Mesmo com o número total de medalhas maior que Alemanha e Países Baixos, o Brasil fica entre os 10 primeiros lugares no ranking de medalhas das paralimpíadas.
Em sexto lugar ficou a Alemanha com 57 medalhas, os Países Baixos com 62 no sétimo lugar e o Brasil com 72 medalhas no oitavo lugar. Vale lembrar que é o número de medalhas de ouro de cada país é que denomina a posição no ranking, e não a soma das medalhas.
Mas nem pense em criticar e lamentar, essa é uma conquista extraordinária, além de ser um grande orgulho para o nosso país.
Isso mesmo, ORGULHO!
Os nossos atletas deram um show de superação nesse evento que conta com a participação de mais de 4 mil atletas de 160 países. Para saber mais sobre o evento, clique aqui.
Quer mais um motivo para apoiar e aplaudir de pé essa turma de atletas que foi simplesmente maravilhosa conquistando o 8º lugar no ranking de medalhas?
Em Londres (2012) o Brasil conquistou lugar no pódio através de 7 diferentes modalidades de esportes, esse ano, subimos no pódio por conquistas em 13 distintas modalidades.
Isso verdadeiramente é extraordinário!
Se você não conseguiu acompanhar o desempenho dos atletas brasileiros nessa Paralimpíada, não se preocupe. Veja como foi maravilhoso o resultado do esforço de cada atleta paralímpico: 14 medalhas de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, totalizando 72 medalhas paralímpicas.
Agora pare e pense, isso é SIM ou COM CERTEZA um grande motivo para comemorações?
Vencendo limites
Mesmo aqueles que não conquistaram uma medalha ficam registrados os esforços, a dedicação, a superação, a força de vontade e a garra que tiveram para chegar aonde chegaram.
Por falar em superação, garra e dedicação, citamos como exemplo o caso do atleta velocista Lucas Prado, que é especialista nas provas de 100, 200 e 400m rasos e que também é conhecido como Ceguinho Bolt.
Ele que é Coachee do José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coach – IBC, participou apenas da primeira eliminatória, se classificando para a final dos 100 metros, mas o atleta se machucou e não pode mais competir. Porém o atleta já está em plena recuperação para as próximas competições. E só o fato de estar em um paralímpiada já é um grande feito, não é mesmo?
Lucas perdeu 90% da visão aos 17 anos, conseguiu vencer suas limitações, passou por cima da sua dor e sofrimento com a ajuda do esporte e com certeza possui determinação suficiente para continuar seguindo com mais treinos para as próximas competições mundiais. Aí você se pergunta, mas de onde vem tanta força?
Essa força pode aparecer de várias formas, da vontade de viver, de continuar superando seus próprios limites, do desejo de mostrar ao mundo que ser cego não é um problema, e muito menos um motivo para ficar com lamúrias. Toda competição é um desafio diferente que ele mesmo deve superar.
Mas como ele faz isso? Treinando sua mente para estar sempre bem com ele mesmo e com seu corpo. Com certeza o Coaching tem uma parcela de “culpa” nesse treinamento. Mesmo com essa pequena intervenção do destino nas provas da Paralimpíada Rio 2016, com certeza Lucas não pensa em desistir, ele está se recuperando para continuar com mais garra e força para outras competições.
Outro grande e excelente exemplo de superação e garra vem do nosso atleta paralímpico Daniel dias.
Daniel participou de nove provas na natação e conquistou medalha em todas elas. Além de possuir mais medalhas que o lendário Michael Phelps, Daniel dias se tornou o maior nadador paralímpico da história! É muito orgulho para um país.
O título de maior nadador paralímpico da história não vem por acaso, somando as medalhas das últimas três Paralimpíadas, Daniel Dias conquistou:
- Rio 2016: Com 4 medalhas de ouro, 3 de prata e 2 de bronze.
- Londres 2012 – Com 6 medalhas de ouro
- Pequim 2008 – Com 4 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze
Daniel soma um total de 24 medalhas conquistando o título em sua terceira Paralimpíada, vale ressaltar que antes, o título era do nadador australiano Matthew Cowdrey com 23 medalhas.
É impressionante o quanto esses atletas são dedicados e empenhados na busca por seus objetivos.
Houveram tantos outros casos maravilhosos, com conquistas extraordinárias, como os meninos do futebol de 5 que ganharam ouro, os meninos do GoalBall masculino que levaram bronze e a prata de Lúcia Teixeira no Judô, que deixou grande parte dos brasileiros mais orgulhosos do seu povo e País.
Vendo e acompanhando casos como esses, surgem comparações como: “Eles ganhando medalhas e mais medalhas mesmo sem ter braços, pernas ou sendo cegos, e eu aqui, reclamando das minhas tarefas diárias”, e isso é involuntário, mas pode ser mudado.
O fato é que as pessoas devem pensar que esses atletas estão aí nos mostrando lições extraordinárias que podem ser aplicadas em nossa vida pessoal e profissional, e que podem mudar o rumo das nossas vidas para sempre. Basta darmos o primeiro passo!
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