Quando falamos em esgotamento, a imagem clássica que nos vem à mente é a de um maratonista que conclui uma prova longa e cai no chão sem forças, com o suor pingando e a respiração ofegante. De fato, esse esgotamento existe, mas corresponde exclusivamente a uma exaustão física.
Todavia, também existe o chamado “esgotamento mental”, uma condição em que o indivíduo se encontra exausto também por questões emocionais, estresse, conflitos, enfim, aspectos que vão além do cansaço físico.
Reconhecer os sinais de esgotamento mental é fundamental para que o indivíduo possa agir no sentido de recuperar-se desse problema, lembrando que saúde mental não é brincadeira. Assim, continue a leitura a seguir e descubra os principais sinais dessa condição. Confira!
O que é esgotamento mental? Quais são as principais causas?
O esgotamento mental é um estado de exaustão emocional, mental e física em resposta a momentos de estresse crônico e prolongado. Geralmente, ele está associado a situações de trabalho que envolvem grandes responsabilidades, cargas exaustivas, pressão constante e falta de apoio ou reconhecimento — nesse caso, esse problema recebe o nome de “síndrome de burnout”, o esgotamento associado ao trabalho.
No entanto, esse esgotamento também pode ser desencadeado por outros problemas que geram estresse prolongado, como crises financeiras, conflitos constantes no relacionamento e problemas familiares, como cuidados intensivos a um familiar adoentado. Em qualquer área da vida, situações estressantes que se prolongam podem ser potenciais causas para quadros de esgotamento mental.
Quais são os principais sintomas de esgotamento mental?
O esgotamento mental não é um problema que surge de um dia para o outro. Na verdade, é uma condição progressiva, que dá sinais que se intensificam gradativamente. Por isso, a fim de evitá-lo ou de solucioná-lo o quanto antes, devemos sempre ficar atentos aos sinais desse problema. Na sequência, você vai conferir os 6 principais.
1. Exaustão emocional
Um dos sinais mais clássicos de esgotamento mental é a exaustão emocional. O indivíduo vivencia emoções negativas de forma intensa e prolongada, como medo, angústia, ansiedade, preocupação, insegurança, raiva, tristeza, desmotivação, e por aí vai. A pessoa se sente “drenada”, como se as suas energias e a sua capacidade de reagir aos problemas tivessem sido “roubadas” de si. Entretanto, não se trata de uma emoção negativa pontual, mas de um quadro que se registra ao longo de alguns dias ou semanas.
2. Diminuição do desempenho
Em meio a esse estado de fragilidade emocional, a pessoa que passa por um esgotamento mental pode apresentar maior dificuldade de foco, concentração e cognição. Assim, a sua produtividade e a qualidade do seu desempenho nas suas atividades diárias — como o trabalho, os estudos e até mesmo os cuidados domésticos — caem consideravelmente. Em consequência, a pessoa pode se sentir incapacitada e ineficaz, o que agrava ainda mais a sua condição emocional geral.
3. Sintomas físicos
Conforme já citamos diversas vezes aqui no blog, o corpo e a mente não são entidades separadas, mas componentes de um todo integrado, de modo que o que ocorre em um obrigatoriamente afeta o outro. Assim, quem passa por esse esgotamento também vivencia sintomas físicos, como dores de cabeça, tensão muscular, dor nas costas, insônia, dificuldades respiratórias e problemas gastrintestinais. São sinais aos quais devemos ficar atentos, especialmente se aparecerem por tempo prolongado.
4. Isolamento social
Um sintoma um pouco menos falado, mas igualmente sério, é o isolamento social. Quando uma pessoa se sente mentalmente esgotada, ela evita sair de casa, pois sente a necessidade de descansar. Falta motivação para fazer qualquer coisa: para estudar, para trabalhar, para namorar, até para sair para passear e ter momentos de lazer. As interações sociais e até aquelas atividades que antes eram consideradas prazerosas passam a ser evitadas. A pessoa prefere ficar em casa o quanto for possível.
5. Sensação de incompetência
Quando um indivíduo em esgotamento mental passa por todos esses sintomas, ele começa a se considerar incompetente e ineficaz. É aquela sensação de “Eu não consigo trabalhar, não consigo estudar, não consigo sair com os amigos, não consigo fazer nada”. Até tarefas que antes eram consideradas simples podem parecer mais longas ou mais complexas a quem vivencia um episódio de esgotamento mental. Isso gera incertezas, insegurança, baixa autoestima e sensação de incapacidade.
6. Desinteresse geral
Por fim, diante de tantos sintomas desagradáveis, a pessoa que os sente começa a manifestar um desinteresse generalizado. Há uma perda de interesse até mesmo naquelas atividades que antes costumavam ser motivadoras e gratificantes. É comum também que o indivíduo não tenha mais energia para fazer planos e ter objetivos para as diferentes áreas da sua vida: pessoal, amorosa, social, familiar, profissional, financeira etc. É como se a vida estivesse em “standby” até a pessoa recuperar a motivação.
O que é possível fazer?
O esgotamento mental não é oficialmente uma condição médica, mas é amplamente aceito na comunidade médica como um fenômeno real. Ele pode estar associado a condições clínicas reconhecidas, como quadros depressivos ou transtornos de ansiedade.
Por esse motivo, se você está passando por algo nesse sentido ou se conhece alguém que esteja vivenciando o esgotamento mental, saiba que é essencial fazer esse reconhecimento dos sintomas o quanto antes e buscar ajuda profissional imediatamente, pois quadros mentais não tratados podem se agravar e prejudicar consideravelmente a qualidade de vida da pessoa.
Assim, as recomendações gerais são: fazer psicoterapia, encontrar apoio emocional em amigos e familiares, promover mudanças no estilo de vida (com mais atividades físicas e alimentação saudável), consultar-se com um médico e, dependendo do caso, solicitar uma licença médica para descanso e recuperação.
Concluindo, o esgotamento mental é um conjunto de sinais importantes de que algo não vai bem no aspecto emocional do indivíduo. Estresse prolongado, perda de produtividade, isolamento social, desmotivação, sensação de incompetência e até alguns sintomas físicos estão entre os sinais mais característicos. Fique atento e cuide-se. Não brinque com a sua saúde mental!
E você, querida pessoa, tem cuidado da sua mente? Como? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!