Toda empresa, principalmente as que fazem parte do setor das indústrias, têm o seu modelo de produção, que nada mais é que um conjunto de técnicas, utilizadas com a finalidade de conduzir, de forma mais otimizada e assertiva, as operações das linhas de montagem fabris.
Os modelos de produção industrial são basicamente estratégias que os empresários usam para garantir que haja cada vez mais sincronicidade entre os níveis de produtividade e lucro no segundo setor que faz parte da economia.
O primeiro modelo de produção industrial de que se tem conhecimento data dos anos de 1865, que é o chamado Taylorismo. De lá para cá, muitos outros foram criados, sempre com o objetivo de aprimorar seus antecessores e contribuir para que as indústrias tivessem a oportunidade de potencializar a sua produtividade e lucro obtido a partir disso.
[php_everywhere instance=”2″]
Entre estes novos modelos criados está o Toyotismo, que é tema do meu artigo de hoje.
Convido você a continuar esta poderosa leitura, para conhecer um pouco mais sobre este modelo de produção industrial, bem como suas vantagens e desvantagens. Acompanhe-me e confira!
O que é Toyotismo?
Também conhecido como sistema de produção industrial, o Toyotismo é um modelos nipônico, ou seja, criado no Japão, utilizado especificamente para produzir bens, e que tinha como principal objetivo flexibilizar fabricação de produtos dentro das indústrias. Trata-se de um modelo que foi criado também para substituir o Fordismo, que foi largamente utilizado pelas empresas até a década de 1970.
Este sistema ganhou vida na fábrica de automóveis que lhe deu nome, a Toyota, e foi criado pelos engenheiros Taiichi Ohno, Shingeo Shingo e Eiji Toyoda, sendo desenvolvido pelos três no período entre 1948 e 1975.
O principal objetivo do Toyotismo foi contribuir para a recuperação das indústrias, que se viram amplamente prejudicadas no período pós-guerra e precisavam, com urgência, produzir suas mercadorias com o menor custo possível.
Tudo isso, porque o país passava por enormes dificuldades e encontrava-se destruído, tendo que lidar com um mercado pequeno e com um grande obstáculo, que era o impedimento de conseguir importar matéria-prima para a sua produção.
Seus princípios de gerenciamento eram:
- Kaizen: aprimoramento das operações de negociações, de maneira que se tornassem ininterruptas;
- GenchiGenbutsu (Vá e veja): avaliação das fontes de cada um dos processos produtivos, assim como das situações que causavam problemas de produção.
Como funciona o Toyotismo na prática?
A partir do acompanhamento do dia a dia de produção dentro da fábrica da Toyota, Taiichi Ohno observou que, no contexto em que o mercado e a economia se encontravam, o melhor a se fazer era aguardar pelo recebimento de encomendas de automóveis, para, somente após isso, iniciar a produção destes. Esta estratégia tinha como principal objetivo gerar economia, no que diz respeito aos gastos com aluguéis de armazéns.
A implementação deste novo sistema possibilitava às empresas economizar com a armazenagem de matéria-prima, bem como de mercadorias. Como resultado, havia um aumento significativo da produtividade colaboradores, já que diminuía-se o desperdício, tempo de espera, produção em excesso e os problemas enfrentados na área de transportes.
Mesmo inserida em um cenário caótico, que era o que se via após a grande guerra, ou seja, com um país em condições geográficas desfavoráveis, em que mercados consumidores e espaços diminuíam cada vez mais, a Toyota, por meio da implementação deste novo modelo de produção industrial, conseguiu se transformar na maior montadora de automóveis do mundo.
Este processo somente teve a possibilidade de acontecer, em decorrência do avanço da tecnologia, principalmente nos transportes e na comunicação entre todos ao redor do mundo. Com isso, foi possível tornar mais rápido e pontual o fluxo de mercadorias da produção do sistema toyotista, que ficou cada vez mais flexível.
O verdadeiro segredo para todo este sucesso se deu por conta da sincronia entre sistemas essenciais em grandes indústrias, que no caso são os de fornecimento de matéria-prima, de produção e também o de venda.
Vantagens do Toyotismo
Existem elementos essenciais, que tornam o Toyotismo verdadeiramente vantajoso para as empresas ao redor do mundo. Veja os principais deles, a seguir:
Flexibilidade na produção
A primeira das vantagens que o Toyotismo trouxe, principalmente à sua precursora, a Toyota, foi o fato de flexibilizar bastante o processo produtivo. Isso quer dizer que a indústria teve diversos ganhos ao fabricar e estocar apenas o que seria necessário para colocar em seu mercado consumidor.
Para isso, foi criado o sistema de cronometragem, que contribuiu bastante, que Just In Time, ou no tempo certo.
Automatização
Além da flexibilização no processo produtivo, algo que também foi benéfico foi a automatização deste, possibilitada pela utilização de máquinas verdadeiramente modernas.
Mão de obra qualificada
A automatização dentro da Toyota contribuiu, de forma significativa, para a redução de custos, principalmente no que diz respeito à mão de obra. Por meio deste processo, os colaboradores ficaram mais qualificados, realizando suas atividades em equipes de trabalho, que, por sua vez, tinham como líderes os profissionais mais capacitados entre todos.
Com isso, estes mesmos profissionais, tiveram como uma de suas principais responsabilidades a implementação de processos de inspeção de qualidade, tendo como função acompanhar o processo produtivo do início ao fim.
Desvantagens do Toyotismo
Assim como tudo no vida tem o seu lado positivo, é preciso ter consciência também sobre o lado negativo das situações e processos. No caso do Toyotismo, ele não foge à esta regra e conta sim com aspectos que colocam em dúvida a sua utilização dentro das empresas.
Neste caso, as mesmas razões que fazem com que este sistema seja vantajoso, fazem com que também ele tenha suas desvantagens. Digo isso, pois, no caso dos processos serem conduzidos de forma inapropriada, a indústria que o implementar pode sofrer com problemas mais sérios do que imagina.
Entre eles está o fato do modelo depender, quase que completamente, da importação de matéria-prima. Além disso, outro fator que gera verdadeira preocupação, é a quantidade reduzida ou quase nula de produtos em estoque.
Por fim, ao automatizar seus processos produtivos, aumenta-se realmente a produtividade, porém, diminui-se a necessidade de mão de obra, gerando, com isso, um alto índice de desemprego. Tudo isso por conta do avanço tecnológico, que gera diminuição dos postos de trabalho.
Neste sentido, é possível dizer que o Toyotismo é um dos grandes responsáveis pelo desemprego no segundo setor da economia, bem como pela inserção da terceirização nos processos produtivos nas empresas.
Mesmo tendo tais desvantagens, fatores como as crises consecutivas no mercado petroleiro, iniciadas na década de 1970, contribuíram para um abalo significativo no capitalismo e, em consequência disso, para a difusão completa do Toyotismo ao redor do mundo.
Este, entre diversos outros fatos, fizeram com que a implementação do modelo fosse um dos pontos altos, um dos marcos, da Terceira Revolução Industrial.
Gostou deste conteúdo, querida pessoa? Já conhecia as vantagens e desvantagens do Toyotismo? Deixe nos comentários suas percepções sobre o assunto e lembre-se de continuar nos acompanhando, pois diariamente trazemos novos e ricos artigos, que vão contribuir para a aprimorar ainda mais seus conhecimentos.
[php_everywhere instance=”1″]
Copyright:269300465 – https://www.shutterstock.com/pt/g/rawpixel