O autoconhecimento é a premissa básica do reconhecimento de quem somos e de como devemos nos posicionar.
Todas as pessoas, sem exceção, têm pontos fortes e pontos fracos — que, aqui, vamos chamar de “pontos de melhoria”. O processo de autoconhecimento permite que as pessoas identifiquem as características que compõem essas duas categorias. Reconhecer ambas nos torna mais humanos, de modo que as nossas qualidades não nos envaideçam, mas também que as nossas fraquezas não nos desanimem.
Quem já tem algum conhecimento sobre o universo do coaching certamente sabe que o reconhecimento dos pontos fortes e dos pontos de melhoria é o ponto de partida do processo. Neste artigo, você vai compreender melhor essa dualidade de cada ser humano e como podemos lidar adequadamente com ela. Boa leitura!
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Compreendendo os dois lados da moeda
Os pontos fortes estão relacionados às habilidades que as pessoas têm para desempenhar alguma atividade com maestria. A abordagem de pontos fortes acabou se tornando clichê, como ocorre em uma entrevista de emprego ou em um evento social, em que o principal objetivo é tentar ilustrar as melhores características individuais.
Os pontos de melhoria, por sua vez, são caracterizados pelas dificuldades, fragilidades e limitações individuais. Há, na nossa cultura, o costume de esconder os pontos que precisam de melhoria. Entretanto, este tipo de atitude acaba privando as pessoas de reconhecer as suas fraquezas e, consequentemente, de agir no sentido de corrigir e desenvolver o que for possível.
Todas as pessoas possuem limitações, e é preciso reconhecer isso para evoluir. Ser perfeito não faz parte da condição humana e, portanto, não deve ser um objetivo real (embora cada um deva sempre procurar melhorar). O ser humano é naturalmente imperfeito, e deve sempre estar em busca da excelência.
Por isso, sempre aproveite ao máximo os seus pontos fortes e administre as suas limitações. Tenha percepção sobre os seus talentos, identificando o que você executa com maestria e os seus diferenciais, mas sem esquecer-se de reconhecer os seus pontos de melhoria. Aproveite as suas experiências pessoais e o seu conhecimento sobre si mesmo para construir as diretrizes que o conduzirão ao pódio da realização pessoal.
Potencializando os pontos fortes
Os seus pontos fortes são a sua fortaleza e o seu diferencial. Potencializar essas qualidades depende apenas da sua determinação em aprimorá-las. Em um processo de autodesenvolvimento, você deve sempre desenvolver ainda mais os seus pontos fortes, além de progredir nas aptidões relacionadas às áreas em que você tem mais facilidade e habilidade. Portanto, desenvolva o hábito de aprimorar consistentemente os seus talentos.
Os pontos fortes de uma pessoa são as suas atitudes, habilidades, dons, comportamentos, conhecimentos, competências e características positivas, que podem ser usadas tanto para promover um progresso na própria vida como para melhorar as vidas das pessoas que estiverem ao seu redor.
Esses pontos positivos podem ser encontrados tanto na vida pessoal como na vida profissional. Assim, alguns exemplos de forças pessoais são: compreensão, capacidade de ouvir e aconselhar, empatia, determinação, resiliência, criatividade, lidar bem números, escrever com excelência, compreender dados científicos, consertar objetos, dominar diferentes tecnologias, falar vários idiomas, cozinhar bem, lidar bem com crianças, ter boa performance em determinados esportes etc.
Identificando os pontos de melhoria
O processo de identificação dos pontos fracos, ou pontos de melhoria (como preferimos aqui no IBC), requer autoconhecimento e capacidade de percepção das fragilidades. Para identificar e admitir os pontos fracos, é fundamental assumir a responsabilidade sobre si mesmo, registrando os seus melhores recursos, bem como as suas limitações e resistências.
Quando você se dedica à descoberta das suas características, consegue compreender e perceber como realmente é. Uma vez identificados os pontos de melhoria, é possível equilibrá-los e também utilizá-los a seu favor. Para isso, você deve desenvolver uma postura de humildade e maturidade. Dessa forma, ao cometer um erro, a coisa certa a se fazer é investigar o que causou esse erro e extrair da situação todos os aprendizados possíveis.
Não devemos atribuir as nossas falhas a fatores externos. É fato que muitos deles de fato nos prejudicam, mas não podemos atribuir a eles 100% dos nossos erros. Precisamos assumir a nossa parcela de responsabilidade nessa equação. É um processo complexo, mas profundamente libertador.
O autoconhecimento e o coaching
O autoconhecimento é o processo por meio do qual as pessoas reconhecem os traços dominantes da sua personalidade, as suas forças pessoais, os seus pontos de melhoria, as suas competências profissionais, os seus valores e princípios, enfim, tudo aquilo que compõe o seu ser.
Esse processo depende de autoanálise, leituras edificantes, meditação, reflexão sobre as próprias atitudes, escritas de diários ou de ideias principais, psicoterapia, entre outros mecanismos que fazem com que o indivíduo mergulhe nesse vasto e rico universo que é ele mesmo.
Quanto mais uma pessoa conhece essas características particulares, mais ela será capaz de definir para si objetivos pessoais e profissionais compatíveis com quem ela realmente é e com o que a felicidade de fato significa para si. Isso favorece a obtenção de uma vida naturalmente mais autêntica e vitoriosa.
O processo de coaching, por meio das suas técnicas e ferramentas, também amplia esse momento de autoconhecimento. Assim, o coachee (a pessoa que passa pelo processo de coaching) consegue estabelecer metas que de fato fazem sentido na sua trajetória, amenizando a importância dada às opiniões alheias.
Por fim, atuando em conjunto, o coach e o coachee conseguirão definir um plano estratégico para que essas metas sejam mais facilmente alcançadas. Nesse processo, uma série de atividades deverá ser executada, considerando as ações que amenizam as fragilidades do indivíduo e também as ações que potencializam as suas forças para chegar ao estado desejado.
Conclusão
Uma das frases mais conhecidas do fundador do IBC, José Roberto Marques, afirma, que: “Quanto mais eu me conheço, mais eu me curo e me potencializo”. “Curar” é uma palavra que vai justamente ao encontro do reconhecimento das nossas fraquezas, desenvolvendo estratégias que resolvam essas fragilidades. Já o ato de “potencializar” consiste exatamente na identificação das nossas forças, desenvolvendo-as e aplicando-as nos diferentes contextos das nossas vidas.
Não existe uma fórmula básica para o sucesso, mas, certamente, a identificação dos pontos de melhoria e a potencialização dos pontos fortes são a equação que mais se aproxima dessa tão sonhada fórmula. Conheça a si mesmo e alcance resultados extraordinários!
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