Quais são os principais tipos de depressão?

Mulher com depressão

Confira os principais tipos de depressão.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 300 milhões de pessoas afetadas pela depressão no mundo. Com um número tão significativo, essa doença pode se manifestar de formas distintas. Compreender a existência desses tipos é essencial para pensar nas melhores formas de tratamento. 

A doença em si consiste em um distúrbio afetivo que está presente na história da humanidade desde sempre. Dentre os sintomas mais recorrentes estão a tristeza profunda, visão pessimista da vida e baixa autoestima. No artigo a seguir iremos apresentar e explicar melhor os principais tipos de depressão. 

Conheça os principais tipos de depressão

Como mencionamos no início do artigo, há uma gama relativamente ampla de tipos de depressão. Ter um diagnóstico alinhado com as suas condições é determinante para tratar de forma correta esse distúrbio. Confira a seguir os principais tipos de depressão e as formas de tratamento recomendadas.  

Depressão maior

Esse é o tipo mais genérico e recorrente de depressão. Caracteriza-se por sintomas como tristeza, sentimento de culpa, falta de ânimo, alterações do sono, dificuldade de concentração e alterações na libido. 

A depressão maior é dividida em três graus: leve, moderado e grave. Cada grau da doença demanda um tipo de abordagem. Ressaltamos que, mesmo no grau leve, é fundamental o acompanhamento com um especialista da área de saúde mental. 

Tratamento

Os casos leves de depressão maior podem ser tratados sem o uso de medicamentos, apenas com psicoterapia e mudança de estilo de vida. Já nos graus moderado e grave, se torna necessário o uso de medicamentos antidepressivos, além da psicoterapia e mais qualidade de vida. Dentre as medidas de mudança de estilo de vida estão exercícios físicos e uma alimentação balanceada. 

Sazonal

No Brasil e outros países com médias de temperatura mais elevadas, a depressão sazonal não costuma se manifestar. Esse tipo de depressão é mais comum em países que sofrem com invernos muito rigorosos, como Noruega, Dinamarca, Islândia, Canadá e Estados Unidos. 

O inverno nesses países tem como principal característica a baixa incidência de luz natural. Basicamente, o dia começa tarde e às 14h ou 15h já está escuro novamente. Pessoas mais vulneráveis tendem a ser mais afetadas pela falta de sol, tornando-se deprimidos nos períodos de frio extremo. 

Tratamento

A depressão sazonal pode ser tratada com terapia, medicamentos e mudança de estilo de vida, além de fototerapia. Nesse tipo de terapia, o paciente fica dentro de uma cabine de luz durante algum tempo. É uma forma de beneficiar algumas regiões do cérebro afetadas pela falta de luz natural. 

Distímica

Esse termo já foi mais comentado na medicina, nos últimos tempos vem caindo em desuso. Contudo, ainda existem profissionais que falam a respeito dessa versão da melancolia. É um tipo de depressão que apresenta sintomas leves que podem passar despercebidos, perdurando por dois anos ou mais.

O indivíduo aprende a conviver com essa sensação, mesmo que ela lhe traga prejuízos. Geralmente, quem é afetado por esse tipo de depressão não fala a respeito, de maneira que não recebe ajuda. Esse quadro pode se agravar rapidamente e ocasionar sérios danos à saúde física e mental. 

Tratamento

O tratamento desse tipo de depressão tem como base a psicoterapia. Nas sessões, o profissional poderá identificar quais são os sintomas que afetam o paciente e como amenizá-los. Praticar atividade física também é indicado para melhorar o ânimo. 

Atípica

Esse tipo recebe esse nome pela forma como se manifesta e não pela sua incidência, que é relativamente alta. A depressão atípica, diferente de boa parte dos outros tipos, não gera sonolência e sim dificuldades para dormir. 

Além disso, ao invés de reduzir o apetite, pode levar o indivíduo a uma ânsia por comer mais. Ele passa por oscilações de humor, tornando-se facilmente irritável. Seus sintomas costumam piorar no fim do dia. 

Tratamento

Nesse tipo de depressão, o psiquiatra pode combinar o uso de antidepressivos básicos com outros medicamentos da categoria de estabilizadores de humor. Esse tipo de fármaco é usado para o tratamento de outros transtornos, como a bipolaridade, por exemplo. 

Psicótica

Trata-se de um dos tipos de depressão mais preocupantes desta lista. Além dos sintomas convencionais, o indivíduo afetado pode ter delírios de perseguição e/ou uma sensação frequente de que algo ruim irá acontecer. 

Nos casos em que a psicose se agrava, há a possibilidade de que a realidade se confunda com a realidade na mente do indivíduo. Algumas pessoas chegam a pensar que não estão mais vivas. As situações mais extremas são raras, mas podem acontecer. 

Tratamento

Esse tipo de depressão demanda o uso de medicações antipsicóticas no tratamento. O papel desses medicamentos é reorganizar as ideias no cérebro, amenizando a crise. É importante ressaltar que, quanto antes o tratamento começar, melhores serão os resultados alcançados. O acompanhamento é importante para evitar recaídas. 

Mista

Esse tipo de depressão é investigada por pesquisadores desde o século 19. Na última década, vem recebendo mais atenção e ferramentas de diagnóstico e gestão do problema.

Dentre os principais sintomas estão o pensamento acelerado, irritabilidade e comportamentos compulsivos, como excesso de compras ou sexo. É muito importante que não se confunda a depressão mista com a ansiedade. São dois distúrbios distintos. 

Tratamento

Como os antidepressivos podem acelerar ainda mais o pensamento, geralmente se inicia o tratamento com estabilizadores de humor ou antipsicóticos. Os sintomas compulsivos precisam ser contornados. 

Melancólica

Nesse tipo de depressão, os sintomas, como tristeza profunda, angústia e falta de energia, se agravam, especialmente de manhã. Uma dificuldade é que o indivíduo dificilmente quer sair de casa para se consultar com especialistas. A rede de apoio de amigos e familiares é essencial nesses casos.

Tratamento

Os medicamentos antidepressivos tem um papel fundamental. Nos casos mais graves, pode ser necessário utilizar a eletroconvulsoterapia, tratamento que usa estímulos elétricos na cabeça. É um método seguro e com eficácia comprovada. 

Pós-parto

Após o fim da gestação, há queda na produção de certos hormônios, o que pode se tornar um grande problema para mulheres suscetíveis. Elas desenvolvem uma ideia de que são incapazes de cuidar do próprio filho ou então se sentem infelizes com a maternidade. Na sequência, surge a culpa e isso pode prolongar a doença por vários meses. É fundamental que a mãe converse com o ginecologista e relate os sintomas. 

Tratamentos

Há medicamentos antidepressivos que podem ser ingeridos mesmo durante a amamentação. Além disso, é fundamental manter o acompanhamento psicológico. 

Esses são os principais tipos de depressão. Lembre-se sempre que apenas um médico especializado em saúde mental poderá definir o diagnóstico de um paciente. Portanto, a qualquer sinal, procure ajuda!

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