Na noite desta quarta-feira (24/7) o Brasil inteiro estava com as atenções voltadas para Minas Gerais. Todos os olhos em um dos belíssimos estádios da Copa do Mundo, o Mineirão. Lá em Belo Horizonte, Olimpia e o Clube Atlético Mineiro (CAM), disputando a final da Copa Libertadores da América.
Presentes, mais de 60 mil torcedores, almejando um título inédito, e apenas um detalhe, não tão pequeno, separava a torcida do Galo de soltar o grito de “É Campeão!”. O adversário paraguaio havia vencido a partida anterior por 2 a 0. A missão do Atlético: vencer por dois gols de diferença e levar a disputa para a prorrogação e, talvez, aos pênaltis, ou vencer por três gols e levantar a taça em casa.
Yes, We C.A.M!
Assim que terminou o primeiro jogo da final, no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, no Paraguai, na quarta-feira passada (17/7), os atletas do Galo não hesitaram em afirmar que, mesmo com a vantagem de dois gols do Olimpia, eles teriam grandes chances de vencer a partida em BH, e levantar a taça.
A torcida atleticana não perdeu tempo e iniciou a campanha “Yes, We C.A.M”, em referência à campanha de 2008, do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “Yes, We Can”, que significa “Sim, Nós podemos”.
Sim, e eles fizeram uma partida espetacular. O que se viu foi um time ativo, determinado, focado, jogando com raça, sem esquecer a preparação física e técnica dos atletas, que em noventa minutos conseguiram o resultado desejado, 2 a 0, levando a decisão para a prorrogação.
Já passava da meia-noite, e quem se importava? Quinze minutos e o Galo, com um jogador a mais, pressionava o tempo todo. Troca de lado, e mais quinze minutos de pressão, e o goleiro Silva salvando o Olimpia. Inevitavelmente a decisão foi para os pênaltis.
Victor
Temos que admitir que o goleiro Victor foi peça fundamental para a conquista do título, salvou o time diversas vezes. Assim foi com o Tihuana, quando defendeu um pênalti aos 47 minutos do segundo tempo, e o CAM poderia, ali, ser eliminado, e contra o Newell’s Old Boys, quando a decisão foi para os pênaltis e o arqueiro defendeu a última cobrança.
Na noite dessa quarta-feira, não foi diferente. “São Victor”, como é chamado pela torcida, defendeu logo a primeira cobrança, deixando a responsabilidade para os colegas marcarem contra o time paraguaio. O que vimos foram cobranças precisas e impecáveis, feitas pelos atletas do Galo. E na última cobrança do Olimpia, a bola bateu na trave e os atleticanos puderam comemorar o título de Campeão das Américas.
Fé e trabalho
A todos que assistiram os jogos do CAM, o que não passou despercebido, foi a fé do técnico Cuca. Além da questão religiosa, Cuca mostrou a fé em seu trabalho, no clube, e é claro em seus comandados. Assumiu erros, trabalhou os pontos de melhoria e enalteceu os pontos fortes de cada atleta, e consequentemente da equipe.
Conhecido como um técnico de títulos apenas regionais, ele carimba seu currículo com um campeonato de expressão mundial, quebrando um tabu, e retirando um rótulo negativo.
Retenção de talentos
Em 2012 o Atlético fez uma bela campanha no Brasileirão. Em boa parte do campeonato ocupou o topo da tabela, mas acabou a competição em segundo lugar. O que fez a diretoria do Atlético?
Reteve talentos. Grande parte dos atletas vistos em campo nesta quarta, estavam no elenco de 2012, e também o técnico Cuca. Jô, Victor, Leonardo Silva, Ronaldinho Gaúcho, Réver, Guilherme, Richarlyson, Pierre, Marcos Rocha e Bernard, são alguns dos atletas que fizeram parte do planejamento do Atlético de 2012/ 2013 e que deram certo. Foram campeões Mineiro desse ano, Campeões da Libertadores, e seguem para o Mundial de Clubes, em Dezembro.
Categorias de Base
O Clube Atlético Mineiro é totalmente focado e comprometido na formação de atletas. Possui ampla estrutura física para formar profissionais do futebol com qualidade e excelência.
Seguindo os valores do CAM, o IBC esteve na cidade do Galo, em agosto de 2012, para realizar a formação Leader Coach Training Esportivo às comissões técnicas das categorias de base. Foram dois dias de intenso aprendizado, troca de experiências e conhecimentos.
O Master Coach Senior & Trainer, José Roberto Marques, ministrou o curso e ofereceu aos participantes as técnicas e ferramentas do Coaching, para aplicarem no dia a dia com as equipes do CAM. Um verdadeiro sucesso! Confira o vídeo!
A Base do CAM
Um dos destaques do time desde o ano passado, é Bernard, meia formado nas categorias de base do Atlético, que nesta quarta-feira deu um show! Nem as câimbras fizeram com ele desistisse de lutar até o fim.
Habilidoso, com boa técnica e físico, Bernard despertou interesse em outros times, e já é disputado por clubes Europeus. Ao final da partida contra o Olimpia, o meia agradeceu sua passagem pelo Atlético e se despediu da torcida.
O Segredo do CAM? Yes, We Can!
Quem acreditava na recuperação de Ronaldinho Gaúcho? Quem apostou no atacante Jô, até então reserva no Internacional? Quem acreditou no técnico vencedor só de torneios regionais? Quem acreditou no garoto franzino nas categorias de base, Bernard? Quem acreditou na volta ao Brasil de Diego Tardelli? Quem acreditou em Richarlyson e Pierre?
Sim, o Atlético acreditou!
Acreditou nas capacidades e habilidades individuais de seus atletas, formando uma equipe vencedora e de alta performance. O Galo planejou, traçou objetivos, metas, distribui responsabilidades, formou profissionais comprometidos e engajados, criou um ambiente seguro e confiável, de muita motivação e vontade de vencer.
Vale lembrar a bela estrutura física oferecida pelo Galo a todos os seus colaboradores.
Sim, o Atlético acreditou que poderia, foi lá e fez!
O Instituto Brasileiro de Coaching – IBC Parabeniza o Clube Atlético Mineiro, por essa conquista!