Chief Happiness Officer – o que é e como se tornar um?

Colegas de trabalho sorrindo

Confira as principais atividades do Chief Happiness Officer.

Você já ouviu falar sobre o Chief Happiness Officer? Se ainda não, saiba que é uma tendência que vem crescendo no mercado corporativo. A felicidade é um desejo das pessoas de maneira geral e para ser plena deve estar presente nas diferentes esferas da vida. Isso inclui o trabalho.

A partir dessa compreensão, a empresa dinamarquesa Woohoo Partnership desenvolveu uma metodologia, em 2003, com foco na satisfação dos funcionários. Assim teve origem o certificado de Chief Happiness Officer. O profissional que assume esse cargo tem como função elaborar e garantir que sejam colocadas em prática ações que promovam a felicidade dentro da companhia.

Os resultados dessa “política da felicidade” se caracterizam pelo maior engajamento e produtividade da equipe. Quando os profissionais estão satisfeitos e entregam melhores resultados a empresa cresce. Que tal saber mais sobre esse cargo e de que maneira assumir essa função?

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O que é Chief Happiness Officer?

Em linhas gerais, o Chief Happiness Officer tem a função de ser o influenciador da felicidade no ambiente corporativo. Esse profissional estará à frente dos debates a respeito de saúde mental e bem-estar dentro da empresa.

Para entender a função é necessário compreender que o conceito de felicidade corporativa é abstrato. A felicidade dos colaboradores se estende por mais do que simplesmente a hora do cafezinho.

Uma possível definição para a felicidade corporativa é a de que se trata da constância do sentimento de reconhecimento e valorização dentro da organização. Quando consideramos que passaremos mais de 80 mil horas no trabalho é evidente a importância de atribuir um significado especial para essa atividade. 

Chief Happiness Officer (CHO): como se tornar um chefe da felicidade?

Algo bastante interessante a respeito do cargo de Chief Happiness Officer é que qualquer profissional pode assumir esse posto. Há também a possibilidade de absorver a técnica inerente à função para aplicá-la ao seu cargo atual. Para tanto, o interessado precisa procurar uma das organizações que oferecem esse certificado.

O tempo de formação é de em média 3 a 5 dias e o conteúdo é ministrado por psicólogos e especialistas na realidade corporativa. Atualmente, há pouco menos de 200 profissionais qualificados com esse certificado no Brasil. Observa-se o crescimento de 200% na busca de cursos na área, isso quer dizer que em breve esse número será bem mais expressivo.

Atividades do Chief Happiness Officer

Agora que você sabe o que é e como se tornar um Chief Happiness Officer, é válido saber como é o seu método de trabalho. Esse “chefe da felicidade” inicia as suas atividades realizando pesquisas quantitativas e qualitativas sobre o bem-estar dos funcionários da companhia. 

Tendo uma base de dados completa, o profissional pode partir para o diagnóstico da situação. Entendendo como está o nível de felicidade na organização, fica mais simples delinear estratégias. O CHO precisa pensar de que forma fazer reuniões de feedback com os envolvidos e propor mudanças essenciais.

Embora um bom salário e benefícios extras sejam muito bem-vindos, é importante que as empresas compreendam que a felicidade não se resume a questões financeiras. Exatamente por isso, algumas mudanças estruturais podem ser necessárias e cabe ao CHO pensar de que forma concretizá-las. 

Deve ficar claro que a função desse profissional vai muito além de organizar atividades de happy hour. O tipo de abordagem varia de acordo com o tipo de empresa e do seu diagnóstico. Porém, sempre irá abranger os pontos fortes e fracos da empresa no tocante à experiência de felicidade dos colaboradores.

O primeiro ponto que deve ser analisado é a cultura organizacional que geralmente está atrelada a visão, missão e valores. O CHO deve observar se o que é proposto nesses tópicos é efetivamente colocado em prática. 

Na sequência, o profissional deverá fazer o alinhamento do seu planejamento com a liderança. Afinal, não adianta elaborar um ótimo programa com foco na felicidade se a empresa é comandada de forma tóxica. A felicidade somente é conquistada e mantida quando há ações prévias.

Uma empresa feliz dá lucros

A felicidade dos colaboradores é excelente para os negócios, de acordo com uma pesquisa realizada pela “Harvard Business Review”. Segundo essa pesquisa, os profissionais felizes oferecem 300% mais inovação, 85% mais eficiência e 31% mais produtividade. As empresas que adotam a felicidade como uma prioridade tendem a reduzir as demissões em 55% e diminuem as chances de burnout em 125%. 

Um ambiente corporativo desgastante, que promove o sofrimento dos colaboradores, representa um grande vazamento de recursos da empresa. O número de afastamentos, a rotatividade e o baixo engajamento levam a companhia a ter grandes prejuízos. 

Vale ressaltar que já existem estudos científicos que comprovam o aumento do engajamento após o estabelecimento de programas de felicidade. Também se verificou a redução da ocorrência de transtornos mentais.

O Chief Happiness Officer atua, em muitos casos, juntamente aos setores de desenvolvimento e crescimento da empresa. Podemos definir como a soma entre a ciência da felicidade e uma gestão estratégica com entrega de bons resultados. 

Bem-estar corporativo: uma necessidade urgente

O papel do Chief Happiness Officer vem ganhando mais relevância pelo fato de estarmos num contexto corporativo caótico para a saúde mental. A pandemia do novo coronavírus acentuou uma situação grave que já vinha se consolidando. Houve aumento preocupante de transtornos mentais entre os profissionais brasileiros. 

Para as empresas, esse cenário representa a perda de produtividade e de talentos importantes para os seus quadros. A felicidade do colaborador passou a ser colocada num lugar de destaque por ser determinante para o bom andamento das empresas. 

Se antes da pandemia os profissionais já estavam a um passo do esgotamento, agora se encontram num lugar que demanda cuidado. O isolamento, a crise e o luto desse momento são fatores impeditivos da produtividade. Os novos profissionais que estão chegando ao mercado já demonstram o desejo de romper com o ciclo de infelicidade relacionado a carreira.

Mais da metade desses novos profissionais tem como objetivo trabalhar em empresas com valores semelhantes aos seus. Para 75% deles, a flexibilidade de horário é outro ponto crucial. Ficou no passado a ideia de que a felicidade começa na sexta às 18h e se estende apenas até o fim do domingo. As pessoas querem e sabem que merecem mais do que isso.

O Chief Happiness Officer é o profissional do presente e do futuro! Aproveite para comentar abaixo e compartilhar o conteúdo em suas redes sociais!

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