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Nascido em 30 de julho de 1985, nos Estados Unidos, quando ainda criança Michael Phelps foi diagnosticado com hiperatividade. A natação foi uma das formas de tratamento. Hoje ele é maior atleta olímpico de todos os tempos.
Phelps participou, em 2000 da sua primeira Olimpíada, aos 15 anos, ficando em quinto lugar nos 200m borboleta, sua especialidade. Em 2004 foram seis ouros. Em 2008, oito ouros e muitos recordes batidos.
A partir de 2009 o nadador teve altos e baixos, foi suspenso por ter sido pego fumando maconha, nessa fase assumiu que não tinha compromissos. Mesmo assim, em 2012 ganhou quatro medalhas de ouro. Porém, a prova que era sua especialidade, os 200m borboleta, foi vencida pelo sul-africano) Chad le Clos, Phelps ficou com a medalha de prata, o que levou o nadador a desistir da carreira.
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Essa “aposentadoria” não trouxe a paz que o atleta buscava, se envolveu em escândalo com bebidas e noitadas. Faltava-lhe realizações. Mesmo voltando a competir, em 2014 Phelps se internou em uma clínica de reabilitação e a busca pelo equilíbrio veio com o reencontro com o pai, assumindo um relacionamento com Nicole Johnson, e todas as outras formas de o nadador buscava para se reencontrar.
Foi quando decidiu voltar a ser um vencedor nas piscinas, e estando disposto a disputar as Olímpiadas do Rio 2016. O nascimento do filho, Boomer, três meses antes da competição, também deu-lhe novo fôlego.
O ícone, não só da natação, mas também das olimpíadas, retomou o título dos 200m borboleta, venceu também os 200 medley, os revezamentos 4×100 e 4×200 livre, além do 4×100 medley, e conquistou, ainda, uma medalha de prata nos 100m borboleta.
O saldo do atleta, agora aposentado, é de 28 medalhas olímpicas, sendo 23 de ouro, três de prata e duas de bronze.
O preparo
Com 1,93m de altura, 5% de gordura corporal, 1,70m de tronco, e uma envergadura de 2,01, Michael Phelps visivelmente se diferencia dos demais atletas, pelo seu físico, que era motivo de bullying na infância.
O que também chama a atenção é a concentração do atleta nos minutos que antecedem a prova. O preparo mental é o trunfo do nadador. Segundo seu técnico, Bob Bowman, Phelps é muito confiante. Além disso, ele utiliza uma técnica que consiste em visualizar diferentes situações frente a prova, são positivas e negativas, e já planeja estratégias. “O que podemos perceber com o relato da técnica do atleta é que ele está preparado para qualquer adversidade, causas externas as quais ele não tem controle, e para cada uma ele tem um plano, ele está 100% preparado para tudo”, afirma José Roberto Marques, Master Coach Senior.
Phelps conhece seu potencial, domina suas habilidades, sabe enfrentar as adversidades e tem total controle sobre sua mente.
Aposentadoria: O Legado
Inspiração para muitos atletas, Phelps anunciou sua aposentadoria das piscinas ao encerrar sua participação nos Jogos Rio 2016.
Sua única medalha de prata na competição foi na prova dos 100 metros borboleta vencido pelo jovem de Singapura, Joseph Schooling. O atleta de 21 anos é declaradamente fã de Michael, e não escondeu e emoção de competir e ainda deixar para traz o ídolo. Uma foto de Schooling, ainda adolescente, ao lado do nadador norte-americano, retrata a admiração da nova promessa das piscinas.
Reuters
Outros nomes aprecem nessas olimpíadas e são seguidores do Phelps. No pódio de sua especialidade, os 200m borboleta, enquanto Michael ocupava o topo, os segundo e terceiro lugar eram do japonês Masato Sakai e do húngaro Tamas Kendersi, fãs declarados do recordista olímpico. O medalha de bronze nos 400m do mesmo estilo, o também japonês, Daiya Seto, também guarda de recordação a foto que tirou com ídolo aos 8 anos.
“Nós todos precisamos ter bem claro nossa missão de vida, objetivos, propósitos, sentido no que fazemos, para que nosso legado seja inspiração para o próximo. Phelps era bom, mas não via sentido no que fazia, após equilibrar sua vida pessoal e profissional, ele encontrou as verdadeiras realizações”, ressalta Marques.
Reprodução/Phelps disputa vaga nos 200m borboleta com ex-fã mirim
E o legado de Phelps não fica entre os atletas masculinos. A estrela do nado borboleta Keite Ledecky, de 19 anos, abocanhou quatro medalhas de ouro e uma de prata. Ela ainda pode alcançar e até ultrapassar o ídolo em número de medalhas, participando das próximas três Olímpiadas, já que conquistou duas nas olímpiadas de Londres 2012. Considera um fenômeno, ela bateu o recorde mundial nos 800 metros livres, em um feito inédito, ao chegar 11 segundos à frente da segunda colocada.
“Além de ser um exemplo de atleta através da sua performance nas piscinas, Michaeel Phelps é um exemplo de superação, de altos e baixos que fizeram dele ser o que hoje, talvez se não tivesse passado por tudo isso, ressignificado todos os fatos ruins, não teria chegado onde chegou”, finaliza o presidente do IBC.
Katie Ledecky e Michael Phelps em fotografia tirada em 2006 Foto: Twitter / Reprodução