Já reparou que, às vezes, você só se sente realmente livre quando está sozinho?
Você se sente bem em sua própria companhia? Gosta de ficar sozinho? O quanto você está satisfeito e feliz com a vida que leva? Você já parou para pensar o que precisa fazer para se sentir realizado?
Ficar um tempo só, reservar um momento para refletir sobre você, seus hábitos, costumes, objetivos, projetos, sonhos, carreira, pode significar uma evolução pessoal. Isso porque essa é a oportunidade ideal para fazer uma autoavaliação.
Nesse tempo em que vivemos, tornou-se relativamente mais fácil e comum optar por viver só. As pessoas estão escolhendo passar a maior parte do seu tempo apenas consigo mesmas, voluntariamente. Não precisar negociar horários ou mesmo o filme que será assistido no streaming é uma grande alegria moderna.
As pessoas estão se casando cada vez mais tarde e a taxa de divórcios vem aumentando, dessa forma é natural que muitas vivam sozinhas em alguma etapa. Os solteiros podem escolher entre sair com os amigos ou se manter em seu próprio convívio. Inclusive, comparativamente, solteiros saem mais do que casais casados.
Mas, qual é o papel da solidão para potencializar o caráter brilhante de uma mente? No artigo a seguir iremos explicar melhor essa relação. Como esse tempo só contribui para gerar reflexões mais profundas.
A base da criatividade e inovação
Apesar de sermos seres sociais, depois de passar um dia rodeado de gente, ficar sozinho pode representar um espaço de repouso, descanso e reflexão. Depois de uma sequência de horas imerso nas atualizações das redes sociais, em conversas com amigos e colegas, trabalho, entre outros, a solidão representa o esperado silêncio.
É como se na sua cabeça estivesse ocorrendo uma grande festa, com centenas de convidados e de repente todos fossem embora. Desligar o som das vozes a sua volta e se concentrar apenas nos seus desejos é extremamente reconfortante. Essa pode ser a hora fundamental para despertar sua criatividade, imaginação e inovação.
Investir em um tempo só para si, pode ser importante para se abrir ao pensamento próprio e original, exercitar a intuição, idealizar, planejar, ampliar o autoconhecimento. Em outras palavras, a solidão é fundamental para a criatividade. Ter momentos para ouvir apenas a sua própria voz leva a uma importante reflexão.
Em 1994, Mihaly Csikszentmihalyi, grande nome da Psicologia da Felicidade, empreendeu um estudo que identificou que adolescentes que não suportam a solidão não tem capacidade de desenvolver talentos criativos. No silêncio da solidão você encontra muitas respostas criativas.
O lado bom de ser introvertido
Já percebeu como estão sempre dizendo que as pessoas precisam ser mais extrovertidas, mais abertas? E se disséssemos que ser introvertido não é necessariamente algo ruim. Há grande riqueza criativa na introversão, em criar momentos de solidão.
Obviamente, socializar em algum grau é importante para alimentar nossa bagagem cultural e de referências, mas não é preciso deixar a introversão de lado. Você pode ter e gostar dos seus momentos sozinho, neles você consegue refletir sobre si e sobre aquilo que deseja.
Quando estamos cercados de pessoas tendemos a seguir as crenças alheias, pois assim não rompemos a dinâmica do grupo. Porém, ao escolher ter um tempo sozinho o indivíduo se abre unicamente para o seu pensamento.
No entanto, na sociedade moderna há muito mais valorização dos perfis de pessoas ativas do que dos perfis contemplativos. Inclusive existe um clamor para que as pessoas trabalhem o máximo possível em equipe. Contudo, é cada vez mais urgente que os indivíduos deixem as matilhas de lado e foquem sua solidão.
Conquistando a liberdade
Já reparou que, às vezes, você só se sente realmente livre quando está sozinho? Estar só é uma oportunidade de revisar o nosso gerenciamento, de projetar o futuro. Esses momentos de solidão são altamente reconfortantes e reparadores.
Esse é um momento, um espaço para se perguntar o que é essencial para você, além das exigências do ambiente social? É no tempo tirado para si, que você deixa espaços em branco para ouvir, sem nenhuma interferência, o que sente e precisa. É nessa hora de reflexão que podemos encontrar o que realmente nos faz feliz.
Por mais que essa ideia de ficar só, possa parecer espantosa para algumas pessoas, experimente tirar esse tempo para você e veja quantas coisas incríveis poderá descobrir sobre si mesmo. O ponto principal é perceber que quanto mais se vive apoiado em fatores externos mais difícil é se libertar deles.
Dedicar-se a esses momentos contemplativos é fundamental, inclusive, para preservar a saúde mental. Vivemos um tempo de hiperatividade destrutiva e precisamos ter formas de dar um basta nesse padrão encontrando um equilíbrio saudável.
Considere não haver indivíduo mais ativo do que aquele que não está fazendo nada. Não há pessoa mais bem acompanhada do que aquela que se encontra só consigo mesma.
Momento para autoconsciência e análise interior
A solidão é uma grande oportunidade para o gerenciamento de tudo aquilo que construímos. Quando não há outras pessoas à nossa volta, podemos promover uma grande análise do que estamos produzindo e do que desejamos produzir efetivamente.
Entenda como um tipo de espaço para empreender uma verdadeira auditoria interna, para entender o que é fundamental para nós. É importante pensar no que é importante além do que o ambiente social nos demanda.
A solidão nos oferece um espaço em branco em que podemos nos ouvir sem interferências externas. Muitas pessoas têm medo da solidão exatamente porque é nela que todas as máscaras que usamos socialmente caem. Quando você está sozinho consigo mesmo não precisa fingir nada.
Ser quem se é de verdade pode ser um tanto assustador, mas é altamente recomendável. Somente assim você se compreende e descobre como se colocar em movimento em direção ao que é realmente relevante. É preciso olhar para si a fim de analisar o que está fazendo e o que pode ser feito para realizar as suas metas.
Em suma, a solidão é fundamental para quem deseja que sua criatividade voe mais alto. Não a veja como uma inimiga, pois ela não é efetivamente algo ruim. Basta que você saiba como aproveitá-la e busque sempre o equilíbrio.
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