O esgotamento profissional, também conhecido como síndrome de burnout, é um problema muito frequente na atualidade. As estatísticas apontam que essa condição tem aumentado no Brasil e no mundo, e as causas são diversas. Há a parte da empresa, que explora o empregado, mas também há o profissional que tem dificuldade para perceber excessos e dizer “não”.
Neste artigo, vamos conhecer melhor o esgotamento profissional, compreendendo as origens do problema, os sintomas físicos e mentais que ele provoca e as melhores maneiras de prevenir e tratar a condição. Continue a leitura e saiba tudo sobre o tema!
O que é esgotamento profissional?
O esgotamento profissional é uma condição de estresse crônico e exaustão relacionada ao trabalho, que afeta a saúde física e mental da pessoa. Ele é caracterizado por três principais dimensões:
- Exaustão emocional: sensação de estar emocionalmente esgotado e sobrecarregado, sem energia para enfrentar o dia a dia no trabalho, ou mesmo em outras áreas da vida.
- Despersonalização: atitude de distanciamento emocional e apatia em relação ao trabalho e às pessoas atendidas ou colegas. Isso pode se manifestar como indiferença ou insensibilidade, mas é pura desmotivação e falta de energia.
- Diminuição da realização pessoal: sentimento de ineficácia e falta de realização no trabalho, levando à baixa autoestima e à insatisfação com as conquistas profissionais.
Trata-se de um quadro de estresse extremo, que pode desencadear transtornos ansiosos e/ou depressivos. Dessa forma, é importante conversar com o psicólogo e o psiquiatra, que são os profissionais capazes de analisar o caso, diagnosticar o problema e propor um tratamento adequado.
Infelizmente, muitas pessoas ainda têm dificuldade de entender o que se passa ou de compreender que essa exaustão não é “frescura”. Por isso, é comum que só recorram à ajuda profissional quando o quadro já está mais grave. Por isso é tão importante adquirir consciência acerca do esgotamento profissional.
Quais são as causas desse problema?
As causas do esgotamento profissional podem variar, mas geralmente envolvem fatores como:
- Carga de trabalho excessiva: excesso de responsabilidades e longas horas de trabalho. É o caso de profissionais que fazem muitas horas extras, trabalham aos fins de semana, não tiram férias, entre outros.
- Falta de controle: sensação de falta de autonomia e controle sobre o trabalho e as decisões relacionadas. É o caso daquele profissional que depende muito de colegas e chefes, tendo sempre a sensação de que nada está sob o seu controle, o que provoca um efeito emocional negativo.
- Expectativas desmedidas: metas irrealistas ou pressão excessiva para atingir altos padrões de desempenho. É o que ocorre com pessoas que se comparam excessivamente com colegas, amigos e familiares. Pode ser também um clássico caso de chefes que definem metas fora da realidade dos seus colaboradores e equipes, o que gera frustração.
- Ambiente de trabalho tóxico: conflitos com colegas ou supervisores, falta de apoio social e ambiente de trabalho hostil são agravantes para essa síndrome. Excesso de burocracias, desrespeito ao colaborador, abusos de diversos tipos e falta de reconhecimento/possibilidades de crescimento também são causas.
- Desequilíbrio trabalho-vida pessoal: há uma dificuldade em equilibrar as demandas do trabalho com a vida pessoal e familiar. A pessoa se afasta dos amigos e familiares, o que provoca isolamento, culpa, ansiedade etc.
Como é possível notar, há diversas questões associadas às origens do esgotamento profissional. Muitas vezes, isso acontece porque a empresa em que o indivíduo trabalha é tóxica e não se preocupa com a qualidade de vida dos colaboradores. Por outro lado, há também o caso de profissionais, até mesmo autônomos, que assumem mais responsabilidades do que dão conta e que acabam por negligenciar outras áreas da vida.
Quais são os sintomas físicos e mentais dessa condição?
O site do Ministério da Saúde disponibiliza uma lista com diversos sinais que o corpo e a mente nos dão de que o trabalho está comprometendo a nossa saúde e a nossa qualidade de vida. Entre os mais comuns, podemos citar:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alteração nos batimentos cardíacos.
Ainda segundo o órgão, esses sintomas começam de forma leve, mas se agravam com o passar do tempo, o que leva muita gente a acreditar que se trata de um problema passageiro. No entanto, a persistência dos sinais acima denuncia a necessidade de procurar ajuda o quanto antes.
Como prevenir/tratar o esgotamento profissional?
