Em geral, a palavra vulnerabilidade apresenta um significado negativo. É comum as pessoas afirmarem que, quando se sentem “vulneráveis” a algo, estão expostas, inseguras e suscetíveis a acontecimentos negativos. Isso tudo é verdade, mas é preciso aceitar que todos nós estamos vulneráveis de alguma forma.
Há uma série de fatores da vida que simplesmente não dependem de nós. Portanto, em vez de condenar a vulnerabilidade como algo terrível, pode ser mais interessante que aprendamos a lidar com esse aspecto inevitável da vida. Neste artigo, vamos mergulhar no significado da vulnerabilidade e entender como ela pode ser um poderoso motor de crescimento pessoal. Continue a leitura e descubra!
O que é vulnerabilidade?
Vulnerabilidade é a característica de estar suscetível a acontecimentos negativos de ordem física, emocional, social ou econômica. É uma exposição a determinadas adversidades, o que pode ser desencadeado por fraquezas individuais, poucos recursos ou condições desfavoráveis do meio.
Assim, há diferentes tipos de vulnerabilidade. Uma pessoa em situação de estresse fica mais vulnerável a infecções pelo enfraquecimento da imunidade, por exemplo. Uma pessoa desempregada fica mais vulnerável financeiramente, correndo o risco do endividamento. Uma pessoa que terminou recentemente um relacionamento fica emocionalmente vulnerável, pois está em dificuldades com os próprios sentimentos. Até mesmo o seu computador pode estar vulnerável sem um bom antivírus.
Dessa forma, podemos compreender que uma pessoa pode estar vivenciando uma sensação de vulnerabilidade física, psicológica, financeira, social ou tecnológica. Basicamente, trata-se de um momento de exposição e fragilidade, que precisamos identificar para desenvolver estratégias de fortalecimento.
Como aceitar a própria vulnerabilidade pode gerar crescimento?
Neste artigo, trataremos especificamente da vulnerabilidade emocional. Essa sensação de estarmos desprotegidos é muito comum. Na verdade, ela faz parte da vida de todos. Portanto, é preciso compreender que existem muitas coisas que simplesmente não estão sob o nosso controle. Quando aceitamos essa realidade, conseguimos focar no que de fato depende de nós e amenizar os efeitos emocionais negativos dessas preocupações.
Na sequência, você vai entender, por meio de 5 motivos, como a aceitação da vulnerabilidade pode, paradoxalmente, nos tornar mais fortes.
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Autenticidade e conexão
Hoje em dia, especialmente por conta da internet, as pessoas parecem ser “fabricadas” para atender a um ideal comportamental e até estético. Abraçar as nossas vulnerabilidades, porém, envolve admitir que não somos perfeitos e que estamos sujeitos a erros, o que nos humaniza e nos torna mais autênticos.
Ser quem você é de verdade, além de fazê-lo mais feliz, ampliará também a sua capacidade de criar conexões verdadeiras com as outras pessoas. O outro se sentirá mais à vontade ao lado de alguém que não tem medo de expor as suas fraquezas e vulnerabilidades. Isso nos aproxima e nos ajuda na construção de amizades genuínas.
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Autoconhecimento
Abraçar a vulnerabilidade também amplia o nosso autoconhecimento. Conhecer a si mesmo envolve reconhecer e dar valor a todas as suas qualidades, mas também inclui admitir que há muitos pontos que precisam ser melhorados. Isso não é uma fraqueza, mas o simples ato de existir e de ser humano.
Quando as pessoas mergulham em si mesmas e entendem que têm falhas, elas conseguem melhorar em muitos aspectos, inclusive na forma como lidam com as próprias emoções e com a autoestima. São meios de reconhecer os obstáculos que nos impedem de crescer e de superá-los rumo ao desenvolvimento pessoal.
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Resiliência
Em geral, as pessoas que não aceitam a própria vulnerabilidade são muito controladoras. Elas querem dominar todas as situações da vida, mas sabemos que não é assim que as coisas funcionam. Na verdade, há diversos fatores que não estão ao nosso alcance. Mesmo fazendo tudo certo, há problemas que simplesmente vão aparecer nas nossas vidas.
Por isso, quem aceita essa vulnerabilidade desenvolve um tipo importante de força emocional. Essa força é a resiliência, ou seja, a capacidade de retomar o rumo natural da vida depois de passar por uma turbulência considerável. Como dizem os marinheiros, adaptar-se ao vento é mais sábio do que tentar enfrentá-lo.
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Empatia e compaixão
Esse processo de entender-se como alguém vulnerável é realmente repleto de aprendizados. Quando entendemos como isso ocorre conosco, compreendemos que o outro também tem as vulnerabilidades dele. Isso inclui medos, fraquezas, exposições, falta de conhecimento, entre outros.
Dessa forma, precisamos desenvolver a empatia e a compaixão pelo outro. Assim como nós sofremos com as adversidades da vida, as demais pessoas também estão enfrentando os seus respectivos problemas, sobre os quais pouco ou nada sabemos. Dessa forma, procure ser sempre gentil e respeitoso.
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Redução da ansiedade
A ansiedade é um dos maiores males da vida contemporânea. Em geral, um dos efeitos que a potencializam é justamente a necessidade de controle que algumas pessoas têm. É como se elas só se sentissem seguras e confortáveis se tudo o que acontece dependesse delas mesmas.
Infelizmente, precisamos compreender que a vida não é assim e que há muitas coisas fora do nosso domínio. Por conta disso, um dos objetivos das terapias atuais para a ansiedade é aumentar a tolerância das pessoas às incertezas. Em outras palavras, aceitar a vulnerabilidade e abrir mão do controle nos ajuda a reduzir a ansiedade e o nervosismo.
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Crescimento pessoal
Em consequência de todos os itens citados acima, não fica difícil concluir que admitir a vulnerabilidade nos torna mais equilibrados mentalmente. Mais do que isso, esse processo nos ajuda a compreender as nossas dificuldades pessoais e a agir no sentido de amenizá-las, mesmo sabendo que nem tudo depende de nós mesmos.
Quando enfrentamos os nossos medos e inseguranças, desenvolvemos recursos para lidar com os desafios da jornada, como novas habilidades, novos conhecimentos e novas perspectivas sobre os acontecimentos. Isso nos ajuda a despertar versões mais fortes e mais resilientes de nós mesmos.
Resumidamente, a vulnerabilidade é a nossa fragilidade, ou seja, o quanto estamos expostos e suscetíveis a acontecimentos negativos. Reconhecê-la é um meio de desenvolver a coragem para mudar o que pode ser mudado, a serenidade para aceitar o que não pode ser mudado e a sabedoria para distinguir essas situações, como diz uma conhecida oração.
E você, ser de luz, tem aceitado as próprias vulnerabilidades? Como? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!