Já percebeu como tudo fica mais interessante com uma boa história? Quando falamos em história, não necessariamente estamos nos referindo apenas à ficção. As experiências e vivências que adquirimos ao longo da vida, além de construir a nossa identidade, também podem ser a base para histórias incríveis.
Muitos não sabem, mas nosso arcabouço de vivências é uma excelente fonte para criar histórias que farão outras pessoas se identificarem conosco. O uso de vivências próprias para criar identificação é o que se chama de técnica de storytelling.
No artigo a seguir vamos explicar o que isso significa e como utilizar essa técnica nas apresentações pessoais.
O que é storytelling?
Em linhas gerais, storytelling consiste na técnica de contar histórias a partir de narrativas que envolvem aquele que ouve. Esse termo é constituído pela junção de “story” (história) e “telling” (forma nominal do verbo “tell” que significa “contar”). No âmbito profissional, storytelling é uma ferramenta que ajuda a gerar engajamento no público.
A ideia central é criar enredos e formatos criativos para apresentar uma narrativa capaz de prender a atenção de quem está assistindo. Desde a pré-história, o homem se comunica através de histórias. Com o passar do tempo, essa técnica foi evoluindo e ganhando novos formatos. Porém, a essência de envolver o espectador se manteve.
Quando usar a técnica de storytelling?
No dia a dia, estamos sempre diante de situações que exigem de nós apresentações pessoais convincentes e carismáticas. Porém, como saber o que falar? E como falar? O storytelling é um recurso bastante interessante para tornar essas apresentações pessoais mais dinâmicas e envolventes.
Trata-se de uma ferramenta que ajuda a manter a atenção do espectador. Pode funcionar bem em entrevistas de emprego, apresentações de projetos e até mesmo para tentar captar investimentos para empreendimentos.
Como funciona o storytelling?
Há milhares de anos, as narrativas são utilizadas como recurso para emocionar os espectadores. As histórias eram usadas para transmitir conhecimentos valiosos, tornando mais fácil memorizá-los. Quando algo te emociona e causa identificação, é mais fácil não se esquecer. A criação do senso de empatia é determinante para quem conta e para quem ouve.
Alguns ingredientes são fundamentais para construir uma narrativa envolvente como:
- Captar e manter a atenção do ouvinte;
- Levar o ouvinte para dentro da história torcendo pelo protagonista;
- Gerar identificação através da criação de pontos em comum entre o ouvinte e o protagonista.
Quando uma história real é bem contada, cria uma conexão com o lado emocional daquele que ouve. Por isso, é uma excelente ferramenta para utilizar quando se está em uma apresentação como uma entrevista de emprego, por exemplo.
Como o storytelling pode ser usado em apresentações pessoais?
A base para ser bem-sucedido ao empregar o storytelling é estabelecer uma conexão forte entre você e seu ouvinte. Para estabelecer essa conexão é preciso que a sua história tenha:
- Realidade;
- Singularidade;
- Expressão da imagem que se deseja passar;
- Transmissão de posicionamento, valor e/ ou propósito.
O foco deve estar em conquistar a confiança e a motivação do espectador. Se fizer seu ouvinte sorrir, é ainda melhor. A história deve inspirar seu ouvinte e fazê-lo querer fazer parte. Confira, a seguir, uma lista de dicas de como empregar a técnica de storytelling em apresentações pessoais.
1. Atenção à mensagem e posicionamento
Enquanto acompanha uma história, o ouvinte (avaliador) estará atento a linha de raciocínio que está sendo usada pelo apresentador. Por isso, é essencial que a história seja coerente e tenha começo, meio e fim. Além disso, é determinante que o valor e propósito estejam bem apresentados, eles são pontos essenciais.
Ao apresentar uma história, tenha cuidado para que suas intenções e expectativas fiquem bem claras. A mensagem deve ser transmitida, assim como o posicionamento deve ficar claro. A sua narrativa deve ser construída de tal forma que envolva o ouvinte até o fim. Evite o emprego de “achismos” para evitar ser visto como alguém egocêntrico.
2. Atenção aos elementos principais
Uma boa história precisa de alguns elementos-chave, que incluem:
- Protagonistas que despertem a simpatia do ouvinte;
- Coadjuvantes relevantes bem apresentados;
- Antagonistas com intenções bem delineadas.
Tenha em mente que uma boa história precisa ter uma boa gama de personagens. Também é importante estar aberto para ouvir a história de outras pessoas, como conhecimentos, de filmes, livros, entre outros. Ao ter contato com histórias distintas, você passa a estar mais familiarizado com as estruturas narrativas.
3. Aprenda com suas experiências
Os erros são fundamentais na vida de qualquer pessoa, pois ajudam a entender quais são os caminhos que não devem ser seguidos. Tropeçar ao longo da vida é natural e o mais importante é compreender como tornar esses momentos desfavoráveis a base para a construção de algo positivo.
No storytelling, essas experiências de erro podem ser usadas como recurso para enriquecer a sua narrativa. Servem para apresentar os pontos de mudança e viradas da sua história. Os erros são os motivos que te fazem entender como acertar na próxima tentativa.
4. Conexão
A palavra mais importante em storytelling é conexão, ou seja, estabelecer uma conexão com o ouvinte. O espectador precisa ser cativado pela sua história, estar dentro da sua narrativa. Aquele que ouve deve sentir que está participando daquilo que está sendo contado. Suas histórias devem ter começo, meio e fim, além de serem inspiradoras.
5. Adicione pontos pessoais
Na sua narrativa, é fundamental adicionar os pontos de vista pessoais que deseja transmitir com a história que está sendo apresentada. Para isso, insira os valores que são importantes para você no seu discurso. Tais ideias precisam estar claras para aquele que ouve o que está sendo dito.
6. Mantenha o propósito
Ao longo da apresentação da sua narrativa, é importante manter o propósito, ou seja, não se esquecer do porquê estar contando aquela história. Mantenha seu foco no que é importante explicar e enfatizar para que o ouvinte consiga acompanhar seu raciocínio. O espectador está sendo conduzido por você, não se esqueça disso.
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