A complexidade do cérebro humano e do sistema nervoso é bastante ampla, por esse motivo, a ciência ainda não desvendou grande parte delas. Dentre as capacidades e ferramentas já mapeadas podemos destacar a surpreendente capacidade da plasticidade. Em linhas gerais, a neuroplasticidade é o mecanismo de adaptação dos neurônios a situações distintas com objetivo de preservação da função das células.
No artigo a seguir iremos apresentar o conceito de neuroplasticidade, como desenvolvê-lo e quais são os seus benefícios. Você está pronto para conhecer essa fantástica capacidade do seu cérebro? Boa leitura!
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O que é Neuroplasticidade?
As menores estruturas que compõem o sistema nervoso recebem o nome de neurônios. A função principal dos neurônios é conduzir os estímulos (mensagens) do cérebro a algumas partes do corpo e vice-versa. Nesse contexto, a neuroplasticidade é a capacidade dessas estruturas de se adaptarem a situações pelas quais estão passando.
Para que fique mais claro, daremos um exemplo prático, imagine um paciente que recentemente sofreu um AVC. Ele perdeu parte das suas funções cerebrais como consequência. A realização de tratamentos como fisioterapia e fonoaudiologia contribuem para o estímulo da plasticidade. Dessa forma, as funções perdidas podem ser recuperadas, parcial ou totalmente.
É importante esclarecer que existem outros tipos de neuroplasticidade, confira abaixo:
Neuroplasticidade do desenvolvimento
Trata-se da neuroplasticidade que se dá no decorrer da vida, levando ao desenvolvimento de funções diferentes.
Neuroplasticidade dependente da experiência
Os neurônios precisam se desenvolver mais conforme mais conhecimento e capacidades são conquistados.
Neuplasticidade Neurogênese
Refere-se ao crescimento de novos neurônios, até mesmo durante a idade adulta.
Benefícios do desenvolvimento da Neuroplasticidade
Até este ponto do artigo ficou bem claro o quanto a neuroplasticidade é importante para o pleno desenvolvimento. Abaixo você poderá conhecer os principais benefícios desse mecanismo para o ser humano, acompanhe!
Recuperação de traumas e algumas doenças
Como mencionamos no começo do artigo a neuroplasticidade é a capacidade que ajuda o ser humano a recuperar funções e habilidades perdidas.
Permite a aprendizagem no decorrer da vida
A neuroplasticidade é a capacidade que permite ao ser humano se manter aprendendo coisas novas no decorrer da vida.
Determinante para comportamentos até os sociais
Essa habilidade contribui para o desenvolvimento de comportamentos, incluindo os sociais.
Permite a aquisição de novas habilidades
A neuroplasticidade é a capacidade que possibilita ao ser humano adquirir novas habilidades no decorrer da vida.
Previne doenças cognitivas
Manter o cérebro ativo é essencial para prevenir as doenças cognitivas.
Como desenvolver a Neuroplasticidade?
A neuroplasticidade é um mecanismo bastante importante para o desenvolvimento do ser humano. Além de conhecer o conceito, é fundamental entender como estimular essa habilidade.
Através desse estímulo é possível preparar o cérebro para se recuperar de lesões e até mesmo prevenir doenças. Para quem está interessado em estimular essa habilidade, listamos algumas dicas práticas.
1. Dedique-se a aprender um novo idioma
Aprender um novo idioma promove a criação de novas conexões cerebrais. Independentemente da língua estudada, essas conexões serão formadas. Podemos dizer que o aprendizado de um idioma funciona mais ou menos como uma ginástica para o cérebro.
Você pode potencializar ainda mais essa “ginástica cerebral” ao exercitar o idioma viajando para outro país. Trata-se de um grande desafio inserir-se em uma cultura distinta e se comunicar em outra língua. Tudo o que desafia seu cérebro a pensar diferente o ajuda a desenvolver a neuroplasticidade.
2. Esteja aberto para aprender coisas novas
O conhecimento é o melhor estímulo para o desenvolvimento da sua neuroplasticidade. Tudo aquilo que aprendemos de novo estimula a criação de novas conexões cerebrais. É importante dizer que todos os tipos de conhecimento são válidos. Estudar sobre arte, matemática ou qualquer outro tema vai estimular a formação de novas conexões.
3. Alimentação balanceada
Para que os estímulos cerebrais tenham efeito, é fundamental que o organismo receba o “combustível” necessário. Dessa forma, é importante apostar em uma alimentação balanceada e saudável. Fica a dica ainda de que alguns alimentos oferecem um tipo de “bônus” para o cérebro. Podemos citar os alimentos que têm ômega 3, como alguns peixes, azeite, nozes, linhaça e amêndoas.
4. Sono de qualidade
Para que novas conexões cerebrais sejam criadas, é fundamental ter uma boa noite de sono. Quando você tem qualidade de sono amplia sua capacidade de aprender mais. Ressaltamos que a quantidade ideal de horas varia de pessoa para pessoa. Também pode ter variação entre as diferentes faixas etárias.
5. Evite a rotina
Realizar as mesmas tarefas todos os dias e da mesma forma não estimula nenhuma parte nova do seu cérebro. Então, fazer coisas diferentes a cada novo dia te ajudará a potencializar a sua neuroplasticidade. Você pode mudar o caminho até o trabalho, por exemplo. Também pode almoçar em restaurantes diferentes e sair com amigos que tenham gostos distintos nos finais de semana.
6. Invista em novas habilidades
O ser humano tende a focar na realização de atividades que privilegiam as suas principais habilidades. Se você é bom com números, por exemplo, provavelmente vai buscar atividades relacionadas a cálculos. Quem escreve bem tenderá a procurar atividades que tenham na escrita sua base.
No entanto, é necessário que diferentes áreas do cérebro sejam estimuladas a trabalhar. O ideal é que você comece a pensar quais são as suas habilidades menos desenvolvidas. Dê uma chance para desenvolver essas habilidades também de forma a levar seu cérebro a fazer novas conexões.
7. Atividades físicas
A atividade física frequente é importante para evitar o processo de envelhecimento neuronal. Em geral, essa deterioração do sistema nervoso começa em torno dos 30 anos de idade. Vale dizer que há várias possibilidades de atividades que podem ser feitas para melhorar sua qualidade de vida, como caminhadas, por exemplo.
Um pouco de tempo que você dedica diariamente a essas atividades já é o suficiente para preservar a sua neuroplasticidade. É bastante comum se sentir mais disposto para realizar as tarefas do dia a dia quando se incluem atividades físicas à rotina.
Gostou de saber mais sobre como desenvolver a neuroplasticidade? Comente abaixo e compartilhe o conteúdo para levar o conhecimento adiante.
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