a desenvolver uma nova forma de enxergar a si mesmo e o mundo ao redor, abandonando posturas centradas apenas em si e cultivando relações mais equilibradas e empáticas.

As ferramentas estimulam o autoconhecimento, a comunicação eficaz e a inteligência emocional — 3 fatores que nos ajudam a mitigar o egocentrismo em nós mesmos, bem como a lidar com o egocentrismo alheio.

Investir em coaching é investir no desenvolvimento humano. Profissionais que têm clareza dos seus pontos fortes e também das áreas em que precisam evoluir tendem a atuar com mais motivação, propósito e colaboração. Isso impacta diretamente os resultados — tanto individuais quanto coletivos.

Assim, para quem busca essa transformação, vale a pena conhecer o Professional & Self Coaching (PSC), a formação mais completa do Brasil, oferecida pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC). Trata-se de uma jornada profunda de autoconhecimento e crescimento pessoal, que pode ser o ponto de virada na sua vida e carreira.

Conclusão

Em conclusão, o egocentrismo pode dificultar relacionamentos, limitar oportunidades e comprometer o crescimento pessoal e profissional. Todavia, ao desenvolver o autoconhecimento e exercitar a empatia, é possível construir relações mais saudáveis e duradouras.

Lembre-se: todos nós, em algum momento, podemos agir de forma egocêntrica, mas também temos a capacidade de mudar. Com consciência, vontade e as ferramentas certas, é possível evoluir e se tornar alguém mais aberto ao diálogo, à colaboração e ao bem-estar coletivo. O primeiro passo é olhar para dentro e estar disposto a transformar-se.

E você, ser de luz, já foi egocêntrico em algum momento da vida? Já teve que lidar com o egocentrismo alheio em algum contexto? Como foi ou tem sido a sua experiência nesse sentido? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

 

IBC - Instituto Brasileiro de Coaching: Av. Prof. Venerando Freitas Borges, 561 - Setor Jaó - Goiânia/ GO - CEP: 74.673-010