A humilhação é uma experiência pungente que pode deixar cicatrizes emocionais duradouras, criando memórias difíceis de serem apagadas. No entanto, com uma perspectiva embasada na neurociência e na psicologia, é possível transformar essas memórias em um caminho para a resiliência emocional. Em seu livro “As sete dores da alma”, José Roberto Marques ilustra precisamente esse ponto.
Marques sugere que, muitas vezes, como resposta à humilhação, as pessoas desenvolvem “máscaras” ou “falsos selfs” — estratégias de enfrentamento para proteger o eu autêntico da dor. Ineficazes, essas máscaras podem assumir várias formas, como arrogância, submissão, isolamento ou comportamento controlador.
A esse respeito, a neurociência nos dá uma visão de como essas máscaras são formadas: o cérebro humano, quando confrontado com ameaças emocionais, pode desenvolver padrões de comportamento para tentar evitar a dor. No entanto, esses falsos selfs podem ter um efeito limitador, pois, muitas vezes, nos distanciam das nossas verdadeiras emoções e impedem a construção de relacionamentos autênticos.
A adolescência é particularmente vulnerável a essa formação de falsos selfs. Durante esse período de desenvolvimento, a amígdala e o córtex pré-frontal estão passando por mudanças significativas, tornando os adolescentes mais sensíveis às avaliações sociais e às humilhações. Nesse contexto, os falsos selfs podem ser criados como uma tentativa de se encaixar, de ganhar aprovação social ou de se proteger de futuras experiências dolorosas.
No entanto, a exposição à humilhação não precisa ser uma sentença perpétua de dor. Segundo Marques, a cura dessa ferida emocional é possível. Ele postula que enfrentar a dor, em vez de mascará-la, é uma estratégia poderosa para iniciar a cura. Isso implica reconhecer e expressar as emoções, em vez de reprimi-las, e buscar apoio adequado — por meio de terapia, autoconhecimento ou conexão com os outros.
Nesse sentido, a neurociência traz notícias promissoras. O cérebro humano tem uma incrível capacidade de plasticidade, permitindo que novas conexões neurais sejam criadas e que padrões de pensamento possam ser alterados. Isso significa que, ao longo do tempo, é possível aprender a lidar com as emoções negativas de forma mais saudável e a desenvolver uma maior resiliência emocional
Ao desmascarar o falso self e enfrentar a dor da humilhação, é possível iniciar um processo de cura. Compreender o papel da memória emocional, a sensibilidade do cérebro humano à avaliação social e a incrível plasticidade do cérebro pode ajudar nesse processo. Ao longo do tempo, essa abordagem pode contribuir para a construção de uma autoestima mais saudável, a formação de relacionamentos mais autênticos e, finalmente, o desenvolvimento de uma maior resiliência emocional.
Portanto, a visão de Marques sobre a humilhação, complementada pela neurociência, oferece um caminho para transformar uma experiência profundamente dolorosa em um ponto de partida para o crescimento emocional. Ao desmascarar o falso self e buscar a cura, temos a oportunidade de construir uma vida mais autêntica e satisfatória.
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