Se você desconfia que esteja passando por um momento de esgotamento profissional ou se deseja agir no sentido de evitar que esse problema ocorra, saiba que existem algumas atitudes que devem ser adotadas. Confira-as na sequência.
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Autoconhecimento
O autoconhecimento é importante para reconhecer os sinais precoces de esgotamento e agir prontamente. Para isso, faça check-ups regulares consigo mesmo para avaliar o seu nível de estresse e satisfação no trabalho. Além disso, identifique quais situações ou aspectos do trabalho estão causando maior estresse. Será que é o “estresse de sempre” ou é algo mais?
Estar atento a sintomas como fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração pode ajudar a agir antes que o esgotamento se agrave. Às vezes, amigos, familiares ou colegas podem perceber mudanças no seu comportamento antes de você. Esteja aberto a ouvir as observações deles.
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Gestão do estresse
Praticar técnicas de relaxamento nos ajuda a amenizar o estresse do dia a dia. Nesse sentido, técnicas de meditação e mindfulness podem ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o foco. Atividades físicas regulares; como caminhadas, ioga ou qualquer forma de exercício de que você goste; também podem reduzir o estresse e melhorar o humor.
Também é interessante dedicar tempo a atividades que lhe despertem prazer, pois elas podem ser uma excelente forma de descompressão. Experimente dançar, tocar um instrumento musical, fazer artesanato etc. Além disso, praticar exercícios de respiração pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse imediato.
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Estabelecimento de limites
Definir limites claros entre o trabalho e a vida pessoal, evitando sobrecarga, é fundamental para prevenir o burnout. Estabeleça um horário de trabalho claro e cumpra-o, evitando levar trabalho para casa ou trabalhar horas extras desnecessárias. Só estenda o expediente se for realmente necessário. Estabeleça períodos em que você se desconecte de e-mails e notificações de trabalho.
Durante o dia, faça pausas regulares para descansar e recarregar. Além do mais, não tenha medo de delegar tarefas e pedir ajuda quando necessário. Se a sua empresa não respeitar essas questões, cogite procurar um novo emprego.
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Suporte social
Buscar o apoio de colegas, amigos e familiares é muito benéfico em qualquer quadro mental, o que inclui o esgotamento profissional. Portanto, desenvolva e mantenha uma rede de pessoas em quem você possa confiar e buscar apoio. Falar sobre as suas preocupações e estresse com alguém de confiança pode aliviar a pressão emocional.
Você também pode participar de grupos de apoio ou comunidades com interesses semelhantes para oferecer suporte emocional. Envolver-se em atividades sociais fora do trabalho também pode proporcionar uma distração positiva e um senso de pertencimento.
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Ambiente de trabalho saudável
As empresas também têm um papel muito importante na prevenção ao esgotamento profissional. Elas devem promover um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar dos funcionários, com comunicação aberta e apoio mútuo. Se você for empresário, incentive uma cultura de apoio e compreensão mútua no local de trabalho. Promova a comunicação aberta e honesta entre colegas e superiores.
Outro ponto que precisa ser colocado em prática é reconhecer e valorizar as contribuições dos funcionários, oferecendo feedbacks de reconhecimento. Forneça também recursos de bem-estar, como programas de apoio psicológico, horários flexíveis e oportunidades de desenvolvimento profissional.
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Profissionais da saúde
Por fim, nos casos mais graves, é necessário procurar a ajuda de profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. A psicoterapia pode ajudar a lidar com o estresse, identificar padrões de pensamento negativos e desenvolver estratégias de enfrentamento. O aconselhamento pode fornecer suporte emocional e orientação prática sobre mudanças de crenças e comportamentos no dia a dia.
Em alguns casos, a medicação pode ser necessária para tratar sintomas de depressão e/ou ansiedade associados ao esgotamento profissional. Trabalhe com um profissional de saúde para desenvolver um plano de tratamento personalizado que atenda às suas necessidades específicas.
Conclusão
É essencial prevenir e tratar o esgotamento profissional para manter a saúde e o bem-estar em longo prazo. Envolver-se em práticas de autoconhecimento, gestão do estresse, estabelecimento de limites, suporte social e promoção de um ambiente de trabalho saudável é fundamental para evitar o esgotamento. Nos casos mais graves, buscar a ajuda de profissionais de saúde mental é necessário para a recuperação e para a restauração do equilíbrio na vida profissional e pessoal.
A síndrome de burnout é um problema sério e crescente na sociedade atual. Dessa maneira, fique atento aos sinais e procure ajuda o quanto antes!
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Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.
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